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Para fugir da altitude, Grêmio e Inter devem “secar” oito times no sorteio da Libertadores

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Fotos: Facebook/Conmebol Libertadores

 

A altitude é historicamente um dos maiores pesadelos dos times brasileiros na Copa Libertadores. Para evitar o sufoco de jogar em cidades com ar rarefeito, Grêmio e Inter devem “secar” oito equipes no sorteio da edição de 2019, que ocorrerá nesta segunda-feira (17), às 21h30 (de Brasília), em Luque, no Paraguai.

O problema maior são os bolivianos. O The Strongest, de La Paz, e o San Jose, de Oruro, estão entre os times classificados para o torneio do próximo ano. E as duas cidades estão situadas a cerca de 3,7 mil metros acima do nível do mar, uma altitude elevadíssima. Nessas circunstâncias, algumas equipes costumam inclusive levar tubos de oxigênio auxiliar os atletas.

E o cenário pode piorar. Dependendo do que ocorrer na última rodada do Campeonato Boliviano, na próxima quarta (19), o Bolívar, também de La Paz, pode confirmar a última vaga ainda restante na edição de 2019.
Outro time boliviano que gosta de usar a altitude a seu favor é o Jorge Wilstermann, de Cochabamba, que possui uma altitude de 2,5 mil metros. A equipe está no pote 3, ao lado da LDU, de Quito, no Equador, que fica 2,8 mil metros acima do nível do mar.

Entre os quatro representantes do Peru classificados, dois usam o ar rarefeito como trunfo a seu favor. O principal deles é o Real Garcilaso, de Cuzco, cidade que tem 3,2 mil metros de altitude. O outro é o Melgar, de Arequipa, situada 2,3 mil metros acima do oceano. Essas duas equipes, no entanto, estão na fase preliminar.

Já o Tolima, da Colômbia, é da cidade de Ibagué, que possui uma altitude irrelevante para fins de desempenho esportivo. No entanto, devido a problemas de iluminação no seu estádio, o time cogita mandar as suas partidas em Bogotá, que fica 2,6 mil metros acima do nível do mar, o suficiente para haver interferência no jogo.

Quanto maior a altitude, mais rarefeito fica o ar. Nestas condições, há menos oxigênio, e, por isso, os atletas que não estão acostumados a atuar nestas condições cansam mais rápido e, por vezes, possuem dificuldade para respirar. Além disso, como a resistência do ar é menor, a bola corre mais rápido, surpreendendo especialmente os goleiros.

 

  • Veja quais times da Libertadores 2019  jogam em cidades com altitudes elevadas:
    Pote 3:
    Jorge Wilstermann – Cochabamba-BOL – 2,5 mil metros
    LDU – Quito-EQU – 2,8 mil metros
    Pote 4
    Tolima – Bogotá=COL – 2,6 mil metros*
    Bolívia 2 (San Jose – Oruro-BOL – 3,7 mil metros**)
    Primeira fase
    The Strongest – La Paz-BOL – 3,7 mil metros
    Real Garcilaso – Cuzco-PER – 3,2 mil metros
    Segunda fase
    Melgar – Arequipa-PER – 2,3 mil metros
    Bolívia 4***  (Bolivar – La Paz-BOL – 3,7 mil metros)
    * O Tolima é da cidade de Ibagué, mas cogita mandar os seus jogos em Bogotá.
    ** O favorito para ganhar a vaga como Bolívia 2 é o San José, de Oruro (3,7 mil metros de altitude). O time já está classificado para a Libertadores, mas depende apenas de um empate na última rodada do Campeonato Boliviano para confirmar a vaga direta na fase de grupos, no pote 4. O único time que pode ultrapassá-lo é o Royal Pari, de Santa Cruz de la Sierra (nível do mar)
    * O Bolívar, de La Paz (3,7 mil metros de altitude) briga com o Royal Pari pela última vaga dos bolivianos.

 

Com Gaúcha FM/Zero Hora

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