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“Adesão ao governo representa fortalecimento do PMDB”

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Um jantar realizado na residência do deputado estadual Caíto Quintana, na quarta-feira (17), selou oficialmente a adesão da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa ao governo de Beto Richa (PSDB). Os 12 deputados peemedebistas estiveram presentes ao encontro, que contou ainda com a presença do governador, do chefe da Casa Civil, Durval Amaral (DEM), e do líder do Governo Ademar Traiano (PSDB).
Na avaliação do deputado Ademir Bier, a decisão foi amadurecida pela bancada ao longo de oito meses, já que a primeira reunião para discutir o assunto foi realizada no último mês de dezembro e voltou a entrar em pauta por diversas vezes desde então. Para se chegar ao acordo, o governador entendeu e respeitou o fato de que existem algumas posições do PMDB da qual os parlamentares não abrem mão. “Não houve dificuldade nesta adesão. É lógico que havia algumas questões internas a serem resolvidas para tomar uma decisão dessas e o próprio governador tinha questões que precisava administrar internamente para que o PMDB fizesse parte do governo”, declara.
De acordo com o rondonense, Beto Richa demonstrou intenção de querer contar com apoio do partido quando convidou o deputado Luiz Cláudio Romanelli para compor a equipe de governo e assumir o comando da Secretaria de Estado do Trabalho. “Este processo todo foi construído e culminou com o encontro na noite de ontem (quarta-feira)”, menciona.

 

 

Sobre o fato do deputado Anibelli Neto não ter aderido ainda oficialmente ao governo, Bier afirma acreditar que ele entende a importância da unidade da bancada e que deve assumir logo seu posicionamento favorável ao governador. “Ele participou do jantar e pelas suas palavras e a forma como foi conduzida a reunião penso que está entendendo a importância deste ato para o Paraná. Acreditamos com toda certeza que o Anibelli estará com a bancada”, opina.

Eleições
Perguntado se a adesão pode trazer algum tipo de reflexo para a próxima eleição, no ano que vem, Bier aponta que o processo eleitoral nos municípios é muito complexo e cada cidade conta com sua realidade. “Onde podemos estar com o PSDB estaremos, mas onde não é possível não estaremos. Assim caminha a política. Não há compromisso neste sentido ao ser feita a composição. As pedras se ajeitam no caminho”, avalia, acrescentando: “Iniciamos esse apoio ao governo agora e sabemos da nossa responsabilidade junto ao Estado. Acredito que com o PMDB vamos consolidar tudo aquilo que é importante ser feito para o Paraná”, emenda.
Já sobre as eleições de 2014, em que já estaria havendo uma tendência do PMDB apoiar a possível reeleição de Beto Richa, o deputado é enfático: “A nossa composição é com o governador. Isso já poderia ter ocorrido nas eleições passadas e estivemos muito próximos desta adesão, mas algumas questões em nível nacional e barreiras impediram naquele momento essa proximidade”, revela.

Divisão interna?
Questionado se a proximidade da bancada do PMDB não pode dividir o partido, já que uma ala é contra a adesão, o rondonense diz que não acredita nesta possibilidade, pois foi uma decisão de 11 parlamentares, os quais estão unidos para consolidar este processo. “Não teríamos tomado essa decisão se não contássemos com o respaldo de outros companheiros de nossas bases eleitorais. Partido político é assim mesmo: se discute e a vontade da maioria precisa ser respeitada. Entendemos e respeitamos as posições divergentes, pois é um direito das lideranças do PMDB. Contudo, essa atitude não foi isolada de um ou dois deputados, mas foi uma ação em conjunto com toda a bancada. Acreditamos que isso não representa o enfraquecimento do partido, bem pelo contrário, representa o fortalecimento do PMDB”, destaca.

Críticas de Requião
Quem não gostou nenhum pouco da adesão da bancada ao governo Beto Richa é o senador Roberto Requião, que não tem economizado críticas. Sobre o assunto, Bier diz: “não concordo com as críticas e quando ele fala sobre o nosso velho MDB de guerra, é preciso lembrar que eu cheguei antes no partido do que ele. Aliás, de todos os deputados que aí estão ele foi o último a se filiar no PMDB. Respeitamos a posição dele, mas não tem um deputado que está prestando atenção nisso. As críticas não nos atrapalham em nada e não impediram a adesão ao governo, tanto que foi uma decisão unânime e então fico tranquilo com isso”, responde.

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