Fale com a gente

Geral

Estudo descarta bolha imobiliária no Brasil

Publicado

em

A possibilidade de que uma ldquo;bolha rdquo; esteja se formando no setor imobili aacute;rio brasileiro, apoiada em volumes robustos de cr eacute;dito imobili aacute;rio e pre ccedil;os de im oacute;veis em alta, pode n atilde;o passar de um temor infundado. A constata ccedil; atilde;o foi feita ontem (11) pela Associa ccedil; atilde;o Brasileira das Entidades de Cr eacute;dito Imobili aacute;rio e Poupan ccedil;a (Abecip), que encomendou um estudo agrave; MB Associados para comprovar que, mantidos os atuais patamares do setor, a forma ccedil; atilde;o de uma bolha n atilde;o deve acontecer no curto ou no longo prazo.
ldquo;N atilde;o temos caracter iacute;sticas b aacute;sicas que induzam ao aparecimento de uma bolha… N atilde;o temos excesso de endividamento rdquo;, disse o economista da MB, Jos eacute; Roberto Mendon ccedil;a de Barros, se referindo agrave; alavancagem excessiva vista nos Estados Unidos em 2008, que marcou o in iacute;cio da crise econ ocirc;mica mundial.
O estudo assinalou que um dos fatores que pode levar agrave; forma ccedil; atilde;o de uma bolha envolve a aus ecirc;ncia de um indicador para balizar os pre ccedil;os de im oacute;veis no Brasil, que v ecirc;m avan ccedil;ando em ritmo t atilde;o forte quanto o da demanda. No caso brasileiro, contudo, essa acelera ccedil; atilde;o refletiria um reajuste ap oacute;s 20 anos em que o setor imobili aacute;rio foi mal precificado.
ldquo;Quando a demanda come ccedil;a a crescer, aumentar pre ccedil;os eacute; normal. O importante eacute; saber se h aacute; oferta para isso rdquo;, afirmou Mendon ccedil;a de Barros.
Embora tenha descartado uma bolha, o economista alertou para a forte demanda por parte da classe C que, at eacute; 2016, deve exigir cerca de 1,5 milh atilde;o de im oacute;veis a cada ano dispon iacute;veis no mercado. ldquo;O mais importante eacute; aumentar a produ ccedil; atilde;o imobili aacute;ria, como tem acontecido rdquo;.

SEMESTRE RECORDE
A combina ccedil; atilde;o de um cen aacute;rio econ ocirc;mico est aacute;vel com recupera ccedil; atilde;o da renda da popula ccedil; atilde;o e flexibiliza ccedil; atilde;o dos bancos levou a um recorde em financiamento imobili aacute;rio no primeiro semestre. De janeiro a junho, os recursos concedidos pelo Sistema Brasileiro de Poupan ccedil;a e Empr eacute;stimo (SBPE) atingiram R$ 23,8 bilh otilde;es, alta de 77% ante a primeira metade de 2009, segundo a Abecip.
Nos seis meses at eacute; junho, foram financiadas 187,6 mil unidades pelo sistema, n uacute;mero 51,5% maior que igual per iacute;odo do ano passado.
O desempenho semestral levou a entidade a elevar a previs atilde;o para os empr eacute;stimos concedidos pelo sistema para financiamento imobili aacute;rio em 2010 para R$ 57 bilh otilde;es, totalizando 450 mil unidades. A previs atilde;o anterior era de
R$ 45 bilh otilde;es, montante j aacute; atingido nos 12 meses at eacute; junho.
De acordo com a Abecip, se considerados os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Servi ccedil;o (FGTS), os financiamentos para im oacute;veis este ano podem superar R$ 65 bilh otilde;es em cr eacute;dito e 480 mil unidades financiadas.
Para o presidente da Abecip, Luiz Ant ocirc;nio Fran ccedil;a, em 2014, o financiamento imobili aacute;rio deve responder por 11% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Hoje, essa rela ccedil; atilde;o eacute; de 4%.

Copyright © 2017 O Presente