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Marechal Candidato à reeleição

Após convenções, prefeito Marcio Rauber destaca afinidade do grupo de situação

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Prefeito de Marechal Rondon, Marcio Rauber (DEM): “O jogo vai começar e os quatro (candidatos) têm condições de buscar os votos. A população vai fazer a avaliação daquilo que é melhor para o município” (Foto: Maria Cristina Kunzler/OP)

O domingo (13) foi marcado pela convenção conjunta realizada por cinco partidos que integram o grupo de situação em Marechal Cândido Rondon, formado por DEM, PL, PSDB, PSC e Avante.

Na oportunidade, a coligação confirmou a candidatura à reeleição do prefeito Marcio Rauber (DEM) e do vice-prefeito Ilario Hofstaetter (PL). Além disso, foram lançadas três chapas de candidatos a vereador, do DEM, PL e Avante.

Em visita ao Jornal O Presente, o prefeito falou sobre o resultado da convenção, sobre a divisão no grupo de oposição e de que acredita que seu grupo conseguirá, mais uma vez, fazer a maioria no Poder Legislativo. Confira.

 

O Presente (OP): Como o senhor avalia o resultado da convenção conjunta realizada entre DEM, PL, PSDB, PSC e Avante, que ocorreu no domingo (13), que confirmou a sua pré-candidatura à reeleição, assim como do vice-prefeito Ila (PL), e a formação de três chapas na proporcional?

Marcio Rauber (MR): Eu fiquei extremamente satisfeito com aquilo que aconteceu e a avaliação é totalmente positiva. Aquilo que nós tínhamos de prognóstico aconteceu, as deliberações foram muito tranquilas. De forma muito natural, chegou-se à conclusão pelos cinco partidos da composição como candidatos à mesma chapa de prefeito e vice da última eleição, Marcio e Ila, com três chapas de vereadores, 34 candidatos a vereadores, um número considerável. Houve o prestígio com a visita de prefeitos importantes da região, autoridades do Estado, como o secretário de Estado da Administração e Previdência, Marcel Micheletto (PL), que é responsável pela secretaria mais importante, e o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Hussein Bakri (PSD). Muito me honra e para nós foi muito importante. Isso mostra uma afinidade com o governo, uma afinidade com a Assembleia, o que para nós é muito importante e para o futuro de Marechal Cândido Rondon também.

 

OP: Em alguns momentos houve especulações de que o vice-prefeito Ila talvez não fosse o seu vice, mas a convenção confirmou o nome dele. Houve conversas com outras pessoas que poderiam, eventualmente, compor contigo?

MR: Eu sempre disse que o nosso grupo político é extremamente maduro. Eu era pré-candidato a prefeito e o Ila era pré-candidato a vice. Sempre deixei muito claro que se dentro do nosso grupo aparecesse alguém com melhores condições do que a minha, abriria mão da candidatura a prefeito e o Ila da mesma maneira. Especulações sempre existem. Eu nunca conversei com ninguém para ser vice-prefeito, nem com o Ila. Essa decisão foi tomada pelo grupo. O grupo conduziu e conseguiu a candidatura a vice-prefeito do Ila, como fez com a minha a prefeito. Eu nunca conversei com ninguém. Agora, não posso dizer que não existia ninguém com essa pretensão. Isso eu não sei. As especulações sempre existem, precisamos respeitar, entender e saber administrar isso.

 

OP: Em relação à chapa proporcional, foram formadas três. Vocês estimam que será possível eleger quantos vereadores?

MR: Acho muito perigoso falar quantos vereadores podemos eleger. O que eu posso dizer, o que eu tenho convicção, é de que o grupo situacionista vai fazer a maioria das cadeiras na Câmara de Vereadores. Disso eu não tenho dúvidas. Agora o quanto nós precisamos ter cuidado, porque nem temos conhecimento real dos nomes que compõem as chapas dos outros partidos. Esse número é muito difícil, mas que nós vamos fazer a maioria, isso eu tenho convicção.

 

OP: A oposição se dividiu em Marechal Rondon. O MDB possivelmente vai ter um candidato a prefeito; o PDT fez sua convenção e tem um candidato a prefeito; e há o PSOL. Essa divisão, na sua avaliação, beneficia a candidatura à reeleição?

MR: Eu acho que cada um tem o seu espaço, cada um precisa construir os seus sonhos e os seus desejos. Já disse no passado, há quatro anos, que antes precisa ser candidato. Então, todos têm esse direito de se candidatar. Eu não vejo como oposição desunida. Acho que há três partidos ou grupos políticos que surgiram e se tem alguém encabeçando com esse desejo, precisamos respeitar. Quanto menos candidatos existirem em uma eleição, maior é a polarização. Quanto mais candidatos existirem, haverá uma divisão. Então, todos fazem menos votos quando se há mais candidatos.

 

OP: O senhor acha que a divisão da oposição em várias candidaturas é fruto do novo quadro político brasileiro que se desenha, com o fim das coligações para vereador, ou é de fato uma não aceitação do grupo majoritário da oposição de uma ou outra candidatura?

MR: É difícil responder, porque a gente não sabe o que acontece nos bastidores dos partidos que são adversários. O que motiva eles a terem três candidaturas a gente não sabe exatamente. Imaginamos algumas situações, mas fica no campo da imaginação e eu não posso expor, porque não tenho essa certeza. O que eu procuro entender é que hoje existem em Marechal quatro pessoas que têm desejo de ser prefeitas e precisamos respeitar os quatro. O jogo vai começar e os quatro têm condições de buscar os votos. A população vai fazer a avaliação daquilo que é melhor para o município.

 

OP: Dois importantes partidos de oposição hoje ao seu governo, PSD e PP, decidiram não apoiar nenhum candidato de oposição e também não apoiar o senhor. O que isso representa em termos de campanha política? O senhor acha que o eleitorado desses partidos vai se dividir entre o seu grupo e os candidatos da oposição?

MR: Depende muito do posicionamento dos candidatos a vereador desses dois partidos. Eu não conversei com pré-candidatos do PP e PSD para saber qual vai ser o comportamento deles. É natural que o eleitor que vai votar em um candidato a vereador do PP acabe, pelo menos a maioria, votando naquele candidato a prefeito que este candidato pedir. Eu não sei como os candidatos a vereador desses dois partidos vão se comportar. Se eles não pedirem votos para prefeito, a tendência é de que estes eleitores tenham os votos divididos proporcionalmente na mesma relação que os outros eleitores do município.

Candidato à reeleição, prefeito Marcio Rauber (DEM): “O que eu posso dizer, o que eu tenho convicção, é de que o grupo situacionista vai fazer a maioria das cadeiras na Câmara de Vereadores” (Foto: Maria Cristina Kunzler/OP)

 

OP: Não existe eleição ganha por antecipação, mas o senhor sente que saiu fortalecido na campanha eleitoral pela forma como o quadro se posicionou em Marechal Rondon?

MR: Acho que estamos fortalecidos principalmente pelo trabalho que realizamos nestes quatro anos em Marechal Rondon. Isso nos fortalece muito, o quanto nós vamos saber na eleição. O eleitor é quem vai dizer se a nossa gestão de fato foi boa e se nós merecemos continuar ou não. Nós trabalhamos muito e eu quero ser reconhecido pelo meu trabalho, se a população assim entender.

 

OP: O senhor pretende procurar aqueles candidatos a vereador dos partidos que decidiram não apoiar o prefeito?

MR: O nosso grupo político, como já disse, é muito maduro. Nós temos o posicionamento de dois partidos que não têm candidatos a prefeito. Eu vou conversar com o meu grupo político, com os presidentes de partido, com os candidatos a vereador e pedir a opinião deles. Acho que preciso respeitar os que estão comigo para conversar com aqueles que não estão, porque pelo fato de estarem de bandeira branca não quer dizer que estejam comigo. Não estão com os meus adversários, mas também não estão comigo. Preciso ouvir quem está comigo primeiro, respeitar isso democraticamente para depois, se eu tiver esse aval, conversar com esses partidos que não têm candidatos a prefeito.

 

OP: No decorrer deste mandato diversas pessoas alegaram que o senhor não tinha articulação política, especialmente no episódio envolvendo a eleição para presidência da Câmara, quando um novo grupo se formou no Legislativo. Com o resultado das convenções, especialmente do PP e PSD, o que tem a dizer neste momento?

MR: Eu acho que cada um tem direito de fazer a sua leitura. Aqueles que disseram que eu não tinha articulação política estão vendo o que aconteceu nas convenções de todos os partidos. Então, eu saí extremamente satisfeito, fortalecido e prefiro que os meus adversários achem que eu não tenho articulação política e que continuem pensando assim, porque eu tenho as minhas convicções, eu sei da minha maneira de agir e de fazer. O resultado de tudo isso é trabalho. Graças ao nosso trabalho nós tivemos um governo exitoso e tivemos uma composição muito forte nessas eleições.

 

OP: O senhor acredita que o eleitor vai votar realmente naquilo que fez nos últimos quatro anos como prefeito ou ele está esperando novas propostas para confirmar o voto?

MR: Acho que as duas situações levam o eleitor a refletir e a votar. A credibilidade do governo, o trabalho realizado, a responsabilidade com a coisa pública está muito em voga, mas também aquilo que foi feito, foi feito. Nós não podemos ter mais quatro anos sem fazer nada, ou seja, temos que apresentar projetos e ideias, convencer a população de que nós iremos fazer. Sobre esse convencimento é importante o que já fizemos, porque a população sabe que o Marcio e Ila fizeram. Isso nos dá credibilidade para convencer as pessoas de que iremos fazer mais uma vez.

 

OP: Há dois fatores externos importantes acontecendo em Marechal Rondon simultaneamente e que podem ter ou não influência no eleitorado. É o caso da Covid-19 e a falta de água que frequentemente tem sido registrada por causa da estiagem. O senhor tem alguma estratégia para explicar ao eleitor essas duas situações? Elas podem, em algum momento, interferir em uma campanha política local?

MR: Eu acho que podem, mas a gente sempre deixou muito claro, isso é público e notório, que o caso da estiagem é um problema do Paraná como um todo. Nós vivemos a maior crise hídrica dos últimos 100 anos no Estado e todos os municípios estão sofrendo, uns um pouco mais e outros um pouco menos. Nós estamos trabalhando muito nessa questão da água e o problema será resolvido com a perfuração de mais poços. Já cavamos alguns que fomos inexitosos, não deu água, mas em outros nós conseguimos (água). Vamos cavar mais três poços, estamos projetando uma estação de tratamento de água também para podermos resolver esse problema. Na questão da Covid-19, estamos tentando conduzir da melhor maneira possível levando em consideração sempre o binômio saúde e economia, que é muito difícil. A população de Marechal Rondon tem entendido a nossa preocupação, tem entendido a complexidade desse problema e eu acho que, até hoje no município, essas questões foram muito bem conduzidas, muito embora toda decisão tomada acaba atingindo mais ou menos todas as pessoas. Obviamente, quando você acaba atingindo mais uma ou outra pessoa pode haver um descontentamento, mas na regra, no geral, temos conduzido muito bem e a população tem mostrado compreensão com esse grave problema que assola toda a humanidade.

 

OP: O senhor acha que a Covid-19 e o fato de as pessoas não conseguirem praticamente fazer campanha, se restringindo às redes sociais, lhe beneficia nesse momento?

MR: Acho que não. Acho que a concorrência vai ser igualitária. Nós não sabemos ainda qual vai ser o comportamento dos candidatos como um todo. Devemos ter em torno de 80 candidatos entre prefeito e vereadores, então não sabemos como vai ser o comportamento. Obviamente, não vai ser um comportamento homogêneo, cada um vai tentar fazer de uma maneira. Por outro lado, tem o eleitor. Como é que o eleitor vai receber essa campanha? Porque tem eleitor que está totalmente isolado ou vai estar e não quer contato com ninguém; e há aqueles que preferem ter contato com o candidato. É muito difícil. É uma leitura que os candidatos vão ter de fazer ao longo da campanha, mas acho que ninguém sai mais favorecido ou menos favorecido por conta da pandemia.

 

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