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Brasil pode zerar miséria e se igualar a países ricos em 2016

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Presidente do Ipea, Marcio Pochmann: O Brasil reduziu o número de pobres pela combinação de elementos como o crescimento econômico e políticas públicas de distribuição de renda. Temos hoje uma estrutura social comparável aos países desenvolvidos (Foto: Divulgação)

O Brasil poder aacute; praticamente zerar a pobreza extrema e alcan ccedil;ar indicadores sociais pr oacute;ximos aos dos pa iacute;ses desenvolvidos em 2016, caso mantenha o ritmo de desempenho que teve entre 2003 e 2008. A conclus atilde;o eacute; do estudo ldquo;Pobreza, desigualdade e pol iacute;ticas p uacute;blicas rdquo;, divulgado ontem (12) pelo Instituto de Pesquisa Econ ocirc;mica Aplicada (Ipea).
A pobreza extrema eacute; considerada para fam iacute;lias com renda de at eacute; um quarto de sal aacute;rio-m iacute;nimo per capita – atuais R$ 127,50.
Tamb eacute;m h aacute; expectativa de alcan ccedil;ar uma taxa nacional de pobreza absoluta (at eacute; meio sal aacute;rio-m iacute;nimo per capita, R$ 255) de 4% naquele ano, o que, segundo o Ipea, significa quase a sua erradica ccedil; atilde;o. Em 2008, o iacute;ndice estava em 28,8%.
ldquo;A taxa de pobreza de 4% eacute; de pa iacute;s rico. Nos coloca no patamar de pa iacute;ses desenvolvidos rdquo;, afirmou Marcio Pochmann, presidente do Ipea. ldquo;O Brasil reduziu o n uacute;mero de pobres pela combina ccedil; atilde;o de elementos como o crescimento econ ocirc;mico e pol iacute;ticas p uacute;blicas de distribui ccedil; atilde;o de renda. Temos hoje uma estrutura social compar aacute;vel aos pa iacute;ses desenvolvidos rdquo;, declarou.
Desigualdade social
A queda da m eacute;dia anual na taxa nacional de pobreza absoluta foi de 0,9% ao ano entre 1995 e 2008, enquanto a da pobreza extrema ficou em menos 0,8% ao ano. Considerando o per iacute;odo de 2003 a 2008, a redu ccedil; atilde;o na primeira foi de 3,1%, e na segunda ficou em 2,1% ao ano.
O iacute;ndice Gini, que varia de zero a um e eacute; usado para medir as desigualdades sociais, dever aacute; passar para 0,488 – era de 0,544 em 2008. Ele encontra-se, em geral, abaixo de 0,4 nos pa iacute;ses desenvolvidos. Em 2005, ficou em 0,33 na It aacute;lia, 0,32 na Espanha, 0,28 na Fran ccedil;a, 0,27 na Holanda, 0,26 na Alemanha e 0,24 na Dinamarca. J aacute; nos Estados Unidos est aacute; acima dos demais, em 0,46.
Para o Ipea, parte significativa dos avan ccedil;os alcan ccedil;ados pelo pa iacute;s no enfrentamento da pobreza e da desigualdade est aacute; relacionada a pol iacute;ticas p uacute;blicas, a partir de 1988 – data de elabora ccedil; atilde;o da Constitui ccedil; atilde;o Federal.
Na d eacute;cada atual, o Instituto destaca raz otilde;es como a combina ccedil; atilde;o entre a continuidade da estabilidade monet aacute;ria, a maior expans atilde;o econ ocirc;mica e o refor ccedil;o de pol iacute;ticas p uacute;blicas, como a eleva ccedil; atilde;o real do sal aacute;rio-m iacute;nimo e a amplia ccedil; atilde;o do cr eacute;dito popular.
ldquo;O pa iacute;s fez pol iacute;ticas de distribui ccedil; atilde;o. Passou a arrecadar mais e tamb eacute;m distribuiu mais, o que reduziu a pobreza. Por eacute;m, ainda precisa combater a desigualdade e, para isso, dever aacute; haver uma mudan ccedil;a na estrutura tribut aacute;ria, que atualmente faz com que os mais pobres paguem mais impostos rdquo;, avaliou Pochmann.

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