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Arca de Noé completa dez anos de fundação e elege nova diretoria

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Fundada em 2006, a ONG Arca de Noé trabalha em prol da defesa dos animais

 

“Fazendo bem a quem te ama”. Foi com esse lema que no ano de 2006 foi fundada a organização não governamental (ONG) Arca de Noé, em Marechal Cândido Rondon. A entidade comemorou em 2016 dez anos de trabalho voluntário realizado em prol dos animais.

Por meio de um grupo de pessoas sensibilizadas com atos de abandono, maus tratos e sofrimento de animais domésticos e domesticados da cidade e região circunvizinha, a ONG foi fundada com o intuito buscar medidas para conter o aumento da população destes animais no município.

Rosemari Lamberti, que esteve à frente da presidência do conselho deliberativo da instituição durante os dez anos, conta que a ideia de começar um projeto como este se deu pela questão da necessidade do município em ter um espaço que realizasse trabalhos a favor dos animais. No início, se reuniram um grupo de pessoas, todos simpatizantes da causa, e foi levantada a questão de que não havia nenhuma entidade que amparasse os animais ou que fizesse o controle populacional. Por isso convocamos uma reunião, com cerca de 30 pessoas, formamos uma diretoria e começamos a dar forma ao que hoje é a Arca de Noé, relata.

Mas, em meio à força de vontade de desenvolver um novo projeto, começaram a surgir os desafios, sendo o maior deles a falta de espaço para a construção da entidade. Nosso maior desafio foi a falta de espaço, pois havíamos fundado a entidade, mas não tínhamos estrutura nenhuma. As pessoas estavam dispostas a ajudar, mas não sabiam como e por onde começar, relembra.

Como solução temporária para este problema, Rosemari conta que os animais começaram a ser recolhidos e eram levados para casas de pessoas que aceitaram ajudar até que a ONG tivesse seu próprio espaço. Estes locais seriam os chamados lares temporários. Havia animais em estado de risco que precisavam ser recolhidos e castrados, mas não tínhamos recursos para isso. Então fomos buscar apoio junto a empresas e pessoas que se dispusessem a colaborar financeiramente, menciona.

O foco principal da ONG, conforme relata a rondonense, é o controle populacional, sendo este um trabalho relevante para a cidade, visto que não é voltado apenas aos animais, pois impacta diretamente na saúde pública do próprio município. Ao todo, já fizemos em torno de três mil castrações, evitando assim, pelo menos, o nascimento de 30 mil animais, revela.

Porém, os voluntários que atuam na Arca de Noé enfrentam diversos problemas, sendo que a falta de conscientização da população sobre as verdadeiras atribuições da ONG é o mais complicado. Uma das maiores dificuldades que ainda enfrentamos é a falta de compreensão das pessoas. Há aqueles quem ainda não entenderam o objetivo da ONG. Estamos aqui para ser um apoio, mas cada cidadão precisa fazer a sua parte, argumenta.

Atualmente, a entidade conta com cerca de 110 animais e, ao menos, cinco lares temporários. No total, cerca de 200 animais estão sendo mantidos pela ONG, que subsidia vacinas, rações e todo acompanhamento adequado.

 

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Rosemari Lamberti esteve à frente da presidência do conselho deliberativo da instituição desde a sua fundação

 

Objetivos e projetos

Os objetivos principais da ONG são elaborar, coordenar, executar, estimular e apoiar ações, projetos e políticas de defesa dos animais. Porém, o principal projeto é a castração de cães e gatos, pois a entidade entende que somente desta forma a população destes animais poderá ser controlada.

Rosemari relata que diversas ações já foram realizadas nos últimos dez anos e muitas ainda estão sendo planejadas para o futuro. Um dos maiores projetos que fizemos e conseguimos realizar foi a estrutura dos canis onde mantemos os animais. Em 2011 conseguimos a área através de concessão do Poder Público, além de doações de mercadorias da Receita Federal. Juntamente com isso também realizamos bazares e assim arrecadamos fundos para a concretização do projeto, rememora.

Outro projeto de grande importância foi a reestruturação da clínica, um espaço onde fica a secretaria e o banho e tosa. Uma parte da clínica ainda está sendo estruturada e, por intermédio de bazares realizados pela ONG, estão sendo arrecadados fundos para o término da obra.

Mudança de comportamento

Diante de dez anos de serviços prestados, Rosemari avalia de forma muito positiva a maneira como as pessoas passaram a lidar com os animais. Hoje as pessoas veem o animal de estimação como um membro da família e, além disso, tivemos um crescimento grande nas próprias clínicas veterinárias, pois as pessoas começaram a procurar mais esses lugares para não deixar seus animais morrerem sem assistência adequada, relata.

Através de campanhas de conscientização realizadas pela Arca de Noé, as pessoas começaram a perceber a importância do trabalho desenvolvido na ONG e viram que isso reflete em forma de benefícios, tanto para o animal quanto para as pessoas. Hoje a Arca de Noé é referência na região como uma entidade que tem estrutura consolidada e que realiza um trabalho transparente. Isso é fruto da dedicação e colaboração de cada voluntário, apoiadores e das empresas e comércios que sempre nos auxiliaram, destaca.

 

Nova diretoria

Na última sexta-feira (09) foi eleita a nova diretoria da entidade para um mandato de dois anos. Desde a fundação da ONG, esta é a primeira vez que há troca de diretoria. Foram eleitos para compor o conselho deliberativo, no período 2017/2018, a engenheira Suely Aparecida Tullio Hey, que assume como presidente, e o advogado Arno Edgar Tietz como vice-presidente.

Conforme a nova dirigente, a diretoria pretende dar continuidade a todos os trabalhos e iniciativas desenvolvidas ao longo destes dez anos de fundação, além de buscar maior união dos voluntários. Queremos continuar o trabalho, seguir os mesmos passos, com segurança, tranquilidade, apoio do comércio, órgãos públicos, mídia, voluntários e colaboradores, para que sigamos trabalhando com passos firmes, declara.

Um dos objetivos da diretoria 2017/2018 é buscar mais apoio e colaboração por parte da população rondonense. Nosso desafio é trazer pessoas que colaborem com a entidade, realizar mais feiras de adoções e voltar a desenvolver trabalhos sociais, principalmente no âmbito educacional, fazendo com que a comunidade se conscientize que bem-estar dos animais é bem-estar da população, destaca.

 

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Engenheira Suely Aparecida Tullio Hey e o advogado Arno Edgar Tietz assumem como presidente e vice, respectivamente, para um mandato de dois anos

 

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