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Geral Semeadura liberada

Agricultores da região aguardam chuvas mais expressivas para dar largada ao plantio da soja

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(Foto: Divulgação)

Produtores de todo o Paraná estão liberados, desde ontem (13), para iniciar a safra de soja 2021/2022. Apesar do fim do vazio sanitário, a falta de chuvas não permitiu o plantio logo de cara, situação que pode mudar, para o ânimo dos agricultores, nos próximos dias.

As informações meteorológicas apresentam previsões de temporais para esta semana e em Marechal Cândido Rondon são esperados 23 milímetros para esta terça (14) e quarta-feira (15), conforme o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

Neste cenário de seca, mas com previsão de chuva, a prática do plantio no pó surge como uma possibilidade na mente de alguns produtores, que veem nas chuvas futuras chances de adiantar alguns dias do ciclo da planta. “Diante dos investimentos, acredita-se que o produtor vai buscar um momento com melhor umidade, porque o que temos é somente previsão. Se plantar no pó e não chover, o transtorno é maior depois”, enfatiza ao O Presente o técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento (Seab) do Núcleo Regional de Toledo, Paulo Oliva.

Segundo ele, essa decisão cabe inteiramente ao produtor, mas o aconselhável é esperar por boas condições de umidade. “Assim ele efetiva o plantio e a planta tem um bom estande de germinação”, expõe, explicando que estande, ou stand, se refere ao número de plantas por área.

Técnico do Deral da Seab de Toledo, Paulo Oliva: “Convivemos com uma deficiência hídrica há cerca de dois anos e uma safra boa aconteceu só antes disso. Temos passado por um ciclo e o produtor vai buscar a melhor condição” (Foto: Divulgação)

 

Insegurança hídrica

O profissional chama a atenção à deficiência hídrica que existe não só na Regional e no Estado, mas em todo o país. “O produtor sabe mais do que qualquer um. Se for analisar, convivemos com uma deficiência hídrica há cerca de dois anos e uma safra boa aconteceu só antes disso. Temos passado por um ciclo e o produtor vai buscar a melhor condição”, pondera.

Nos últimos períodos, Oliva lembra que as chuvas aconteceram de forma irregular. “Em alguns lugares choveu pouco e em outros mal apagou o pó. A previsão para setembro dá uma animada, tem um pouquinho (de chuva) por dia, mas não sei se vem. Precisamos de chuvas com uma densidade muito boa em toda a região. Se você analisar, a gente ouve muito que as previsões devem ficar abaixo da média em outubro e novembro, contudo, se forem bem distribuídas, ainda pode ser bom”, considera.

As projeções, ressalta ele, podem mudar a qualquer momento e dar novos rumos à safra prestes a iniciar. “Falamos muito em futuro, mas vamos ver o que acontece. As projeções podem não bater. É um ciclo dos últimos dois ou três anos em que há escassez muito grande de chuva. Na região, havia vezes que chovia a semana inteira. Quando foi a última semana que aconteceu isso? Se você recordar, somente dois ou três anos anteriores”, salienta.

 

Boas expectativas

Apesar das variáveis envolvidas, Oliva espera por uma boa safra. “Há uma demanda muito importante de grãos, tanto da soja quanto do milho. Toda a cadeia de proteína animal fica na expectativa”, pontua.

 

Números

No Paraná, tanto a área com soja quanto a produção estimada cresceram da última safra para cá, tendo em base as estimativas do Deral. “O Estado plantou na safra passada 5.590.292 hectares e produziu 19.768.947 toneladas. Na safra 2021/2022 a projeção é de 5.619.665 hectares, um incremento de 1% na área plantada em relação à safra passada. A produção em vista é de 20.984.681 toneladas, uma variação de 6%”, comenta Oliva.

Ele aponta uma projeção produtiva menor para a safra neste ano. “No núcleo tivemos 487.425 hectares área de soja na safra 2020/2021 e produzimos 1.852.196 toneladas. A projeção para esse ano, que deve fechar final de outubro, estima 485 mil hectares de soja verão e 1,843 milhão de tonelada. Existe uma projeção menor para a soja”, pondera.

“O milho 1ª safra ocupou 3.128 hectares e produziu 25.024 toneladas na safra 2020/2021. Na projeção da safra 2021/2022, projeta-se 4,5 mil hectares e 41,4 mil toneladas”, menciona ele, pontuando que o Núcleo Regional de Toledo segue tendo preferência pela cultura da soja invés do milho de verão (1ª safra).

(Arte: O Presente)

 

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