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Marechal Mercado de trabalho

Após retomada, expectativa está em melhorar geração de empregos em 2018

Ano eleitoral e decisões do TSE podem deixar o empresariado receoso de investir

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Gerente da Agência do Trabalhador de Marechal Rondon, Arli Neodi Costa (Pereira) (Foto: Joni Lang/OP)

Os números até podem mostrar que a economia não anda conforme se imaginava, porém a retomada gradual em atividades de diversos setores indicam a possibilidade de números mais positivos se tratando da geração de empregos no município de Marechal Cândido Rondon. Isso porque se o saldo fechou com 30 postos negativos na análise de janeiro a dezembro de 2016, o cenário se inverteu e encerrou com 268 novas oportunidades de trabalho em todo o ano de 2017, conforme dados fornecidos pela Agência do Trabalhador rondonense. Dezembro dos dois anos fechou negativo, passando de -315 vagas em 2016 para -204 vagas em 2017, “melhora” de 50% em média.

Nas tabelas disponíveis no fim desta matéria observa-se que durante todo exercício de 2016 foram geradas 6.215 oportunidades de trabalho, enquanto houve 6.245 demissões. No último ano a geração de empregos oscilou pouco, subindo para 6.422, todavia o número de demissões baixou para 6.154, resultando em um saldo real de 268 postos de emprego.

Segundo o gerente da Agência do Trabalhador, Arli Neodi Costa (Pereira), não é tão simples encontrar uma explicação exata para esta variação, mas algumas tentativas podem ser feitas. “Dos últimos cinco anos avaliados, 2016 foi o único que ficou negativo entre o número de pessoas admitidas e desligadas nas empresas. Porém, também foi o ano em que a corrupção sistêmica fi cou mais evidente no país. Os analistas pintavam um quadro econômico muito mais sombrio, assustando o consumidor”, acredita.

Ano da retomada, em 2017 o segmento com mais baixas foi o comércio, que finalizou com 57 postos negativos, enquanto que a indústria de transformação atingiu o topo nas colocações de trabalhadores, encerrando com expressivos 342 postos profissionais. “No setor industrial existe maior necessidade de planejamento e projeção de médio e longo prazo, quando inúmeras variáveis são consideradas e avaliadas, não havendo espaço para erros, o que em termos explica a morosidade da recuperação econômica. Já na área comercial vive-se mais a questão momentânea, pois as contratações e demissões estão baseadas na vontade da clientela ir às compras”, explica.

 

Perspectiva

Apesar dos sinais de a crise ter passado lentamente, a expectativa está em aumentar a geração de empregos neste ano para que o saldo termine pouco mais positivo quando comparado ao ano de 2017. No entanto, o fato de ser um ano eleitoral pode impor receio em parte do empresariado. “Embora o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tenha imposto mudanças no financiamento de campanhas, há uma desconfiança da sociedade em relação ao cumprimento dessa lei. Em não se cumprindo, montanhas de dinheiro podem ser despejados na economia, provocando um crescimento econômico artificial e pouco salutar, a ser sentido de forma negativa em um período posterior. De qualquer forma há certo otimismo entre os comentaristas econômicos, o que certamente vai influenciar positivamente na economia”, aponta Pereira.

 

 

Confira essa matéria na integra em nossa edição impressa desta terça-feira (06)

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