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Industrial paranaense está confiante na recuperação do setor

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Foto: Divulgação

Com crescimento de 9,1 pontos em relação a outubro de 2018 e de 1,7 pontos na comparação com setembro deste ano, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), registrou o quarto mês seguida de alta. O indicador é importante para avaliar como está a visão do empresário em relação ao futuro de sua empresa e da economia em geral. Com isso, o valor chegou 61,3 pontos em outubro, na área de otimismo, numa escala que vai de zero a 100. No mês passado, o ICEI ficou em 59,6 pontos.

O resultado do Paraná ficou bem acima do nacional, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que se manteve estável em 59,3 pontos neste mês. O ICEI está na área de otimismo e tem melhorado seu desempenho desde o início do segundo semestre. Formado pelo indicador de condições (55,2 pontos) e de expectativas (64,4), o resultado de outubro deve-se principalmente ao crescimento do segundo quesito, que mede a expectativa do empresário para os próximos seis meses.

Para o economista da Fiep, Evânio Felippe, quatro fatores podem ter contribuído para o aumento da confiança, novamente, em outubro. “Os dados positivos das atividades de varejo, serviços, crédito e emprego apresentaram desempenho melhor do que o esperado e isso influenciou positivamente na confiança do industrial”, resume.

O aumento na concessão de crédito, explica ele, sinaliza uma possível elevação do consumo e dos investimentos. “O emprego potencializa o consumo, já que o trabalhador vai ter uma fonte de renda para suportar seus gastos”, reforça.

Felippe cita ainda o comportamento da taxa de inflação. “Este ano as taxas têm tido uma dinâmica de equilíbrio, dentro das metas estabelecidas pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). Com inflação menor, a tendência é de que não haja oscilação de preços e os salários conseguem fazer frente aos gastos”, completa.

O aumento do otimismo do industrial paranaense também pode estar amparado nas duas quedas consecutivas da taxa de juros da economia brasileira, a Selic. “A taxa mais baixa aquece a economia e potencializa o aumento do consumo, do investimento e da produção”, afirma.

Para o economista, um outro bom motivo para a retomada da confiança do industrial é a aprovação da Reforma da Previdência, concluída no Senado este mês. “A medida sinaliza para os agentes econômicos que o governo está mais comprometido em equilibrar as contas públicas. E isso aumenta não só a confiança do empresário na economia do país, mas do investidor estrangeiro, que vislumbra fomentar negócios no Brasil”, conclui.

SONDAGEM

Apesar do momento positivo na economia, a última Sondagem Industrial divulgada pela CNI, referente a setembro, mostra que o empresário ainda enfrenta muitos entraves para exercer sua atividade. Quase 54% dos pesquisados informaram que a principal dificuldade é a alta carga tributária do país; 38% também apontaram que a demanda interna é insuficiente, ou seja, o consumo ainda não deslanchou; 28% se queixaram da falta de capital de giro para manter suas empresas; e 26% de taxas de juros elevadas.

Com assessoria

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