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Geral Palotina

Gasto de R$ 30 mil com guarda-chuvas causa polêmica em município da região

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Segundo a prefeitura, iniciativa tem como objetivo reduzir os casos de câncer entre as mulheres na cidade; para muitos moradores, dinheiro deveria ser empregado de outra maneira (Foto: Reprodução/RPC)

A Prefeitura de Palotina investiu cerca de R$ 30 mil na compra de 1,2 mil guarda-chuvas. O objetivo, aponta, é reduzir os casos de câncer entre as mulheres da cidade.

A Secretaria de Saúde do município pretende usar os guarda-chuvas durante a campanha do Outubro Rosa, para atrair as mulheres aos postos, uma espécie de recompensa para quem fizer o exame preventivo de colo de útero.

Para parte da população, no entanto, o dinheiro poderia ser usado em outras medidas preventivas.

Alguns moradores apontam que este tipo de iniciativa não seria necessário, que a atitude tem que partir das próprias pessoas. Muitas mulheres compartilham da mesma opinião.

“Eu estou aqui para fazer uma consulta com a ginecologista porque estou precisando. As mulheres precisam ter essa consciência. Não precisa de brinde. A saúde vem em primeiro lugar”, destaca Daiani Vanessa Lopes.

Todos os anos, o município investe R$ 150 mil em campanhas educativas, valor que, conforme a prefeitura, não pode ser usado na compra de medicamentos, por isso aposta na entrega dos brindes.

A secretária de saúde, Jaqueline Delai, lembra que já usou a estratégia antes e que agora conta, mais uma vez, com os brindes como um incentivo e um atrativo para as mulheres fazerem os exames.

“A gente já viu outros municípios na região que fez essa campanha. A gente ouviu falar muito bem disso. E a gente sabe que quando divulga alguns atrativos, alguns brindes, as pessoas vêm mais incentivadas. Não deveria ser este o motivo único, mas acaba atraindo”, defendeu.

Em 2018, Palotina não bateu a meta estabelecida pela Secretaria Estadual de Saúde que era de 2,3 mil exames preventivos contra o câncer de colo de útero.

Segundo a secretaria, também em 2018, 19 mulheres morreram vítimas de câncer na cidade, a segunda principal causa de óbitos, perdendo apenas para doenças cardiovasculares.

 

Com RPC Cascavel 

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