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Mitos e verdades sobre as causas das enxaquecas

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Dor de cabeça forte, enjoo e sensibilidade à luz e ao barulho, esse são apenas alguns dos principais sintomas da enxaqueca (Foto: Divulgação)

Dor de cabeça forte, enjoo e sensibilidade à luz e ao barulho. Esses são os principais sintomas da enxaqueca, doença neurológica que, segundo o Ministério da Saúde, acomete cerca de 30 milhões de brasileiros, principalmente os que se encontram na faixa etária entre 25 e 45 anos.

Para Alex Baeta, neurologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, há muitos hábitos que contribuem para que as crises de enxaqueca sejam mais recorrentes e afetem a qualidade de vida. “Má alimentação, estresse e automedicação são alguns dos fatores relacionados à enxaqueca, embora muitas pessoas acreditem indevidamente que alguns alimentos não recomendados nesse caso e o uso descontrolado de analgésicos possam ajudar a controlar a dor”, alerta o especialista.

Enxaqueca, também conhecida por migrânea, é um distúrbio neurovascular crônico e incapacitante, com base biológica que acomete as pessoas geneticamente predispostas .Esse tipo de cefaleia primária pode ocorrer em qualquer idade, mas costuma manifestar-se mais em adolescentes e adultos jovens e afeta mais as mulheres do que os homens.

 

Tratamento

O tratamento da enxaqueca leva em consideração as características da dor e a frequência das crises. O objetivo é suprimir os sintomas e evitar a incidência de novos eventos. Nos episódios agudos, os analgésicos comuns, eventualmente associados a outras drogas, podem representar uma solução eficaz contra a dor, especialmente se tomados assim que surgirem os primeiros sintomas. Pacientes que não respondem bem a esse esquema terapêutico podem recorrer aos triptanos, uma classe de drogas com mecanismo mais específico de ação.

No entanto, é preciso cuidado: o uso repetido desses remédios, o abuso de analgésicos e o aumento progressivo das doses necessárias para alívio da dor podem resultar num efeito rebote cujo resultado é o agravamento dos sintomas.

Já está comprovado que mudanças no estilo de vida e evitar os gatilhos que disparam as crises são procedimentos não farmacológicos indispensáveis para a prevenção da enxaqueca. Alimentação equilibrada, sono regular, prática de exercícios físicos, redução do consumo diário de cafeína, controle dos níveis de estresse são medidas que ajudam a diminuir a frequência e a intensidade das crises.

 

O médico esclarece alguns mitos e verdades sobre a enxaqueca

Chocolate ameniza a enxaqueca

Mito: Chocolate, queijos amarelos, café, gordura, derivados de leite e enlatados podem aumentar a chance de ter uma crise de enxaqueca.

 

Criança não tem enxaqueca

Mito: Embora seja mais comum entre pessoas entre 25 e 45 anos, a enxaqueca pode se apresentar em outras faixas etárias, incluindo crianças.

 

Automedicação piora a dor

Verdade: O uso indiscriminado de medicamentos pode tornar o corpo resistente aos analgésicos e aumentar a dor. É extremamente importante buscar orientação médica para tratar a enxaqueca.

 

Crise de enxaqueca dura uma semana

Mito: A duração da enxaqueca pode variar entre 04 e 72 horas.

 

Há medicamentos específicos para enxaqueca

Verdade: Existem vários tipos de medicamentos para o tratamento de enxaqueca. Após o diagnóstico, o médico poderá indicar o melhor analgésico de acordo com o perfil de cada paciente.

 

Enxaqueca tem cura

Mito: Ainda não existe cura para enxaqueca, mas ela pode ser controlada por meio de alimentação saudável, atividade física, uso de medicamento correto e acompanhamento médico.

Ao surgirem os primeiros sinais da enxaqueca, é muito importante procurar por um médico para avaliar a possível causa e buscar o melhor tratamento.

 

Com Bem Paraná 

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