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Desigualdade vacinal é o principal motivo para o surgimento da variante Ômicron

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Foto: Pixabay

A desigualdade vacinal é o principal motivo do surgimento da variante Ômicron, a cepa do coronavírus com mais mutações genéticas até agora. Embora classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde, a variante ainda está sendo investigada.

“É uma variante que tem um grande número de mutações. Algumas dessa mutações a gente já viu antes em outras variantes, e a gente sabe que elas estão envolvidas com maior transmissibilidade e um possível escape de vacinas”, afirma a microbiologista Natália Pasternak.

O surgimento da variante chamou atenção para a vacinação desigual, que faz de alguns locais celeiros de mutações do coronavírus, ameaçando o controle da pandemia em escala global.

Ao todo, 54,2% da população mundial já recebeu ao menos a primeira dose dos imunizantes disponíveis. O Brasil tem quase 62,44% das pessoas com esquema vacinal completo. Já na África do Sul, onde a Ômicron foi identificada pela primeira vez, o índice chega a 23,8%.

Em outros países do continente, como Egito (13,45%), Nigéria (1,63%), Etiópia (1,22%) e Quênia (4,85%) os números são ainda menores. Em todo o continente africano, apenas 6,6% das pessoas estão imunizadas. “É preciso primeiro promover assistência humanitária para os países que não têm acesso à vacinação. Esses países precisam vacinar as populações, e precisa ocorrer uma iniciativa global”, ressalta Natália.

A Covax Facility, o convênio da OMS criado para ajudar a distribuir vacinas aos países mais pobres, espera entregar apenas dois terços das duas milhões de doses estimadas para este ano.

 

 

Com Rede Cultura

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