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Situação é dramática, diz pastor de igreja ao lado de prédio em São Paulo

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Igreja luterana foi quase totalmente destruída por desabamento de prédio incendiado (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O incêndio que atingiu o edifício Wilton Paes de Almeida causou uma perda histórica em São Paulo. Vizinha aos escombros do prédio desabado, as imagens mostravam o teto caído da Igreja Evangélica Luterana Martin Luther – da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) -, inaugurada em 1908 e considerada a primeira em estilo neogótico na capital. Diante da cena, o pastor Frederico Carlos Ludwig, responsável pela paróquia, lamenta o que considera uma “tragédia anunciada”, tanto para as pessoas atingidas pelo incêndio como para o patrimônio cultural de São Paulo.

“A situação é dramática, tanto pela questão humana, porque ainda não temos ideia de possíveis vítimas, como para a nossa igreja porque foi tudo destruído”, afirmou Ludwig, no início da noite.

O pastor ressalta que tentará a partir de amanhã retomar a vida comunitária com a população de rua no local, especialmente recordando a relação de vizinhança com os moradores do edifício. “Vários participavam das atividades da igreja. Sofremos juntos. Minha prioridade amanhã será reestabelecer nossas atividades sociais”, diz.

Em sua casa no início da noite, o pastor começava a responder e-mails com pedidos de entrevistas e muitos de solidariedade da comunidade luterana e das pessoas que acompanhavam seu trabalho na paróquia histórica. “Recebi uma ligação do arquitero responsável pela restauração interna do prédio, que terminamos há pouco tempo. Pelo que verificamos, a igreja acabou. Não podemos ter nem acesso ainda para tentar salvar o órgão alemão de 1 mil tubos que vemos nas imagens”, afirmou Ludwig. Ele lembrou que, a partir de junho, seria iniciada a reforma da parte externa do prédio.

Além do órgão alemão no altar da igreja, sua parede direita tinha vitrais confeccionados pelo mesmo vitralista do Mercadão e do Theatro Municipal. Os vitrais destruídos no incêndio hoje em São Paulo foram produzidos por uma empresa fundada pelo alemão Conrado Sorgenitcht em 1889.

Com informações da Agência Brasil

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