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Entrega de alimentos para o PAA cai 90% em Cerro Azul

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A deficiência no escoamento da produção agrícola do Vale do Ribeira já se reflete nos números do programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da região. Em agosto, o projeto previa a compra de cerca de 50 toneladas de produtos, que seriam destinados à Ação Social local. Com a queda da ponte, porém, o volume não deve chegar a 5 toneladas, revela o coordenador do programa em Cerro Azul, André Stival.

“Como prevenção, estamos tentando estender o prazo para recebimento dos produtos no próximo ano. O problema é que o governo não libera um novo lote de compras enquanto o anterior não for totalmente utilizado”, lembra. Atualmente, centenas de famílias do Vale do Ribeira têm sua renda dependente do programa, que foi criado em 2003 pelo governo federal para atender especialmente as famílias rurais de baixa renda.

Responsável pelo repasse de R$ 2 milhões do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) brasileiro, a cooperativa de crédito Cresol, de Cerro Azul, calcula que terá problemas com os recebimentos de agosto devido à baixa comercialização dos produtos. “As parcelas vencidas no dia 15 foram quitadas, mas para o fim deste mês esperamos ter inadimplência. Com isso, a liberação do dinheiro para a próxima safra pode ser parcialmente comprometida”, afirma Adriano Briatori, gerente da empresa no município.

Como quase toda a safra de ponkan de Cerro Azul já havia sido comercializada até o início deste mês, os prejuízos da cidade devem ser inferiores aos de Doutor Ulysses. A Secretaria municipal da Agricultura calcula, contudo, que as perdas podem chegar a R$ 3,4 milhões no curto prazo, caso o escoamento dos produtos permaneça interrompido. O valor está baseado na estimativa de produção da olericultura – abóbora, alface, feijão e pepino – na região afetada com a queda da ponte. “Os meios alternativos que existem, como a balsa, ainda não dão condição para transportar o volume produzido na região atingida. Cerca de 60% da produção (de Cerro Azul e Doutor Ulysses) estão comprometidos pelo transporte”, estima Ivan Evangelista, secretário de Agricultura de Cerro Azul. Se o problema de transporte não for resolvido até a entrada da próxima safra de frutas, entre abril e maio, o impacto será ampliado, prevê. A prefeitura do município informa que uma nova ponte será construída em 8 meses, ou seja, pelo menos até abril de 2012 os produtores terão de se conformar com as medidas emergenciais de escoamento. (Gazeta do Povo)

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