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Vettel vê Mercedes em “liga própria”, mas mostra confiança na Ferrari

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Foto: Reprodução/Twitter

 

As explicações de Sebastian Vettel e Charles Leclerc sugerem que a Ferrari não escondeu o jogo nesta sexta-feira (15) no primeiro dia de treinos do Grande Prêmio da Austrália, em Melbourne. Havia grande expectativa quanto a ambos poderem ser os mais velozes, depois do apresentado nos testes da pré-temporada. Mas o que se viu no Circuito Albert Park foi Lewis Hamilton dominar as duas sessões livres da etapa de abertura do campeonato.

O discurso do piloto inglês e do diretor da Mercedes, Toto Wolff, antes da prova, afirmando que a equipe italiana estava na frente, também não parece apenas uma estratégia para dissimular a própria força. O fato de Hamilton ter sido o mais rápido tanto na sessão da manhã como da tarde não quer dizer, necessariamente, que a Mercedes já mostrou que de novo irá dominar o campeonato.

Provavelmente o resultado é uma decorrência da melhor adaptação inicial do modelo W10 da Mercedes às condições do asfalto e do meio ambiente, bem distintas das verificadas nos oito dias de treinamento no Circuito da Catalunha. Lá a temperatura do asfalto não passou dos 20 graus. Já na pista australiana, 41 graus, além de ser bem mais ondulada que a de Barcelona. É um outro cenário.

A Mercedes pode até de novo surpreender, depois de não demonstrar supereficiência na pré-temporada, e Hamilton e seu companheiro, Valtteri Bottas, se imporem nas corridas iniciais do mundial, mas o fato de a Ferrari não ter sido rápida nesta sexta-feira não nos permite tirar conclusões definitivas a respeito do potencial do modelo SF90 italiano.

Agora, no sábado (16), os engenheiros sob a coordenação de Mattia Binotto devem dar a resposta, encontrar um melhor ajuste do carro aos 5.303 metros do traçado australiano e Vettel e Leclerc voltarem a ser velozes como foram nos testes de inverno na Espanha. Se não for o caso, parecerá que o modelo SF90 aceitou bem o inverno catalão, apesar de ameno, mas não o calor e o piso de Melbourne, o que exigirá apressar o desenvolvimento do carro, pois é esse o cenário da maioria das provas do calendário.

Os números de Vettel e Leclerc mostram que alguma coisa não funcionou na Ferrari, daí o SF90 se comportar tão diferente dos treinos na Espanha. Na sessão da tarde, a de maior representatividade, por o asfalto estar menos sujo, Hamilton registrou 1min22s600, melhor tempo. Já Vettel, 1min23s473, quinto, 873 milésimos mais lento.

Para atestar a boa adaptação inicial do modelo W10 da Mercedes ao circuito, Bottas obteve o segundo tempo, a 48 milésimos de Hamilton. Já Leclerc teve um carro menos equilibrado que Vettel e trabalhou mais para encontrar o melhor acerto para as 58 voltas da corrida, domingo, tinha mais gasolina no tanque.

O monegasco fez somente o nono tempo, 1min23s754, a 1s154 do inglês da Mercedes. Os quatro pilotos utilizaram os pneus Pirelli C4, ultramacios, definidos como macios no GP da Austrália, banda vermelha.

A temporada 2019 da Fórmula 1 inicia domingo (17), às 02h10 (de Brasília), com o GP da Austrália disputado na cidade de Melbourne.

 

Com Globo Esporte

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