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Geral Buraco negro

De bilionário ao nada, em prisão domiciliar, ex-deputado Alfredo Kaefer afirma: “Eu voltarei com tudo” 

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Alfredo Kaefer: "Já tive patrimônio de 200 milhões de dólares e hoje zero. Não sou apaixonado pelo capital, por bens materiais, dinheiro por si só não me atrai" (Foto: Jairo Eduardo/Pitoco)

Não foi fácil a conversa. Faz meses que o editor do Pitoco vem tentando uma entrevista com o ex-deputado Alfredo Kaefer. Ele cumpre prisão domiciliar em sua residência no alto do Bairro Neva. Até que, na manhã de terça-feira (06), a reportagem arriscou uma última tacada. Chegou ao portão da garagem, deixado aberto pelo jardineiro, e “invadiu” o local.

Kaefer estava sorvendo seu chimarrão matinal, na sala do café da manhã. Um tanto quanto resignado, disse uma palavra apenas: “entre”.

Ali começaram as negociações para uma entrevista. Antes de ligar o gravador, uma série de exigências. Alfredo Kaefer não queria falar de assuntos familiares, empenhado que está em preservar os filhos e netos.

No meio da conversa a primogênita dele chega discretamente ao ambiente. Kaefer cala. Ele e a ex-esposa Clarice Roman se enfrentam em uma batalha judicial. E querem preservar o casal de filhos que têm em comum.

O casal conviveu por 24 anos. A união selou-se no distante 1996, mediante a assinatura de um acordo pré-nupcial prevendo a separação de bens.

Tudo ia muito bem até o final da primeira década do novo milênio. Em 2008 a Diplomata, estrela do firmamento Kaefer, faturou 1 bilhão de dólares, equivalente a uma Copacol inteira. O grupo empregava 8,5 mil funcionários e Alfredo Kaefer acumulou uma fortuna pessoal de R$ 1 bilhão.

Em 2012, com Kaefer já eleito deputado em expressiva votação, a empresa passou a ter problemas. Foi quando ele transferiu as ações da Diplomata para Clarice.

Ele se recusa a entrar em detalhes, mas nas petições ajuizadas é possível encontrar seus argumentos. Ali, Kaefer argumenta que passou as ações para a esposa com o compromisso de recebê-las de volta.

E que a medida era necessária para preservar a empresa de intercorrências políticas e na outra ponta de separar o mandato dos negócios da família.

Kaefer tinha claro que a transferência das ações se dava sob confiança e recebeu de Clarice uma procuração de plenos poderes para continuar administrando o grupo.

Em meados de 2019, Kaefer solicitou o retorno ao status anterior, com as ações em seu nome. Clarice resistia. Em setembro do ano passado, Kaefer soube que a procuração havia sido revogada e foi tirar satisfações com a esposa. O episódio resultou na separação do casal.

Em dezembro último, Kaefer ingressou na Justiça para reaver a titularidade das ações. Clarice alega que recebeu o controle acionário da empresa em definitivo, sem compromisso de devolução.

O Pitoco apurou que houve tratativas de um acordo extrajudicial. E chegou-se até a um número: R$ 29 milhões. Por esse valor, as ações voltariam para Kaefer. Porém, as partes não se entenderam na forma de pagamento.

Kaefer não se conforma: em menos de meio ano, perdeu o mandato parlamentar, as ações da empresa, a esposa e a liberdade, condenado que foi pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crime contra o sistema financeiro.

Nesta reportagem, Kaefer fala sobre o “buraco negro” que o devorou nesta quadra da vida, evita temas relacionados à disputa familiar e se recusa a aceitar a condição de “rainha da Inglaterra” nas empresas que fundou. E garante: “Voltarei com tudo”.

 

Em tempo: o grupo permanece sob recuperação judicial e tem sob seu controle o frigorífico em Capanema com abate de 140 mil frangos por dia e a operação da indústria de óleo de soja, em Cascavel, além dos jornais, que agora voltam para Kaefer. Ao todo, 1,5 mil postos de trabalho, 299 famílias integradas e dezenas de credores dependem do desfecho deste imbróglio.

Kaefer teve a casa “invadida” pelo Pitoco em seu café da manhã: “momento inusitado” (Foto: Jairo Eduardo/Pitoco)

 

 

“EU VOLTAREI COM TUDO!”

“Se fosse focar em dinheiro, com as perdas que tive, pegaria um revólver e teria me suicidado”

 

Deputado federal em três mandatos, frequentador de gabinetes poderosos, como do então presidente Michel Temer e do então governador Geraldo Alckmin, Alfredo Kaefer era ouvido, notadamente em suas análises econômicas.

Empresário bem-sucedido, multimilionário, aparentava conduzir uma união feliz e promissora de mais de duas décadas com a esposa.

Tudo ruiu de repente, ou como enfatiza o poeta, “não mais que de repente”.  Nesta entrevista, Kaefer versa sobre economia, política e pega de “raspão” nos temas familiares mais sensíveis.

Em um dos trechos afirma que se fosse vidrado em dinheiro teria tirado a própria vida diante das severas circunstâncias que se apresentaram. Acompanhe a primeira entrevista concedida por Kaefer após a tempestade perfeita que lhe subtraiu mandato, empresas, esposa e a liberdade:

 

Pitoco: Em que contexto você considera injusta a sentença do STF?

Alfredo Kaefer (AK): Em 2004 eu era controlador de uma instituição financeira devidamente registrada no Banco Central (BC) e simultaneamente controlador da Diplomata. Tínhamos títulos de um cliente que foram descontados na financeira. Aconteceu um mero erro burocrático, um erro técnico. Nossos diretores, ao invés de creditar o cliente, o devedor dos títulos, creditaram a Diplomata. Era simples ter evitado isso: bastava fazer a operação normal, descontava o título do cliente que era a empresa Frangosul e ela pagava a Diplomata. Erro trivial, por desconhecimento, não tem minha assinatura, eu não estava na operação. Anos depois soube que se tratava de operação vedada pelo BC e é considerado crime financeiro. Ou seja, não houve desvio, fraude, ninguém foi lesado. Realmente um erro administrativo. Tanto é que em 2010 eu vendi a financeira com total regularidade aprovada pelo Banco Central.

 

Pitoco: Porém, a sentença aponta crime contra o sistema financeiro nacional…

AK: Após uma fiscalização corriqueira de auditores do BC, fui chamado no Ministério Público de Porto Alegre para explicar a operação. A pergunta foi essa: houve fraude? Não, houve uma operação que não deveria ser feita. Foi liquidada, não ouve dolo, fraude ou prejuízo a qualquer investidor, ninguém foi lesado. Em 2007, já eleito deputado federal, recebi foro de prorrogativa de função. Não se trata de privilégio, pelo menos no meu caso, não. Foi pior, só tive uma instância judiciária para contestar a acusação. Não tive primeira, segunda instância, STJ. Foi direto para o STF, em Brasília, onde respondi ao inquérito. Dezenove dias depois do final do meu mandato, fui condenado. Avaliaram o último embargo em sistema não presencial, sumário. Assisti em vídeo, não durou mais que dois minutos.

 

Pitoco: Cabe recurso?

AK: Entramos com uma ação revisional, permitida quando afronta-se a liberdade pessoal. Não foi atendido o pressuposto da prescrição do processo. Sou réu primário, não tenho nenhuma condenação anterior. Para casos como o meu, se comprovada a irregularidade, está prevista pena de dois anos e quatro meses. Se assim fosse, estaria prescrita. O que o STF fez: imputou a pena máxima de quatro anos e seis meses para não atender o pressuposto da prescrição. É desproporcional para quem, como eu, nunca teve uma condenação nem mesmo na vida política, onde cumpri 12 anos de mandato sem nenhuma mácula.

 

Pitoco: Considera-se fora do jogo na política?

AK: Estou num momento inusitado, um período sabático, totalmente recluso, uma pausa. É uma situação familiar, empresarial, somada à pandemia, tudo isso me trouxe para esse momento inédito de minha vida. Agora é reaver liberdade de ir e vir. Estou restrito à cidade, não posso sair de Cascavel. Fico em domiciliar das 19 horas às 07 da manhã. Não posso sair sábados, domingos e feriados. Obtendo a suspensão do processo, posso reaver meus direitos políticos, para daí então desenhar novos cenários.

 

Pitoco: Como é a rotina pessoal na sua residência?

AK: Levanto por volta de 07 horas, tomo meu chimarrão, leio os principais jornais do país, “Folha”, “Estadão”, “Valor’, e, lógico “O Paraná”. Procuro fazer exercício, esteira e uso minha piscina para me exercitar, ter atividade física, baixar o estresse que tenho vivido nos últimos meses. Quando era deputado fazia isso nos aeroportos. Por muitos anos minha rotina era não usar cadeira de rodas, só mesmo quando os horários apertavam. Procurava caminhar com a malinha de roda servindo de apoio. Caminhei muito nestas idas e vindas a Brasília nestes 12 anos. Saio de casa, vejo algumas coisas pela cidade. Vez por outra vou no meu escritório na Diplomata. Pensa numa agonia, você estar dentro da sua empresa e não poder ter o mando…

 

Pitoco: O senhor teve um problema de saúde, ano passado…

AK: Sim, tirei a tireoide em fevereiro de 2019 em Brasília, na mesma semana que saiu a condenação. Foi um procedimento complexo, havia neoplasia, tumor maligno e a recomendação foi extirpar a tireoide. Fui operado por um médico especialista em cabeça e pescoço, cerca de duas horas de cirurgia. Agora está solucionado, estou curado, sem recidiva.

 

Pitoco: Tem acompanhado as questões administrativas do grupo que fundou?

AK: Vivo uma situação inusitada, tendo que provar que sou o dono da Diplomata, empresa que fundei e criei há 43 anos. Não quero entrar em detalhes, pois envolve situação familiar, mas estou fora das empresas, não sou eu quem estou administrando. Prefiro não falar a respeito. É difícil manter a serenidade quando enfrentamos tiroteio de todos os lados.

 

Pitoco: Qual seu projeto de vida a partir destes fatos?

AK: Sempre cultivei três pilares em minha vida. Todos estão momentaneamente abalados: o empresarial, o familiar, neste momento arranhado, e o político, hoje desabilitado. Meu projeto de vida é reorganizar, reconstruir os pilares. Vou fazer 65 anos, acredito que, tendo saúde para isso, seja possível reconstruí-los. 2021 é o ano de reestruturar minha vida, em todos os sentidos. Objetivamente, reconquistar e reconstruir a Diplomata, como organização empresarial, voltar a ser modelo no agronegócio; ser um homem público qualificado, seja por um mandado ou sem ele. Concomitantemente me reorganizar na vida pessoal. Não posso desperdiçar minha energia, meu desprendimento, minha vontade de fazer. E vou reorganizar o IAK, Instituto Alfredo Kaefer, liquidado indevidamente pelo juiz na falência da Diplomata.

 

Pitoco: Como enfrentou a derrota nas urnas em 2018?

AK: Acredito que o prejuízo maior foi da sociedade que me negou os votos. Dei provas de talento, capacidade e dedicação. Cada pouco sou lembrado em Brasília pelas contribuições que deixei no debate econômico, de finanças e negócios. Contribuí na reforma trabalhista, ajudei a desenhar a reforma tributária, que infelizmente não avançou e talvez não venha a acontecer.

 

Pitoco: Por que não? Guedes está isolado? Posto Ipiranga sem gás?

AK: O Guedes é um liberal pragmático, competente, tem uma visão muita clara do que fazer na economia nacional. Somos afinizados nas ideias, ambos da escola do Roberto Campos. Mas ele não avança por falta de traquejo político. Na função pública tem que equilibrar capacidade técnica e nivelamento político, se não unir as duas coisas dá com a cara na parede.

 

Pitoco: Guedes fica à frente da Fazenda?

AK: Se não entregar resultados rapidamente após a superação da epidemia, ele cai. Bolsonaro deve saber que a economia dá ou tira eleição. O presidente pode ser reeleito em 2022 se a economia reagir. E se dedicar a projetos sociais que dão voto, como o Renda Brasil, que irá substituir o Bolsa Família. Somado à legião de seguidores conservadores e liberais, vem forte para reeleição. Foi assim com FHC e com Lula. Sem resultado na economia não tem voto. Se o Guedes não entregar, não fica.

 

Pitoco: O Centrão blindou o presidente no Congresso?

AK: Precisa ver se ele tem votos suficientes, isso não foi colocado à prova ainda. Com o Centrão ele tem um poder maior sobre o Congresso. Mas há um detalhe importante: o Centrão é forte na Câmara, mas pouco influente no Senado. 

 

Pitoco: A economia volta em “V” ou em “U”?

AK: Primeiro é preciso controlar a pandemia. Quando as pessoas puderem voltar a andar sem máscara, movimentação do ir e vir, a economia dirá se irá fluir ou não. Ao meu ver, somente quando tivermos uma vacina eficaz teremos sinais mais claros, isso é lá para abril ou metade do próximo ano. Então podemos avaliar a retomada. Há indicadores preocupantes. Qual a moeda que mais desvalorizou no planeta? O Real, com grande evasão de divisas. Estamos tendo saída grande de capitais, que farão falta na retomada do desenvolvimento pós-pandemia. Juros e inflação baixos são bons, mas isso é consistente ou resultado da economia represada?

 

Pitoco: Queimadas e derrubadas vão fechar mercados para o Brasil?

AK: O mundo legou ao Brasil a condição de área de preservação ambiental do planeta. Não entro no mérito se isso é verdadeiro ou não, mas estigmatizou-se desta forma. Se não mostrarmos capacidade de aliar desenvolvimento econômico com sustentabilidade, teremos sérios problemas. Há queimadas nos Estados Unidos, África e Europa, mas queimou no Brasil é um pecado mundial. Temos que mostrar capacidade de preservar Amazônia e outros biomas, mas principalmente mostrar para o mundo que somos capazes de dar conta disso.

 

Pitoco: Amazônia é problema ou solução?

AK: É solução. Trata-se de um de nossos principais ativos. O Brasil não está sabendo cobrar royalties verdes do planeta. Se estamos preservando, é justo chamar todos os beneficiados para ajudar a pagar a conta. É um ativo imenso que não estamos sabendo usar.

 

Pitoco: Se você tivesse ficado no 17, o partido do presidente em 2018, teria sido eleito, dizem seus apoiadores. Concorda?

AK: Conheço bem o presidente, convivi com ele 12 anos no Congresso. Os amigos dizem que eu cometi um erro estratégico. Se eu fosse um bolsonarista de primeira hora, teria mais de 100 mil votos. Mas eu tinha um compromisso com o paranaense Alvaro Dias, no 1º turno. Perdemos juntos, mas seguimos até o fim. Compromisso é compromisso. Votei no Bolsonaro no 2º turno. Valeu, porque derrotou o PT, e bem ou mal vai dar rumo diferente ao país.

 

Pitoco: Tem acompanhado a eleição municipal em Cascavel?

AK: Acompanho, sim. Ao meu ver a pandemia ajuda quem está no exercício do mandato. Acredito que o (Leonaldo) Paranhos conduziu razoavelmente bem a situação do abre e fecha da economia, teve equilíbrio, tomou atitudes firmes quando era preciso e flexibilizou quando necessário. Realizou obras importantes e está administrando bem o município. Prefeito tem que cuidar da cidade e dar suporte às principais demandas como ensino, educação, transporte coletivo, qualidade de vida. Mesmo com vários candidatos, acredito que o prefeito tem grande chance de ganhar já no 1º turno.

 

Pitoco: Alguém da oposição pode subir e surpreender?

AK: Não acredito. São eleitoralmente fracos. É legítimo que queiram disputar a eleição, mas alguns estão ali só para marcar posição, para se projetar com vistas às eleições para deputado de 2022. Outros são apenas folclóricos, sabedores de suas pouquíssimas possibilidades.

  

Pitoco: Como vê essa possibilidade de um consórcio regional para disputar a concessão da rodovia 277?

AK: Grande parte da cadeia econômica da região é impulsionada por cooperativas. Participarem de um consórcio para disputar o pedágio é saudável. Acho que devem entrar para mudar o modelo, o atual não deu certo. Para baixar as tarifas pode-se até pagar outorgas ao governo federal, que terá nisso uma grande oportunidade de equilibrar as contas públicas, mas é preciso estender o prazo das concessões para diluir investimento das empresas e arcar com as obras necessárias. Nos Estados Unidos, no início do século passado, fizeram concessões de 99 anos e estruturaram o país.

 

Pitoco: Entre os abalos nos três alicerces de vida que você citou, qual lhe abateu com mais força?

AK: Todos abalaram em proporções idênticas. Construí um projeto empresarial do nada, fundei uma empresa que saiu do zero e no auge, em 2008, teve 8,5 mil funcionários e faturou 1 bilhão de dólares naquele ano. E ver-se fora disso… Não falo do valor pecuniário, sou capitalista porque os negócios exigem que eu seja um capitalista, mas não sou materialista. Meu projeto de vida não é pecuniário, não é financeiro. Se fosse focar em dinheiro, com as perdas que tive, pegaria um revólver e teria me suicidado. Já tive patrimônio de 200 milhões de dólares e hoje zero. Não sou apaixonado pelo capital, por bens materiais, dinheiro por si só não me atrai. Estou atrás de projeto, de construção institucional. Um dia deixaremos tudo, não somos eternos, passageiros apenas.

 

Pitoco: Que lições as dificuldades da vida lhe ensinaram?

AK: Que devo concluir meu projeto de vida, retomar meu projeto empresarial, espero retomar o controle das empresas e consolidar uma estrutura institucional. Que devo voltar ao pilar político, resolver a inegibilidade e em algum momento poder voltar a disputar. Já vou para 65 anos, mas a energia vem da vontade de fazer. E energia não me falta. Minha história de vida e minha experiência tem muito a contribuir. Quero viver bem com filhos e netos, tenho energia de juventude para recomeçar e reconstruir.

 

Pitoco: Onde busca motivação para enfrentar tantos revezes?

AK: Vivemos de expectativas, se eu imaginar que amanhã o mundo vai acabar, eu desisto. O que você não pode fazer jamais é desistir. Temos uma missão para cumprir. Não fiz jus ainda ao espaço que recebi neste plano. Todos somos devedores, eu me considero um devedor, não cumpri ainda minha missão, não dei de mim tudo que tenho para dar, não retribui integralmente ainda o privilégio de ter recebido o ar que respiro. Eu voltarei com tudo, só Deus para me impedir.

 

Alfredo Kaefer: “Construí um projeto empresarial do nada, fundei uma empresa que saiu do zero e no auge, em 2008, teve 8,5 mil funcionários e faturou 1 bilhão de dólares naquele ano. E ver-se fora disso…” (Foto: Jairo Eduardo/Pitoco)

 

“Estou restrito à cidade. Não posso sair de Cascavel. Fico em domiciliar das 19 horas às 7 da manhã. Não posso sair sábados, domingos e feriados”

 

CLARICE ALEGA SEGREDO

O Pitoco tentou ouvir a empresária Clarice Roman. Ela alegou, via WhasApp, que a demanda judicial pelo controle acionário do grupo corre em segredo de Justiça e que, portanto, não poderia se manifestar a respeito.

Clarice limitou-se a dizer que está empenhada em cumprir o plano de recuperação judicial da Diplomata. “Já cumprimos as 24 parcelas e estamos finalizando para o levantamento da recuperação, ajustando pendências. A pandemia afetou todo mundo. Não teve ninguém que não foi afetado. Isso atrasou algumas metas do plano”, ressalvou.

 

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