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Saúde mental na quarentena – por Thiago Lemos

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(Foto: Divulgação)

O cenário de avanço do coronavírus, além das incertezas sobre emprego, finanças e assim por diante, tem aumentado o nível de estresse da população. Em vista disso, o Jornal O Presente compartilha artigo do psiquiatra Thiago Lemos com dicas para proteger a saúde mental na quarentena. Confira!

 

Brinque com os filhos. Relembre brincadeiras e jogos de sua infância. Brinque, brinque, brinque. As crianças são nosso futuro e nossa principal força motivacional para o duro presente que vivemos. Se não tem filhos, tente ensinar para a “geração eletrônica” as antigas brincadeiras. Se for da “geração eletrônica”, peça aos mais velhos como brincar. O simples ato de se interessar e perguntar já cria uma alegria mútua.

• Converse. Converse por telefone, faça videochamadas. Principalmente para conhecidos do grupo de risco.

• Cuide e brinque com os animais de estimação. Eles vão lhe auxiliar a viver o momento. O simples ato de acariciar um gato ou cachorro e aproveitar a sensação compartilhada é tranquilizante.

• Deixe a casa iluminada e ventilada.

• Quando estiver se sentindo muito angustiado, lembre dos profissionais de saúde na linha de frente, atendendo sem parar pacientes contaminados, colocando a própria vida em risco. Lembre que este é um dos momentos mais delicados da humanidade. O espírito de união (mesmo quando isolado fisicamente) será nossa salvação.

• Valorize quem realiza um trabalho que não pode ser interrompido. Se for alguém de sua casa, ofereça ajuda para ele poder descansar e depois voltar ao trabalho com energia e motivação. Somos todos peças importantes de uma complexa engrenagem social.

• Mantenha a rotina. Acorde e durma no horário habitual. Faça as refeições nos horários de costume. Faça uma tabela com horários e rotinas.

• Se você não está trabalhando, participe dos serviços domésticos. Cuide de sua casa. Não “perca tempo” no sofá. Crie atividades.

• Faça exercícios físicos em casa. Há diversos sites e aplicativos que podem te auxiliar. Ou, se for acessível para você, converse com seu treinador.

• Faça uma alimentação saudável. Crie receitas. Divirta-se na cozinha, chame outros da casa para participar.

• Saiba que quando você auxilia alguém (respeitando regras de distanciamento físico), além de estar ajudando a si próprio, pois o altruísmo é muito terapêutico, você está também participando do esforço geral para nossa recuperação como sociedade.

• Transmita essas sugestões, compartilhe.

 

Por Thiago Lemos, psiquiatra de Marechal Cândido Rondon

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