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Geral Qualidade do alimento

Saiba como armazenar o frango mantendo seus nutrientes e evitando contaminação

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(Foto: Divulgação)

A carne de frango está frequentemente presente nas mesas dos brasileiros. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), são consumidos 41,9 kg da proteína por habitante anualmente. Essa preferência é resultado do alto valor nutricional e acessibilidade à população. Entretanto, é preciso alguns cuidados após a compra, pois o não armazenamento correto da proteína pode resultar em perda de nutrientes e até mesmo gerar uma contaminação da proteína. O gerente de qualidade da GTFoods, Dione Cazanti, dá algumas dicas de qual a melhor forma de realizar esse processo.

 

DEVO OU NÃO LAVAR O FRANGO?

Essa é uma dúvida comum entre os consumidores: lavar ou não lavar o frango antes de preparar? Dione explica que a lavagem do alimento não é aconselhável. “Cada alimento tem a sua microbiota\bactéria natural, assim como nós, humanos. Esses microrganismos não causam nenhum risco ou perigo a saúde do consumidor. Quando o frango vem do processo produtivo ele já está com a sua carga microbiana controlada devido a todo controle de processo que os abatedouros possuem e monitoram através de seus planos de autocontrole . Quando o produto chega na casa do consumidor, ele chega em condições adequadas de qualidade, pronto para ser preparado e consumido”, relata.

Mas o que acontece ao lavar o frango? Nesse caso, o gerente de qualidade explica que o grande problema está na contaminação cruzada. “Quando você faz o processo de lavagem, pode transferir os microrganismos do frango para algum outro alimento que você esteja preparando e o contaminar, como por exemplo, alguma verdura. Na carne do frango algumas bactérias são comuns, mas as mesmas bactérias na verdura que é consumida crua pode causar intoxicações alimentares. O mesmo cuidado se deve ter com a bancada da cozinha e utensílios utilizados”, explica.

 

PROBLEMAS EM DESCONGELAR E CONGELAR NOVAMENTE

Outro erro comum apontado por Cazanti está no processo de descongelar o produto e congelar novamente. O ideal é não fazer isso, pois existe uma temperatura específica adequada para a carne. Com a oscilação desse padrão de temperatura, os microrganismos se multiplicam de maneira acelerada. Assim o produto pode estragar e causar intoxicação caso ingerido.

Para evitar que isso ocorra o profissional dá algumas indicações. “O ideal é optar por embalagens menores, comprando assim, somente o que já será consumido. Outra opção seria os produtos IQF, ou seja, pacotes com os cortes congelados individualmente, onde as peças congeladas não ficam grudadas uma na outra. Dessa forma, por exemplo, é possível abrir a embalagem, pegar uma ou duas peças de produto e deixar o restante congelado”, ressalta Dione.

 

EMBALAGEM

Dione explica que não há contraindicações quanto ao plástico em que o frango foi adquirido, podendo ser colocado no congelador nesse formato. “Porém, por uma questão higiênica, indico que ao chegar em casa seja passado um pano com álcool. Dessa forma, a embalagem ficará limpa evitando qualquer risco de bactéria que possa estar na embalagem. Dentro do pacote o produto permanece com suas características e está conservado e protegido”, orienta.

Além disso, é importante seguir à risca às orientações contidas na embalagem do frango:

· Mantenha refrigerado ou congelado;

· Descongele somente no refrigerador ou micro-ondas;

· Mantenha o produto cru separado de outros alimentos;

· Lave com água e sabão as superfícies de trabalho (incluindo as tábuas de corte), utensílios e as mãos após manusear o produto cru;

· Consuma apenas após frito, assado ou cozido completamente.

 

Com assessoria

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