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Governo não vai demarcar reservas indígenas para atender “determinados ideologismos”, diz ministra

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Ministra Tereza Cristina (Foto: Reprodução/RPC)

 

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse, nesta quinta-feira (24), que o governo não vai demarcar reservas indígenas para atender “determinados ideologismos”. A fala foi proferida durante o evento de abertura nacional da colheita da soja, em Apucarana, no Norte do Paraná.

“Se achar uma tribo nova que precise demarcar uma área, é claro que nós vamos ver isso com muito cuidado e isso está na Constituição. Então, do jeito que se coloca hoje, é que o Governo Bolsonaro não vai cumprir a lei. Ledo engano, ele vai cumprir a lei. Mas vai cumprir a lei como ela deve ser cumprida e não atendendo determinados ideologismos, que trazem só injustiça pra um lado e pro outro”, declarou.

Tereza Cristina garantiu, ainda em relação à demarcação de terras, que o governo não quer cometer injustiças.

“O índio vive na mais extrema miséria hoje. E quando você tira um pequeno produtor, ou um médio produtor de uma área que ele está há 80 anos, que é dele, que ele tem escritura, que ele está dentro da legalidade, você também comete uma injustiça. Então esse governo é o governo que não quer mais cometer injustiça”, afirmou.

Tereza Cristina discursou para o público, ao lado do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD). A influência dos eventos climáticos na colheita da soja e a junção da Fundação Nacional do Índio (Funai) com o Ministério da Agricultura foram alguns dos assuntos abordados pela ministra.

Ela afirmou que, a partir de agora, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) cuidará da parte fundiária das tribos indígenas que, antes, era de responsabilidade da Funai, e também das demarcações. “O Ministério da Agricultura recebeu uma parte da Funai. A parte humanitária, a parte cultural, a parte que cuida do índio, do ser humano, ficou no Ministério da ministra Damares [Alves], que é o Ministério de Direitos Humanos e Cidadania. O que é que veio pra Agricultura? Veio pro Incra. Isso porque o Incra cuida de toda a parte fundiária, dos assentamentos, enfim, são milhões de hectares, centenas de milhões de hectares que o Incra já fazia isso. Hoje, então, toda essa parte fundiária, da Funai, vem para o Incra pra que ele também tome conta disso”, disse a ministra.

Segundo a ministra, novos instrumentos de crédito para atender o setor estão em discussão. “Nós precisamos modernizar nesse setor. Nós não podemos mais contar que o dinheiro tem que ser só do governo. Nós temos que ter um cardápio maior de instrumentos pra que o produtor possa tomar o crédito abundante e também compatível com a nossa atividade. Não dá pra pagar juros que não entrem dentro da atividade do produtor rural”, argumentou a ministra.

Tereza Cristina também comentou sobre a importância de infraestrutura. “Nós estamos conversando com o ministro Tarcísio, inclusive no dia 28 nós vamos lançar o plano safra da infraestrutura”.

De acordo com a ministra, os produtores rurais não descumprem a lei e não são responsáveis por desmatamentos. “Produtor rural que é produtor rural não transgride a lei. Isso é balela que querem nos impingir, por que? Porque o Brasil incomoda muita gente na área de produção, no mundo todo”, pontuou.

 

Por G1 PR

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