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Mesmo sem horário de verão, usuários afirmam que celulares adiantaram hora

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Foto: Agência Brasil

Apesar de ter sido revogado por Jair Bolsonaro, o horário de verão – ou a falta dele – agitou as redes sociais na madrugada deste domingo (20). No Twitter, centenas de usuários relataram que os celulares adiantaram automaticamente em uma hora e questionaram o horário certo.

O problema já era previsto, tanto que na última sexta-feira (18) o Google havia publicado um anúncio oficial em seu blog recomendando que usuários de Android no Brasil alterassem as configurações automáticas de data e hora; saiba como fazer isso.

O SindiTelebrasil, que representa as operadoras de telefonia, informou que “as empresas realizaram testes na rede e não foram identificados problemas na alteração de horário”. “Vale ressaltar que há alterações que não ocorrem na rede das operadoras, e sim em aplicativos externos instalados nos aparelhos”, completou.

Na sexta-feira, a entidade havia informado que as operadoras desprogramaram a alteração do horário de verão em suas plataformas, de acordo com o novo decreto presidencial.

 

SAIBA CORRIGIR

APARELHOS ANDROID 

– Toque no ícone “Configurar”
– Toque na opção “Data e hora”
– Desmarque a opção “Data e hora automáticas”
– Configure manualmente a hora correta

IPHONE 

– Acesse a tela principal e toque na opção “Ajustes”
– Toque na opção “Geral”
– Toque na opção “Data e Hora”
– Desabilite a opção de configuração do relógio “Automaticamente”
– Configure manualmente o horário correto

Em 2018, já houve relatos sobre smartphones que entraram no horário de verão, no caso, antes da data oficial de início. Isso porque, no ano passado, a mudança foi adiada de outubro para novembro.

Por isso, na última sexta, o Google também alertou que o problema pode acontecer no próximo dia (03), quando começou o horário de verão em 2018. Para evitar, basta desabilitar a configuração automática.

O objetivo por trás da origem do horário de verão é aproveitar os dias mais longos para obter um melhor aproveitamento da iluminação natural, poupando recursos da matriz energética e reduzindo os riscos de apagões, principalmente no horário entre 18h e 21h, quando as lâmpadas dos espaços públicos são ligadas, boa parte da população chega em casa e parte do comércio, escritórios e indústria continua ativa.

Mas, nos últimos anos, mudou o padrão de consumo do país. Lâmpadas incandescentes foram substituídas por lâmpadas mais eficientes, e o horário de pico de energia se deslocou do início da noite para o meio da tarde, por volta das 15 horas, devido ao aumento expressivo do uso de ar-condicionado.

Estudo do Ministério de Minas e Energia divulgado no ano passado já apontava para a perda de efetividade do horário de verão. Segundo a nota técnica, a adoção de outros instrumentos regulatórios, como a tarifa branca e preço por horário, pode produzir resultados mais relevantes para o setor elétrico.

De acordo com o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, o governo fez uma pesquisa que mostrou que 53% dos entrevistados pediram o fim do horário de verão. Não foram divulgados, entretanto, detalhes da pesquisa.

 

HORÁRIO DE VERÃO

No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932, pelo então presidente Getúlio Vargas. Sua versão de estreia durou quase seis meses, vigorando de 03 de outubro de 1931 a 31 de março de 1932.
No verão seguinte, a medida foi novamente adotada, mas, depois, começou a ser em períodos não consecutivos.

Primeiro, entre 1949 e 1953, depois, de 1963 a 1968, voltando em 1985 até abril de 2019, quando foi revogado por decreto. O período de vigência do horário de verão era variável, mas, em média, durava 120 dias.

No mundo, o horário diferenciado é adotado em 70 países — e atinge cerca de um quarto da população mundial. O horário de verão é adotado em países como Canadá, Austrália, México, Nova Zelândia, Chile, Paraguai e Uruguai.

 

Com G1

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