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Novo equipamento já permite geração de gás veicular

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O projeto-piloto do Condomínio de Agroenergia da Agricultura Familiar, instalado na Linha Ajuricaba, interior de Marechal Cândido Rondon, deu um importante passo na última semana, quando foi testado o sistema de filtragem do gás produzido a partir de biodigestores instalados em propriedades rurais. Com o equipamento, é possível purificar o gás, eliminando substâncias corrosivas, e ao mesmo tempo aumentar sua rentabilidade.
Segundo o coordenador do programa no município rondonense, advogado Itamar Dall’Agnol, com a filtragem do gás será possível utilizar o produto resultante do processo para abastecer veículos. O equipamento resultou em um investimento de aproximadamente R$ 60 mil. O projeto, inédito no Brasil, viabiliza a geração de energia elétrica a partir de dejetos da agropecuária para pequenos produtores rurais, e é resultado de uma parceria entre a Prefeitura de Marechal Cândido Rondon e a Itaipu Binacional, e conta com demais apoiadores.

Os testes realizados com o sistema na última semana, de acordo com o profissional, tiveram excelentes resultados, enfatiza. “Com o sistema, substâncias corrosivas, como o CO2 e o gás sulfídrico, são eliminadas e o gás utilizado em veículos sai purificado”, menciona. “No sistema tradicional utilizado em diversas granjas a eficiência alcança 60% na produção de gás, enquanto que com o gás limpo a eficiência atinge 100%. Além disso, é um produto não corrosivo e tem um rendimento muito grande na produção de energia, que é o objetivo do Condomínio de Agroenergia”, enaltece.
Conforme Dall’Agnol, em função do volume de produção, não será possível abastecer muitos veículos com o gás produzido, mas o objetivo é buscar parceiros para que seja possível adaptar maquinários agrícolas como um a dois tratores, por exemplo, para que sirvam de modelos. “O Condomínio é uma escola e, além de viabilizar a destinação correta de dejetos, também procura viabilizar o pequeno produtor e serve de modelo para o mundo inteiro”, declara. “Primeiramente, precisávamos alcançar índices de purificação desejáveis como o projeto almejava. Agora parte-se na busca de parceiros para adaptar máquina agrícola, que parece ser mais interessante e já existem em outros países do mundo, para depois também abastecermos veículos com o gás combustível produzido”, emenda.

Venda de energia
Dentro do projeto-piloto também consta a venda da energia elétrica produzida por uma microcentral termelétrica para a Copel. Segundo o coordenador da iniciativa em Marechal Rondon, isso só não foi possível ainda porque a companhia de energia precisava lançar edital para a compra da eletricidade. “Os equipamentos já estão instalados e aprovados pela Copel e já estão enviando os documentos para a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Já está tudo certo para a venda de energia”, comenta.
Sobre a inauguração da microcentral termelétrica, que estava prevista para acontecer em julho e foi adiada, Dall’Agnol explica que a perspectiva é de que o ato solene aconteça em setembro, tendo em vista que o evento deve coincidir com a vinda de ministros interessados em conhecer o projeto, como de Minas e Energia, Desenvolvimento Agrário, Agricultura e Meio Ambiente.

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