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Policial militar ateia fogo em colchão e tenta suicídio no 6º Batalhão em Cascavel

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​Militar teria ateado fogo em um colchão e precisou ser levada ao hospital, onde segue internada (Foto: Divulgação)

Uma policial militar teria tentado suicídio na noite de ontem (24) na sede do 6° Batalhão de Polícia Militar, em Cascavel.

A oficial recebe acompanhamento psiquiátrico há algum tempo e estava detida no Batalhão devido a um processo administrativo.

Ela não ficou ferida no incidente, mas foi encaminhada ao hospital para receber acompanhamento médico quanto aos problemas psiquiátricos.

Segundo familiares, a policial está há mais ou menos um ano passando por problemas psicológicos e, após procurar uma psiquiatra, recebeu atestado de três meses para se afastar do trabalho. No Batalhão, ela teria passado por uma perícia do médico do próprio 6° BPM, que atestou que a mulher estava em boas condições, mas ela foi realocada.

Diante da negativa, a mulher procurou a psiquiatra novamente, que deu novo atestado e a policial não foi trabalhar, entregando o comprovante do afastamento após o período determinado, segundo a família. Por conta do regimento interno, ela sofreu uma punição e foi detida no último sábado (25).

Ontem ela teria ateado fogo em um colchão e foi encontrada perto das chamas, necessitando de socorro e encaminhamento ao hospital, onde segue internada.

A família teme pela vida da policial porque ela possivelmente receberá uma nova punição.

 

Confira o relato da policial antes de tentar o suicídio

“Pensei que conseguiria passar por essa situação, mas não! A injustiça e perseguições que venho sofrendo não irão acabar, por isso não posso continuar.

Seis anos de dedicação ao trabalho, o qual lutei e provei que tenho aptidão para o pleno exercício da mesma. Obrigada aos colegas que prestaram solidariedade e sabem que não sou o problema que querem que eu seja. Hoje à tarde nossa colega de turma me trouxe comida, já que ontem dormi sem jantar, não estava bem, pois atravesso um tratamento psiquiátrico e ela sabendo da minha condição veio me prestar apoio e foi expulsa pelos aspirantes que estavam aqui, os quais disseram que eu devo estar isolada.

Enfim desisto, pois uma profissão que tem como objeto de trabalho presar pela justiça não pode continuar a tratar as pessoas como um lixo, sem respeito e a menor consideração. Sou mãe e uma ótima profissional mesmo que queiram provar o contrário, venho sofrendo humilhações e perseguições desde que meu superior direto foi afastado.

Não há nada que me desabone, até março do ano passado com 6 anos na corporação, nunca havia sido comunicada, muito menos punida uma vez que sempre desempenhei muito bem meu trabalho, e por ocasião de não mentir e participar acusações falsas conforme queriam me induzir, hoje estou detida e ainda com muitas outras acusações falsas sobre mim.

Faço acompanhamento psiquiátrico e mesmo assim em processo de melhora continuam a me perseguir. Não creio que seja isso o militarismo, isso chama se tortura. O que explica tantos de nos tirando a própria vida”.

 

Posição da polícia

O major Cláudio Ricardo dos Santos diz que a policial é avaliada pela psicóloga do Batalhão e que uma reunião será realizada para apurar o caso. No período da tarde haverá um posicionamento oficial sobre a situação.

 

Com CGN

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