Geral Tide
Para “limpar nome”, Unioeste corta adicional nos salários de cerca de 600 cargos
Os agentes universitários da Unioeste que exercem cargos em comissão não receberão o Tide (Tempo Integral de Dedicação Exclusiva), que é um incremento no salário para o servidor com vínculo somente com a universidade, mas que foi considerado irregular pelo Tribunal de Contas.
Isso representa um corte de 55% nos salários de um universo próximo dos 600 cargos.
A informação foi dada na segunda-feira (17) pelo reitor da Unioeste, Alexandre Webber. “A Unioeste foi notificada para suspender o pagamento até que haja uma regulamentação. Eu já encaminhei aos Recursos Humanos”, declarou.
Como a folha de pagamento de março já fechada, o corte ficará, na prática, para o mês de abril.
CERTIDÃO NEGATIVA
Webber destaca que a suspensão desse passamento é uma medida necessária para que a Unioeste consiga a certidão negativa e, com isso, retomar, por exemplo, o repasse de bolsas de pesquisa da Fundação Araucária. “Devido a não suspensão do Tide, a Unioeste perdeu a certidão negativa e foram suspensos repasses da Fundação Araucária”, comenta. “Um prejuízo que custou R$ 800 mil no ano passado e que a Unioeste teve de bancar com recursos próprios para que os bolsistas não fossem prejudicados”, emenda.
CARGOS
O reitor também entrou na polêmica dos cargos comissionados.
Um projeto tramita na Assembleia Legislativa reajustando todos os cargos das universidades e contempla a Unioeste com 417 cargos, sendo 65 para o Hospital Universitário. A maioria deles é destinado a servidores de carreira.
Webber adianta que tem um acordo com a Secretaria de Ciência Tecnologia e Ensino Superior para aumentar o número para 470 nomeados, incluindo 75 para o hospital. Somam-se a estas outras 97 funções gratificadas para os coordenadores de curso.
A proposta está em trâmite na Assembleia Legislativa.
Com Catve
