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Esportes Apaixonado por ciclismo

Rondonense fecha 2019 com 18 mil quilômetros pedalados

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(Foto: Arquivo pessoal)

Apaixonado por ciclismo, o rondonense Walmor Luiz Buche transformou a bicicleta no seu estilo de vida. No ano de 2018, ele ficou em 101° lugar em um ranking nacional realizado pelo aplicativo Strava em relação aos ciclistas que somaram mais quilômetros de pedalada, quando contabilizou 17.366,50 quilômetros percorridos. Em 2019, aos 57 anos de idade, os números foram ainda melhores, possibilitando Buche bater seu recorde de quilometragem: 18.481 quilômetros.

“Eu tinha planejado, em 2018, fazer 16 mil quilômetros e acabei fazendo 17,3 mil. Em 2019 me programei para fazer 18 mil e acabei fazendo quase 18,5 mil”, declarou o ciclista ao O Presente.

Segundo os registros do aplicativo Strava, dos 365 dias de 2019, Buche pedalou em 264 dias. Em horas, foram 803, com média de 23 quilômetros por hora. Já a média diária foi de 70 quilômetros. Cada saída para pedalar durou em média três horas. Por mês, ele andou cerca de 1.540 quilômetros.

Contabilizando suas pedaladas desde o ano de 2016, quando começou sua paixão pelo ciclismo, Buche já pedalou quase 50 mil quilômetros.

 

SEM COMPETIÇÃO

O rondonense garante que não compete com outras pessoas, pois pedalar se tornou seu estilo de vida, o que ele faz por puro prazer e bem-estar. A grosso modo, o ciclista diz que compete contra o aplicativo Strava, que dá as opções. “Você se inscreve e tenta quebrar o seu recorde. Ele te oferece vários desafios, sejam eles diários, mensais, aí você sai pedalar e tenta fazer. Eu fiz todos ano passado. A competição é contra mim, contra o aplicativo, porque o aplicativo te desafia. Quando você tem as conquistas, eles te mandam um troféu virtual, que você pode imprimir”, comenta.

No ano de 2019, Buche conquistou 50 troféus pelos desafios cumpridos. Em quatro anos foram mais de 100.

Em torno de quatro milhões de pessoas participam do aplicativo na modalidade ciclismo no Brasil.

 

PREPARAÇÃO

Para que o ciclismo seja somente uma atividade de lazer, mas também um esporte, é necessário preparação. Buche explica que para iniciar no esporte é preciso estar bem fisicamente. “Se você sair pedalar uns 20 a 30 minutos é uma situação, mas se você vai, por exemplo, para Porto Mendes e volta, já são três horas. O que importa é a condição física. Eu não faço dieta para isso, muito pelo contrário, como de tudo, pois o gasto de energia é muito grande. A dedicação é muito grande, e você tem que pôr na sua cabeça que a pedalada é cinco dias por semana para conseguir atingir uma quilometragem significativa”, ressalta.

Segundo ele, 18.481 quilômetros é uma quilometragem difícil de ser alcançada. “Não é só porque eu fiz, mas percebi isso ao longo do ano. Cheguei a fazer 14 dias de pedaladas sem ficar um dia sem andar de bicicleta”, comenta.

 

SAÚDE

O ciclista avalia como maior benefício da pedalada a saúde. “Eu pesada 110 quilos quando comecei a andar de bicicleta, e perdi muito peso. Minha qualidade de vida melhorou muito. Fiz meu último check-up agora em novembro e meus exames nunca tiveram um resultado tão bom”, comemora.

Buche conta que antes de começar a pedalar tomava cinco remédios para controlar a pressão, colesterol, triglicérides, e isso tudo acabou. Por vir de uma família de obesos, ele viu na pedalada uma forma de perder peso e ter qualidade de vida. “A qualidade de vida de quem faz exercício é outra, pode ter certeza”, afirma.

 

PARA QUEM VAI COMEÇAR A PEDALAR

O ciclismo e o uso da bicicleta, além de se tornarem um estilo de vida e caírem no gosto das pessoas, se popularizaram por ser um meio de transporte barato, de baixo custo e não poluente. Com isso, muitas pessoas se tornaram adeptas ao esporte, porém, Buche pontua que algumas medidas de segurança precisam ser tomadas para que a prática seja feita de forma segura e saudável.

“É importante comprar um equipamento de qualidade. Não precisa ser caro, mas tem que ser bom, para não te deixar no meio do caminho. O fundamental são os equipamentos de segurança. Usar roupa de pedalar de cores bem chamativas para ser visto pelos outros. Você precisa chamar atenção do motorista. O uso de luvas também é importante, pois, caso haja queda, o ciclista não vai se machucar, assim como o capacete”, orienta, acrescentando: “Tivemos alguns casos no ano passado em que se o ciclista não estivesse usando capacete, os danos teriam sido bem maiores, talvez levado à morte. Eu nunca saio sem capacete, pois, pode não parecer, mas ele protege muito”, enfatiza.

Outro detalhe pontuado por Buche é a atenção. De acordo com ele, o ciclista precisa estar atento em tudo ao seu redor para assim evitar acidentes. Uma prática comum e muito perigosa, comenta, é o uso de fones de ouvido para pedalar, o que desvia a atenção e, muitas vezes, caus acidentes. “Começar a pedalar em grupo também facilita para quem está iniciando e quer ganhar experiência na estrada”, enaltece. “A bicicleta tem seus perigos, pois nas rodovias a prioridade são os veículos. Elas não foram feitas para os ciclistas, então é um pouco perigoso”, complementa.

 

NOVOS DESAFIOS

Buche diz que não tem, ainda, um planejamento de quilômetros para pedalar em 2020. “Pretendo não fazer essas loucuras, mas já comecei o ano pedalando bastante. No dia 1º já fui pedalar. Os planos não são de querer bater a quilometragem de 2019, mas quem sabe eu me animo novamente”, salienta.

O rondonense revela que um dos seus projetos, neste ano, é pedalar até Curitiba. “Vou tentar ir em fevereiro, escolher um dia em que o vento esteja legal, que a previsão seja de dias bons. Planejo fazer em três dias, mas se demorar mais, não tem problema”, menciona.

Ele está planejando fazer a viagem em uma semana, pois a ida e a volta somam praticamente 1,2 mil quilômetros.

Para o desafio, Buche pretende mobilizar mais três colegas. “Já tenho planejado o roteiro, com paradas em casas de amigos no caminho, para descanso”, expõe.

 

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