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Confirmação de caso de coronavírus em cadeia do Paraná acende o alerta

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(Foto: Divulgação)

Foi confirmado um caso de Covid-19 no sistema penitenciário do Paraná. A informação é do Sindicato dos Policiais Penais do Paraná (Sindarspen). Quem está contaminado é um preso do regime semiaberto na Colônia Penal de Maringá (CPIM). Segundo informações da Coordenação Regional de Maringá do Departamento Penitenciário, o preso retornou para a unidade no dia 4 de maio, após uma saída temporária e apresentou sintomas recentemente. Em seu retorno, ele ficou em quarentena junto a outros 12 presos, que retornaram também. Apenas quando ele apresentou sintomas que foi testado e separado do grupo. Sem triagem e local para isolamento

Assim como na CPIM, que opera em regime semiaberto, outras unidades do Estado também vem enfrentando problemas com falta de triagem quando o preso chega e de lugar para o isolamento. Em uma denúncia feita por um policial penal da Colônia Penal Agrícola Industrial (CPAI), registra-se que não há qualquer tipo de triagem no retorno dos presos das saídas temporárias. “Voltamos a ter portarias dos finais de semana. Os presos saem na sexta e voltam na segunda feira. O problema é que no retorno não tem triagem e nem lugar para isolamento. Todos os presos que voltam, ficam juntos em um alojamento por apenas 7 dias”, conta o servidor. Após os sete dias no alojamento, eles retornam para o convívio com os outros presos. Segundo recomendações de autoridades médicas e da Organização Mundial da Saúde (OM), o prazo para isolamento é de 15 dias, pois é o tempo da manifestação de sintomas da COVID-19.

Desde o início da pandemia do coronavírus, a diretoria do Sindicato dos Policiais Penais do Paraná afirma que vem apresentando propostas de medidas de prevenção no sistema penitenciário do Paraná. Junto às propostas, também foram tomadas medidas jurídicas denunciando a negligência no que se refere à proteção dos servidores que estão trabalhando com grande risco de contágio. Além das ações do sindicato, o Ministério Público do Trabalho (MPT) enviou uma recomendação dando um prazo para que a Secretaria do Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SESP-PR) apresentasse um plano de prevenção, o que até agora não aconteceu, segundo o Sindarspen. “Não temos como aguardar que ocorra uma disseminação da doença Covid-19. Nos reunimos, em março, com a SESP e o DEPEN pedindo que medidas fossem tomadas com antecedência. Não da mais para esperar o pior”, diz Ricardo de Carvalho Miranda, presidente do Sindarspen.

 

Com Bem Paraná

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