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Reunião, saída barrada e nova logística: Grêmio movimenta bastidores na Libertadores

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(Fotos: Lucas Uebel/Grêmio)

O Grêmio passará pouco mais de 24 horas no Equador. Mas o período terminará recheado de acontecimentos em Quito. Começou com mais dois novos casos de Covid-19, se arrastou por uma proibição para sair do hotel e culminou na mudança do jogo com o Independiente Del Valle para sexta-feira (09), no Paraguai.

O jogo válido pela 3ª fase da Copa Libertadores ocorrerá no estádio Defensores del Chaco. Desde a testagem para o coronavírus na chegada ao Equador até a confirmação da alteração da partida, a tensão marcou os bastidores. Para o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, a decisão da Conmebol foi acertada.

“O Grêmio entendeu que a suspensão da partida de quarta para sexta, de Quito para Assunção, foi uma atitude prudente da Conmebol. O Grêmio não conseguiu se retirar do hotel para treinar, os horários foram comprometidos, ficou comprometido o equilíbrio técnico. Não solucionando a questão dos deslocamentos para treinamentos e demais situações, uma medida prudente, inteligente e desportiva para organizar o equilíbrio da partida”, disse.

 

REUNIÃO DE EMERGÊNCIA

As autoridades do Equador se reuniram de maneira extraordinária após o Grêmio informar os dois resultados positivos nos testes realizados já em solo equatoriano – Paulo Victor e Vanderson. O Comitê de Operações de Emergência (COE) nacional deliberou e não autorizou que o Tricolor saísse do hotel nem que a partida fosse disputada.

Também um integrante do governo local esteve no hotel do Grêmio e barrou a saída para o treinamento marcado para o fim da tarde de terça. A intenção era evitar que a variante brasileira da Covid-19 circulasse no Equador. “Tendo em conta que a variante brasileira não se encontra ainda no país, o COE se reuniu com urgência”, explicou Gabriel Martínez, ministro do governo equatoriano, em entrevista coletiva.

 

 

O grupo todo passou por testes para Covid-19 na chegada ao Equador, na noite de segunda-feira (05). Em Porto Alegre, o técnico Renato Portaluppi havia testado positivo após apresentar sintomas. E o temor era de eventuais outros casos. É o quinto caso do Tricolor nos últimos dez dias – o zagueiro Paulo Miranda e o preparador físico Reverson Pimentel completam a lista.

 

TREINO BARRADO

O Grêmio foi informado praticamente na porta do hotel que não poderia treinar. O CEO Carlos Amodeo, presente na viagem, acionou a Conmebol para relatar a impossibilidade de deixar o hotel. A diretoria de competições da entidade passou a contatar diretamente as autoridades equatorianas. “Fomos impedidos de realizar o treino conforme o protocolo de competições da Conmebol pelas autoridades. Acionamos a Conmebol para tomar providências. Não posso ser proibido de treinar um dia e obrigado a jogar em outro. Prevaleceu o bom senso”, argumenta Amodeo.

O protocolo da Conmebol para as competições prevê o isolamento dos casos positivos e a sequência das atividades mediante testes negativos. O governo equatoriano queria impedir qualquer risco da variante brasileira circular pelo país e optou por proibir não só o treino, mas também o jogo de quarta-feira (07).

No regulamento da Libertadores está previsto um cenário no qual a equipe mandante não pode receber os jogos no seu país. Já foi assim para o Grêmio na fase anterior. O Peru não recebia brasileiros, e o Ayacucho precisou mandar o jogo justamente em Quito.

 

Ferreira em treino no hotel no Equador (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)

 

Por isso, a medida da Conmebol de mudar o país da partida. E, claro, contrariada por toda a movimentação na véspera do jogo.

No comunicado publicado pela entidade, há o relato de que o “motivo da suspensão é contrário ao protocolo sanitário previamente aprovado e à regulamentação vigente da competição e será informado para a Unidade Disciplinar”.

No fim da tarde de ontem (06), o grupo de jogadores foi informado da mudança logística por Amodeo. O elenco viaja nesta quarta-feira para Assunção, no Paraguai.

 

INFECTADOS RETORNAM

A princípio, Vanderson e Paulo Victor precisarão ficar um dia sozinhos no Equador, isolados no hotel. A volta da dupla infectada está prevista para a próxima quinta-feira em um voo fretado e com os cuidados sanitários para transportá-los.

“Estamos organizando nossa ida ao Paraguai para amanhã (quarta). Estamos aguardando confirmações. Os jogadores isolados voltarão em aeronave privada, já providenciamos para prestar atendimento e isso deve ocorrer na quinta-feira (dia 08)”, revelou Amodeo.

Os jogadores estão todos em quartos individuais. Na segunda, Vanderson aparece nas imagens disponibilizadas pelo Tricolor no trabalho físico com os companheiros em uma sala no hotel, antes de se saber o resultado dos exames. O Grêmio agora viaja para o Paraguai para enfim tentar entrar em campo pela Libertadores.

 

Com Globo Esporte

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