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Geral UTI cheia

Leitos do HU ficam lotados e prejudicam retomada de cirurgias eletivas em Cascavel

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Foto: Reprodução/RPC

Todos os leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) geral ficaram ocupados no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), em Cascavel, nesta quarta-feira (18), segundo a direção da unidade. As 14 vagas da UTI adulto e as cinco da UTI pediátrica ficaram lotadas. Na enfermaria as vagas também foram preenchidas, conforme o hospital.

A tia do Edilson de Souza tem 81 anos e precisa de uma vaga. Ela caiu, fraturou o ombro e espera por um leito desde terça-feira (17). “Como está chegando muita gente acidentando, machucado, os médicos estão priorizando quem está com fratura exposta. Minha tia vai ficar para ser operada na segunda-feira”, disse o sobrinho.

O pronto-socorro do HU de Cascavel tem atendido pacientes acima do limite. A capacidade do lugar é para atender 21 pessoas, mas a equipe chegou a receber 28 na terça-feira. Segundo o hospital, a sala de emergência também excedeu a quantidade de vagas e chegou a recusar receber mais pacientes.

“O pessoal do Samu chamou a polícia para a nossa equipe, mas a nossa equipe não estava fazendo nada além de atender o que estava dentro da nossa capacidade física. Chegou o sétimo paciente e não teve como entrar na sala”, contou o diretor do HU, Rafael Muniz de Oliveira.

Cirurgias eletivas

De acordo com a direção do hospital, a falta de leitos também prejudica a retomada das cirurgias eletivas. O paciente só tem a cirurgia agendada quando há vagas disponíveis e, neste momento, ninguém está sendo chamado.

“Quando opero, chamo um paciente de eletiva, tenho que chamar ele com uma vaga de enfermaria. Não é justo eu chame um paciente de eletiva pra ficar no corredor do pronto-socorro. Aí a vaga de enfermaria eu não tenho porque a nossa emergência cirúrgica de traumas esta acima da nossa capacidade”, disse o diretor.

Conforme a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), não há como saber quando e se será possível equilibrar o serviço.
“Essa definição não existe porque nós não sabemos como a Covid vai se comportar nos próximos meses, a gente tem casos voltando a crescer, não tem como efetivamente fazer um cronograma. Nós vamos ter que trabalhar com o passar dos dias, considerar todos os aspectos”, explicou o chefe de divisão da Sesa, João Avanci.
A paciente Vilma da Silva Andrade espera por uma cirurgia no abdômen há quatro anos.

“Essa cicatriz não é só estética, pois me causa coceira e dor. Não tinha data prevista e nessa espera eu me encontro desde março.”

Com G1 PR

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