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Dólar fecha em alta e bate 4º recorde consecutivo, a R$ 4,35

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(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (12) e bateu o quarto recorde consecutivo em relação ao real, diante da divulgação de dados decepcionantes do varejo brasileiro e do maior otimismo quanto à contenção da epidemia do coronavírus na China.

A moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 4,3505, em alta de 0,55%. Na máxima da sessão, chegou a R$ 4,3535, também o maior valor nominal (ou seja, sem considerar a inflação) já alcançado durante as negociações. Veja mais cotações. No mês, o dólar acumula valorização de 1,53% e, no ano, de 8,5%.

Já o dólar turismo, vendido nas casas de câmbio, fechou a R$ 4,54 sem acréscimo do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Na terça, a moeda encerrou a sessão vendida a R$ 4,3269, em alta de 0,10%.

Dados do comércio decepcionam

As vendas no varejo recuaram 0,1% em dezembro na comparação com o mês anterior e subiram 2,6% sobre um ano antes, de acordo com dados do IBGE, em resultado abaixo do esperado em pesquisa da Reuters. No acumulado em 2019, o comércio registrou alta de 1,8%, mas mostrou perda de força em relação aos 2 anos anteriores.

“Investidores receberam há pouco decepcionantes dados de vendas no varejo de dezembro”, disse em nota a corretora Commcor, citando “reações isoladamente negativas ao real, que segue sofrendo com baixos juros e desanimadores dados de atividade”.

No exterior, a China registrou nesta quarta-feira o menor número de novos casos de coronavírus desde janeiro, o que fortalece uma previsão do principal assessor médico do país de que o surto terminará até abril.

“O mercado está relativamente confiante de que a China será capaz de controlar o vírus, embora possa levar algum tempo”, afirmou à Reuters Steve Englander, chefe de pesquisa global do G10 FX na Standard Chartered, em Nova York. “O fato de que o coronavírus não parece tão letal fora da China é algo que está confortando os mercados.”

Na terça-feira, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) Jerome Powell disse ao Congresso que a economia do país norte-americano estava em um lugar favorável, mesmo citando a ameaça potencial do coronavírus na China e algumas outras preocupações de longo prazo.

“Os dados econômicos norte-americanos ainda estão superiores a outras economias e a diferença de crescimento com o resto do mundo continua substancial”, afirmou à Reuters Ugo Lancioni, gerente de portfólio do Neuberger Berman Macro Opportunities FX Fund.

Ainda na terça, a ata da última reunião de política monetária do Banco Central indicou divergência entre os membros Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a ociosidade na economia. O documento apontou que, diante de “múltiplas incertezas”, o comitê quer ter melhor compreensão do cenário para definir os próximos passos da taxa Selic. No comunicado da semana passada, o Copom havia indicado que interromperia o ciclo de corte de juros.

A redução sucessiva da Selic diminuiu o diferencial de juros entre Brasil e outros pares emergentes, o que pode tornar o investimento no país menos atrativo para estrangeiros e gerar um fluxo de saída de dólar, o que elevaria a cotação da moeda.

 

Com G1

 

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