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Geral LAVAGEM DE DINHEIRO

Dono do Grupo Petrópolis, alvo da 62ª fase da Lava Jato, é denunciado pelo MPF por lavagem de dinheiro

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Foto: Divulgação

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o dono do Grupo Petrópolis, um familiar e um advogado pela acusação de lavagem de dinheiro.

Os três foram alvos da 62ª fase da Operação Lava Jato, sendo que o empresário e seu sobrinho estão presos na sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba. O empresário é suspeito de desviar US$ 3,6 milhões de contrato do navio-sonda da Petrobras.

Batizada de Rock City, a fase da operação mira o pagamento de propinas disfarçadas de doações eleitorais e operações de lavagem de dinheiro feitas pelo Grupo Petrópolis, da marca de cerveja Itaipava.

O Grupo Petrópolis, conforme as investigações, teria auxiliado a Odebrecht a pagar propina por meio da troca de reais no Brasil por dólares em contas no exterior. As investigações apontam ainda que o empresário e outros executivos do Grupo Petrópolis atuaram na lavagem de cerca de R$ 329 milhões em contas fora do Brasil.

A força-tarefa afirmou que o presidente do Grupo Petrópolis usou o programa de repatriação de recursos de 2017 para trazer ao Brasil, de forma ilegal, cerca de R$ 1,4 bilhão que foram obtidos de forma ilícita.

 

COMO ATUARIAM

Conforme os procuradores, para lavar dinheiro em favor de agentes públicos e privados, o empresário teria contado com funcionários do Grupo Petrópolis e familiares.

Já o advogado atuaria como representante de uma conta registrada em nome da empresa Headliner Limited, que foi aberta para movimentar valores produtos de crimes, segundo o MPF.

O familiar do empresário, conforme as investigações, seria responsável por ordenar a realização de operações financeiras das contas secretadas vinculadas ao Grupo Petrópolis em instituições financeiras no exterior.

O MPF acrescentou ainda que as irregularidades são investigadas desde 2016, quando uma planilha com nomes de políticos e referência à cerveja Itaipava foi achada na casa do executivo da construtora Odebrecht.

Contudo, após a quebra do sigilo bancário dos investigados, notou-se que contas ligadas ao empresário no exterior continuaram sendo movimentadas em 2018 e 2019, conforme os procuradores.

Em depoimento de delação premiada, o presidente do Grupo Petrópolis já tinha relatado o esquema à polícia em setembro de 2017.

 

POSICIONAMENTO

A assessoria de imprensa do Grupo Petrópolis informa que todos os esclarecimentos solicitados já foram prestados aos órgãos competentes, em diversas ocasiões.

 

Com RPC TV

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