Reunião realizada na tarde de segunda-feira (24), por iniciativa da Câmara de Vereadores, debateu a permanência da sede administrativa do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) na cidade de Marechal Cândido Rondon.
O encontro foi o mais novo capítulo envolvendo a possibilidade de transferência do comando do Batalhão para Guaíra, o que estava acontecendo na semana passada e somente foi impedido devido à mobilização urgente de autoridades rondonenses junto ao Governo do Estado.
Além de vereadores, participaram da reunião desta segunda-feira o comandante do BPFron, Major Prado; o vice-prefeito, Vanderlei Sauer; e representantes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Acimacar, Conselho Comunitário de Segurança e Sindicato Rural.
As lideranças rondonenses defenderam que a sede administrativa do Batalhão permaneça em Marechal Cândido Rondon, conforme está determinado no Decreto Estadual 4.905/2012, que criou o BPFron. Desde sua inauguração, há 13 anos, o Batalhão ocupa na cidade uma instalação provisória, enquanto a obra da sede definitiva, iniciada em 2022, está há vários meses paralisada.
Ao final da reunião, foi definido como pauta conjunta da sociedade rondonense a defesa da permanência da sede administrativa do Batalhão no município e a união de esforços para a retomada das obras da nova sede. Também foi estabelecido com o comando do BPFron que se houver nova ordem para mudança da sede administrativa do Batalhão, que esta seja comunicada de antemão em reunião com a sociedade organizada.
Guaíra
Além de Marechal Rondon, o BPFron atua em outros 138 municípios na região e conta com unidades em 10 cidades, entre elas: Cascavel, Santa Helena, Entre Rios do Oeste e Guaíra.
Nesta última, está situada a 2ª Companhia do Batalhão. Com ampla estrutura inaugurada no ano passado, lá o BPFron está instalado em um terreno de 65,5 mil m² e conta com mais de 5,5 mil m² de área construída.
Com investimentos que chegaram a R$ 27,8 milhões, a 2ª Companhia possui oito edificações, dois prédios operacionais e um educacional, refeitório, alojamentos, canil, academia, piscina, oficina, pista de rolamento em concreto, entre outros.
Do total investido, mais de R$ 22 milhões foram recursos da Itaipu Binacional e outros R$ 5 milhões foram pagos pela Prefeitura de Guaíra, enquanto o investimento do Governo do Paraná foi de R$ 500 mil.
Marechal Rondon
Durante explanação na reunião de ontem na Câmara de Vereadores, o comandante Major Prado confirmou que esta instalação completa, que atende as necessidades do Batalhão e já está sendo utilizada para cursos, instruções, capacitações e formação de soldados, é o que gera o interesse de transferir a sede administrativa de Marechal Rondon para Guaíra, pelo menos provisoriamente.
Ele garantiu que, em momento algum, ventilou-se a possibilidade do BPFron ser desativado, ou seja, ficar sem policiais em Marechal Rondon, que é visto como município estratégico na região.
Por outro lado, o comandante confirmou que o projeto original para a sede permanente do BPFron na cidade rondonense, ao menos por enquanto, não será mais executado na totalidade. Conforme estaria sendo negociado entre o Governo do Estado e a empreiteira responsável pela obra, somente seriam concluídas as estruturas que já estão sendo edificadas.
Ficariam de fora, por exemplo, o heliponto, estande de tiro, piscina, entre outras edificações já contempladas pela unidade de Guaíra.
Questionado se a conclusão dos prédios em construção em Marechal Rondon é garantia de que o comando do Batalhão ficará no município, Major Prado respondeu que esta é uma demanda que será levada ao escalão superior: “Nós temos que apresentar também opções e ver qual é a melhor decisão. De momento, estamos com o setor administrativo aqui atuando e a necessidade está nos acompanhando”.




Major Prado, comandante do BPFron
Reunião contou com representantes dos Poderes Executivo e Legislativo e sociedade organizada. (Fotos: Cristiano Viteck)
Com assessoria
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