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Cigarrinha do milho está mais resistente, alerta Faep

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Velha conhecida das lavouras do milho, praga pode levar, em alguns casos, a perdas de mais de 70% na produção (Foto: Fabiano Bastos)

As doenças do milho, denominadas de enfezamentos, têm causado danos expressivos nas lavouras, especialmente nas regiões quentes do Brasil, onde a cultura é cultivada em mais de uma safra ao ano.

Os enfezamentos são causados por microrganismos semelhantes a bactérias e afetam o desenvolvimento, a nutrição e a fisiologia das plantas infectadas e, em consequência, a produção de grãos.

As plantas infectadas com esses patógenos têm internódios mais curtos, menos raízes e produzem menos grãos que as plantas sadias.

A amplitude desses efeitos e a intensidade dos sintomas dependem do nível de resistência da cultivar de milho e são, aparentemente, proporcionais à multiplicação dos molicutes nos tecidos da planta, sendo mais intensos quando a infecção das plântulas ocorre nos estádios iniciais de desenvolvimento.

Os sintomas dos enfezamentos manifestam-se caracteristicamente, e em maior intensidade, na fase de produção das plantas de milho.

No Brasil, os agentes causais dos enfezamentos são transmitidos de uma planta de milho doente para uma planta de milho sadia por um único inseto-vetor, denominado de “cigarrinha do milho”.

Num primeiro momento o ataque da “cigarrinha” acontecia com mais intensidade na 2ª safra de milho, também chamada de “safrinha”, no entanto, na safra de verão a incidência também está sendo grande.

Isso pode aumentar ainda mais a incidência do inseto-vetor na “safrinha de milho”, prestes a ser plantada, o que está gerando muita preocupação de parte do Sindicato Rural Patronal de Marechal Cândido Rondon.

Por conta disso, o presidente da entidade, Edio Chapla, manteve contato com a Federação da Agricultura do Paraná (Faep) para que sejam melhor difundidas as orientações preventivas.

 

ORIENTAÇÕES

De acordo com a técnica da Faep, Paula Kowalski, é preciso que o produtor tome uma série de medidas de prevenção à “cigarrinha”, incluindo a melhor escolha do híbrido e o manejo das plantas voluntárias. “As informações que a gente tem buscado junto a pesquisas deste conjunto de medidas de manejo que precisa ser adotado, talvez a principal é que o produtor se atente muito bem ao híbrido que vai escolher. Há híbridos mais suscetíveis a doenças que a cigarrinha transmite e híbridos que são mais resistentes. Hoje, uma grande parte das empresas que produzem essas cultivares, esses híbridos, têm informações sobre tolerância ou não. Então, essa seria uma medida importante por parte do produtor, principalmente nas zonas que estão sofrendo maior pressão da praga e da doença, além do manejo do milho tiguera, que nasce de forma acidental a partir da queda de sementes no solo, uma vez que essas plantas podem servir de ‘ponte verde’, permitindo que as cigarrinhas sobrevivam e continuem se reproduzindo mesmo depois do final da safra de milho. Isso porque, embora o inseto se alimente e possa viver em outras plantas, só se reproduz no milho. É por isso que sempre orientamos para que se faça uma colheita muito bem-feita. Agora, na verdade, teremos o período de plantio, então esse manejo já teria que ter sido feito, mas, de qualquer forma, deve-se evitar que as áreas tenham milho tiguera para o início desta safrinha”, comenta.

Paula diz que o tratamento de sementes também é uma opção. “Tem que prestar atenção para os inseticidas que são liberados para uso no Paraná para o controle da praga e fazer o manejo químico ou com produtos biológicos logo no início do desenvolvimento da lavoura, que é mais efetivo. Aplicações após 40 dias de emergência a pesquisa tem observado que não têm grande efetividade”, pontua.

Ela comenta que estes são os pontos de atenção que o produtor tem que ter neste início de plantio do milho safrinha. “Como não se tem um nível de controle da praga, ainda, e o nível de controle para insetos vetores, que é o caso da cigarrinha, também é baixo, se o produtor verificar nos monitoramentos que a cigarrinha está presente na área, mesmo que não tenha certeza que ela está com patógeno ou não, que vai transmitir as doenças, é ideal que ele se preocupe em fazer este tratamento de semente e as aplicações de inseticidas conforme recomendação do engenheiro agrônomo”, orienta.

 

Com assessoria

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