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O uso de bioinsumos e o ensino à distância para o produtor – por Dilceu Sperafico

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(Foto: Divulgação)

Para o bem do agronegócio brasileiro, do produtor e trabalhador rural, do consumidor nacional e internacional, da economia do País e do bem-estar dos cidadãos, do campo e das cidades, o poder público está demonstrando preocupação com a melhor formação profissional dos jovens e a sucessão na atividade agropecuária.

Conscientes dos avanços da tecnologia, as autoridades estão começando a oferecer alternativas de aprendizado aos produtores que já são ou serão responsáveis pela condução de agronegócio produtivo e sustentável, base do desenvolvimento econômico e humano, urbano e rural, de todo País.

Prova disso é a oferta de curso à distância sobre a produção e controle de bioinsumos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), cujo conteúdo poderá contribuir para a redução de custos das atividades agrícolas e a preservação dos recursos naturais.

As inscrições para o curso são gratuitas e podem ser realizadas até o dia 27 deste mês de julho, com vagas ilimitadas e garantia de certificado aos participantes. As aulas acontecem nos meses de agosto e setembro deste ano, 100% de forma online.

O ensino será disponibilizado via plataforma da Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro) e atenderá a todos os interessados, como técnicos, extensionistas, alunos de cursos de graduação e pós-graduação e produtores rurais. Serão 20h de capacitação para atender crescente demanda de profissionais capacitados para a produção e aplicação de bioinsumos no País.

Durante o aprendizado, o aluno conhecerá os conceitos relacionados ao controle biológico, tornando-se capaz de identificar diferentes bactérias do gênero Bacillus utilizadas no controle de pragas e doenças agrícolas. Dessa forma, aprenderá a formular e produzir bioinsumos a base desse tipo de bactérias e dominará metodologias de controle de qualidade

O Mapa desenvolveu o curso em parceria com a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), dentro dos Objetivos do Conselho Estratégico do Programa Nacional de Bioinsumos.

Durante a cerimônia de lançamento do curso, dirigentes das instituições envolvidas destacaram o crescimento do setor de bioinsumos e a importância da técnica alternativa para o agronegócio e especialmente os pequenos produtores rurais.

Conforme especialistas, o crescimento do uso de bioinsumos no mundo é de cerca de 15% ao ano e no Brasil, graças à vocação nacional para a inovação e ao empreendedorismo do produtor rural, o mercado do setor vem crescendo anualmente 28%, especialmente no segmento de proteção de plantas cultivadas.

Com essa demanda, o setor movimenta um bilhão de reais por ano no País e tem grande potencial de expansão no médio prazo, pois a agricultura de base biológica é considerada inovação em andamento e será necessário democratizar o seu acesso através do conhecimento e da assistência técnica.

Segundo responsáveis pelo empreendimento, o entendimento sobre a bioeconomia mostra ser necessário enfrentar o desafio de agregar valor à base biológica do País, avançando no desenvolvimento do modelo clássico da agropecuária nacional.

Para isso, haveria grandes cenários para o reposicionamento da agricultura do futuro nas regiões tropicais do País, como é o caso da base biológica, o domínio do conhecimento e a evolução tecnológica e ambiental do agronegócio.

 

*O autor é ex-deputado federal pelo Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado

dilceu.joao@uol.com.br

 

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