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Geral Desmembramento de Nova Esperança

Marangatú luta para se tornar município no Paraguai; entrerriense integra comissão pró-emancipacionista

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Foto: Divulgação

As principais lideranças da Colônia Marangatú, no Paraguai, incluindo agricultores brasileiros radicados no país vizinho, estão engajadas na luta em prol da emancipação do distrito pertencente ao município de Nova Esperança.

Inicialmente a Colônia Laurel começou a se mobilizar na busca de sua emancipação e elaborou um projeto, a partir do qual, se aprovado, Marangatú deixaria de pertencer à Nova Esperança e passaria a fazer parte do município a ser criado.

Lideranças da localidade situada em frente de Pato Bragado, dividida apenas pelo Lago de Itaipu, manifestaram-se contrárias à proposta, pois, em isso acontecendo, a colônia ficaria ainda mais distante da sede municipal.

Vale ressaltar que a Colônia Marangatú está localizada a cerca de 70 quilômetros de Nova Esperança, enquanto que se passasse a pertencer a Laurel ficaria a 95 quimômetros da sede do município projetado para se emancipar.

Além de se manifestarem contrários à ideia, as “cabeças mais pensantes” de Marangatú resolveram elaborar um projeto visando o desmembramento de Nova Esperança com a criação de seu próprio município.

O primeiro ato foi criar uma comissão pró-emancipacionista, a qual tem à frente a paraguaio Dario Garcete Nuñes, que tem parentes em Marechal Cândido Rondon, e na vice-presidência o agricultor Neri Simoneti, de Entre Rios do Oeste.

Com o engajamento de outras lideranças no movimento, foi elaborado e enviado à Câmara dos Deputados, em Assunção, um amplo projeto de lei para a emancipação de Marangatú.

Questionado sobre os entraves existentes no Paraguai que poderiam comprometer este sonho de emancipação da Colônia Maragantú, o presidente da comissão, ex-vereador Dario Garcete Nuñes, o “Nito”, revela que existem várias “travas”. “Mas tem um ponto da própria lei que diz que toda exigência vem abaixo quando uma comunidade fica distante para conseguir apoio do governo central. Por exemplo, estamos a 70 quilômetros. Não é só na área de Maragantú, mas em várias outras áreas. Todo distrito de Nova Esperança, que compõe 120.6 hectares, é muito grande. Não é que está contra a administração de Nova Esperança, é que dificulta para eles a ajuda que tem que chegar para o povo. Precisamos de estradas, saúde, educação, tudo fica difícil. Isso faz o nosso projeto ser prioritário para um novo distrito”, comenta.

Nito menciona que são vários os benefícios com a emancipação. “Primeiro lugar, vamos receber os recursos dos royalties da Itaipu, por exemplo. Vamos passar a depender de uma área de influência da usina, então receberemos também uma parte dos royalties. Não é bastante como nos municípios da Costa Oeste do Brasil, mas já é uma ajuda significante. Porém, nós, uma vez emancipados, estaremos batendo em cima disso. Por quê? Porque com a construção da hidrelétrica a área de Maragantú perdeu cinco mil de hectares de terra da frente, onde o Rio Paraná alagou-se. E o que recebemos agora é pouco. Temos um posto saúde, uma estrada, sem asfalto, pouca coisa”, expõe, acrescentando: “Hoje tá aprovado pelo Ministério de Obras Públicas e Comunicações o projeto de asfalto de Nova Esperança a Maragantú. Foi feito no passado o estudo de impacto ambiental, há licitação de uma empresa do Paraguai e uma empresa central do Japão. Está tudo pronto, agora só falta a verba, falta trabalhar em cima do projeto”.

Ele comenta ainda que há um projeto de praia e porto até a Itaipu Binacional.

 

Com Rádio Difusora 

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