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Terceira idade muda perfil e busca novas opções de moradia

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(Foto: Divulgação)

No lugar de casas amplas, quem já passou dos 60 anos têm optado por condomínios em busca de maior segurança, acessibilidade, opções de lazer e áreas de convívio social. De olho nessa tendência, o setor da construção civil vem se moldando para atender as necessidades deste público que até 2060, estima-se, passe dos atuais 29 milhões para 66,5 milhões, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Brasil, a população nessa faixa de idade é responsável por até 20% do consumo registrado no país anualmente. Com o aumento da expectativa de vida e do poder de compra, esse público se transformou em um grande mercado consumidor, de produtos, bens e serviços.

Para a diretora comercial da Realmarka Construções, Kalliany Real, muitos idosos que vivem sozinhos, ou com seu cônjuge, também têm dado preferência a condomínios devido a questões de segurança, principalmente. “Ter uma portaria 24 horas, com uma pessoa cuidando da entrada das pessoas, os faz ter uma sensação de segurança maior. Além disso, muitos condomínios possuem áreas de lazer e de convívio social”, diz.

Com isso, esses condôminos se sentem mais motivados para fazer caminhadas, sem sair de dentro do condomínio. “Eles têm a possibilidade também de se socializarem mais facilmente com os vizinhos nas áreas comuns, evitando assim o isolamento e, consequentemente, possíveis quadros depressivos”, comenta Kalliany.

Ao contrário do que se possa pensar, a executiva afirma que esses empreendimentos com plantas funcionais e que possuem esse tipo de área de lazer são mais baratos quando comparados com os de casas ou sobrados com frente para a rua. “São aproximadamente de 35% a 40% mais baratos”, calcula a executiva, ressaltando que as unidades de frente para a rua têm uma área privativa útil de 100m².

Para esse tipo de público, casas ou apartamentos com grande área privativa não são atrativos, uma vez que a melhor idade procura acessibilidade, conforto e comodidade dentro de sua residência. Por isso, eles optam por plantas menores que facilitem a rotina de cuidados com a casa, locomoção e que não gerem custos com manutenção e reparos.

“Consideramos que essa faixa etária tem procurado nossos empreendimentos justamente por isso: plantas funcionais e com bom espaço privativo, que facilitam seu dia a dia, e em condomínios com áreas de lazer que possuem espaços ao ar livre para socializar, caminhar, praticar uma atividade física e ainda com segurança de ter uma portaria 24h e vizinhos que possam ajudá-los em qualquer situação difícil”, afirma.

 

Segurança e conforto motivam troca da casa

A sensação de segurança que um condomínio proporciona foi um dos motivos que levaram o aposentado Dair Santos Almeida, 65 anos, a escolher um apartamento no condomínio Eco Village, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

O local conta com portaria 24 horas, câmeras de monitoramento e um controle rigoroso de entrada de pedestres e veículos. “Sem dúvida o fato de me sentir mais seguro fez toda a diferença na minha escolha. Vivi em casas por muito tempo e ter essa sensação maior de segurança é muito importante ”, resume Dair, pai de três filhos. Ele irá morar no local com sua companheira Dircileide.

Outro fator que pesou na decisão de Dair foi a estrutura de lazer e o conforto que o condomínio proporciona. “Além da questão da segurança, outras coisas me chamaram a atenção, como por exemplo, o bosque que o condomínio possui, onde vou poder fazer minhas caminhadas, também o acesso aos apartamentos com estrutura de elevador, garagem coberta, salão de festas, uma brinquedoteca para brincar com meus netos. Esse conjunto de fatores me fez tomar a decisão de viver aqui”, afirma Dair.

 

Pandemia também influencia em procura por novo estilo de vida

A pandemia do novo coronavírus, que teve início em março de 2020, também tem forte influência para a escolha de um novo estilo de vida. Com a necessidade de distanciamento social logo no início da crise sanitária e que prolonga até o momento, as relações sociais acabaram impactadas e as pessoas começaram a privilegiar um estilo de vida mais voltado para o lar.

Com isso, muitos que antes fizeram a vida nos grandes centros e muitas vezes em apartamentos centrais, sentiram a necessidade de uma mudança, e foram atrás de pontos mais afastados, com mais conforto e até mesmo uma maior sensação de liberdade, privilegiando espaços abertos.

“Nesse cenário de pandemia, as pessoas começaram a valorizar áreas de imóveis e de lazer, mais conforto”, diz João Felipe Motter Gottschild, presidente da Rede Imóveis.

Um incentivo para essa procura por uma melhor qualidade de vida sem abri mão do trabalho veio com a experiência do “home office”, o trabalho em casa. Apesar de aos poucos a situação ir voltando ao normal, muitos devem manter o trabalho remoto e, com isso, ter uma casa mais distante do centro ou do trabalho não deve interferir na decisão.

Essa situação fez com o mercado imobiliário fosse um dos poucos a registrar, desde 2020, altas nos negócios.

 

Estado constrói condomínios especiais

Desde o ano passado, o governo do Paraná tem um amplo programa voltado para a construção de condomínios para pessoas com mais de 60 anos, o programa Viver Mais Paraná. São moradias de 42 metros quadrados e totalmente adaptadas para as necessidades dos futuros moradores. Os imóveis são projetados para idosos sozinhos ou em casal e são compostos por sala, cozinha, quarto e banheiro, além de uma lavanderia externa. As unidades são entregues com piso, acabamentos e todas as instalações elétricas e hidráulicas necessárias para a mudança imediata dos beneficiários.

Além dos imóveis, o condomínio conta com ambulatório para atendimentos básicos de saúde, sala administrativa, guarita para segurança 24 horas por dia, salão de festas, academia a céu aberto, horta comunitária e quiosques de jogos, além de amplos espaços de convivência.

O Viver Mais já possui um empreendimento entregue em Jaguariaíva e outros em construção em Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Irati, Ponta Grossa, Prudentópolis e Telêmaco Borba.

 

Com Bem Paraná

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