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Marechal Conselho Agropecuário

Autoridades discutem sanidade animal em Marechal Rondon

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Encontro reuniu aproximadamente 20 pessoas entre representantes de órgãos oficiais e dos municípios de Marechal Rondon, Mercedes, Quatro Pontes e Pato Bragado (Foto: Francine Trento/OP)

Membros do Conselho de Sanidade Agropecuária de Marechal Cândido Rondon (CSA) se reuniram ontem (03) para discutir assuntos pertinentes à cadeia produtiva do município e região. Participaram do encontro cerca de 20 pessoas, entre médicos veterinários, agentes da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e representantes de prefeituras e órgãos oficiais. Além de Marechal Rondon, também estiveram presentes representantes dos municípios de Mercedes, Quatro Pontes e Pato Bragado. Entre os assuntos discutidos estiveram a campanha de vacinação da febre aftosa, o Serviço de Inspeção Municipal (SIM) em Marechal Rondon e a utilização consciente de agrotóxicos.

O presidente do CSA, Eduardo Portugal, comenta que o principal objetivo do encontro foi alinhar as ideias e planejamento entre instituições responsáveis e municípios quanto às atividades, campanhas e cuidados que devem ser tomados em relação à sanidade paranaense, em especial da região Oeste do Estado. De acordo com ele, um dos principais enfoques da reunião foi a primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa, que iniciou na terça-feira (1º), além da brucelose e tuberculose. “Temos que melhorar nosso status sanitário quanto a estes dois últimos. Não é uma doença viral, mas são zoonoses e são transmissíveis. Não podemos perder o foco quanto a estas doenças também”, comenta.

Portugal explica que ainda fizeram parte das discussões o anseio de tornar o Paraná livre de febre aftosa sem vacinação antes de 2023 – prazo estabelecido pelo calendário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Um ou dois anos que ganhamos já é importante, faz a diferença”, afirma. Ele complementa que é preciso entender que o Paraná não tem tradição em abater bovinos, porém, tem uma grande tradição na suinocultura, que também pode ser afetada pela febre aftosa. “Se uma partícula viral alcançar em um suíno é inúmeras vezes pior do que em bovinos. O estrago é bem maior”, diz. Contudo, os ganhos em deixar de vacinar bovinos também seriam sentidos na cadeia suinícola.

Outro ponto discutido foi a proposta do Mapa, divulgada no último dia 27 de abril, que abriu uma consulta pública para discussão da qualidade e sanidade do leite. Entre as mudanças propostas estão a redução de dez graus para sete graus da temperatura máxima do leite cru; exigência de análise, no laticínio, para verificação de presença de antibiótico ou produtos destinados a fraudar o leite; e exigência de controle microbiológico (contagem bacteriana) no produto recebido e estocado no laticínio.

“Hoje, o conselho congrega as cadeias, e o leite, pela sua dificuldade e o que representa na nossa região, além do status sanitários que procuramos sem vacinação da febre aftosa, são os pontos mais discutidos. Precisamos melhorar nossos índices de controle e protocolos sanitários, saber da origem dos produtos. Se não, nunca vamos conseguir um status melhor. Mas já estamos melhorando bastante”, afirma Portugal.

 

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