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Marechal Campus rondonense

Candidatos a diretor de centro da Unioeste destacam propostas de trabalho

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Foto: Arquivo/OP

Embora o campus rondonense da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) tenha dois postulantes a diretor, respectivamente o professor doutor Davi Félix Schreiner, que concorre à reeleição, e o técnico Emilson Kaiser, os alinhamentos nos colegiados possibilitaram candidaturas de consenso aos centros de Ciências Agrárias; Humanas, Educação e Letras; e de Ciências Sociais Aplicadas.

Postulam os cargos os professores doutores Nardel Luiz Soares da Silva, Edilson Hobold e Valnir Alberto Brandt, todos inscritos à reeleição. Em entrevista ao O Presente, os três explanaram sobre suas plataformas de trabalho visando o mandato 2020 a 2023. A campanha eleitoral termina na segunda-feira (21), cuja eleição a reitor e vice, diretores de campi e diretores de centro em toda a Unioeste está agendada para terça-feira (22).

Eles enaltecem que o apoio à reeleição de Davi Schreiner ocorreu de forma natural pela proximidade deles, mas também demonstram respeito pela candidatura de Emilson Kaiser a diretor de campus. Os três candidatos a diretor de centro também integram o grupo do candidato a reitor Wilson Zonin, que atua no campus rondonense, e reconhecem os trabalhos dos candidatos a reitor Edison Leismann, que também é de Marechal Rondon, e Alexandre Webber, de Cascavel. Todos os candidatos estão afastados das funções no período de campanha.

 

CIÊNCIAS AGRÁRIAS

O professor doutor Nardel Soares é engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), possui mestrado em Agrossistemas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e é doutor em Agronomia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Ele é docente da Unioeste lotado desde o ano 2000, ministrando aulas nos cursos de graduação em Agronomia e Zootecnia e no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural Sustentável. Também foi eleito diretor do Centro de Ciências Agrárias na gestão 2016 a 2019.

Nardel destaca o trabalho realizado nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, sendo que desde 2000 foram desenvolvidos projetos que trouxeram recursos por meio de parceria com a Itaipu, culminando na pós-graduação em Desenvolvimento Rural Sustentável. “Nesses anos trabalhamos basicamente extensão e ensino com envolvimento direto na melhoria dos currículos nos cursos dos projetos pedagógicos, reformulamos programas de parcerias em Agronomia e Zootecnia para melhorar a grade e atender profissionais formados”, informa.

“Este é o único centro com dois cursos de graduação e três de pós, demonstrando a visão de verticalização do ensino, e também contamos com bons laboratórios. O curso de graduação em Agronomia formou mais de 600 pessoas, enquanto na Zootecnia formamos mais de 300. A nossa média de formandos é 34 ao ano em Agronomia e 24 em Zootecnia, índice alto e a maioria dos nossos profissionais estão empregados mercado de trabalho. O programa de pós-graduação conta com 500 acadêmicos, entre efetivos e especiais, esses últimos cursando uma ou outra disciplina sem estar diretamente ligados à Unioeste”, acrescenta.

“Nossa missão é consolidar os cursos de graduação e melhorar a avaliação nos conceitos do Ministério da Educação (MEC), assim como na pós-graduação. Pretendemos manter um curso com avaliação cinco e elevar outro a este patamar para ter alto grau de aceitabilidade. Fazemos workshops com alunos e professores para apresentar mudanças e melhorar índices. Para o bom andamento dos trabalhos definimos apoiar Davi Schreiner e Wilson Zonin, pessoa que conheço desde estudante, para conquistar recursos aos projetos de cada centro”, frisa, emendado: “A minha candidatura é uma demanda dos alunos do Grupo PET, do qual sou tutor, e dos bolsistas do MEC. Fizemos uma gestão pacífica que trouxe alinhamentos e hoje pessoas que eram adversárias me apoiam por entenderem que a candidatura única fortalece as ações”.

 

Candidato a diretor do Centro de Ciências Agrárias, Nardel Luiz Soares da Silva: “Nossa missão é consolidar os cursos de graduação e melhorar a avaliação nos conceitos do Ministério da Educação (MEC), assim como na Pós-Graduação” (Foto: Joni Lang/OP)

 

CIÊNCIAS HUMANAS, EDUCAÇÃO E LETRAS

Edilson Hobold formou-se no Ensino Superior em Educação Física pela Unioeste de Marechal Rondon, concluiu o mestrado em Santa Catarina e graduou-se no doutorado pela Unicamp.

O doutor atua como professor no campus rondonense desde 1995, tendo exercido cinco vezes o cargo de coordenador do curso de Educação Física. Também é árbitro internacional de judô.

Hobold foi eleito diretor de centro no ano de 2017, a partir da aposentadoria da então titular Clarice Lottermann. Ele adianta que o principal objetivo ao concorrer à reeleição é contribuir cada vez mais para a expansão da Universidade, que necessita de avanços. “A Unioeste sempre foi referência nacional e internacional, mas há aspectos que precisam melhorar, a exemplo do que se refere a ensino, pesquisa e extensão, que formam o tripé da Universidade. A minha prioridade é atuar especificamente na área mais pedagógica dos cursos, então a proposta de ação junto ao centro vai na linha de contribuir com a melhoria na qualidade do ensino e na formação dos acadêmicos de graduação e pós-graduação”, pontua.

O candidato lembra que o centro é composto por cinco cursos de graduação: Educação Física Licenciatura e o de Bacharelado; Letras nas habilitações de Português/Alemão, Português/Inglês e Português/Espanhol; História e Geografia. “Ainda temos os programas de pós-graduação em mestrado em Geografia e mestrado e doutorado em História. Então somos o maior centro do campus em número de alunos e de cursos. Estamos atentos ao desenvolvimento de tudo isso, tanto que nossas propostas caminham rumo à qualidade de ensino na graduação e na pós, bem como na preparação dos professores e dos alunos e na busca de maior quantidade de professores. Nós não tivemos reposições nos últimos anos, apesar de termos professores colaboradores que são ótimos profissionais. Contudo, não possuem vínculo efetivo com a instituição. Precisamos estimular as nossas direções e a Reitoria a buscar novas vagas de concurso público”, recomenda Hobold.

Ele aponta que outro desafio é a evasão universitária. “Somando alunos de graduação e de pós-graduação, alcançamos 1,2 mil acadêmicos e 120 professores. Se olharmos o panorama das licenciaturas no Brasil como um todo, sempre houve discursos de apoio da questão dos professores como um todo, mas não enxerga isso refletindo no dia a dia. Então existe uma desmotivação na área do ensino das licenciaturas. Temos um número relativamente grande de alunos que ingressam nos cursos de Licenciatura, mas por inúmeros motivos acabam abandonando os cursos. Fizemos avaliações para detectar quais são os problemas para a partir disso tomar algumas iniciativas. A procura por esses cursos de licenciatura também diminuiu já no vestibular, por isso realizamos a Mostra de Profissões na Unioeste”, salienta.

Para finalizar, Hobold expõe que a escolha em apoiar Davi Schreiner à reeleição e Wilson Zonin à Reitoria ocorre pela proximidade com ambos, por conhecer o trabalho dos dois e para facilitar o desenvolvimento de novos projetos na Unioeste. “Respeitamos o Emilson Kaiser, que trabalha aqui há bastante tempo, bem como Edison Leismann e Alexandre Webber que concorrem a reitor”, conclui.

 

Candidato a diretor do Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras, Edilson Hobold: “A minha prioridade é atuar especificamente na área mais pedagógica dos cursos” (Foto: Joni Lang/OP)

 

CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Valnir Brandt é formado em Ciências Contábeis pela Faculdade de Ciências Humanas (Facimar), que deu origem ao campus rondonense da Unioeste, pós-graduado em gerência de custos e orçamento, mestre em controladoria pela FEA/USP e doutor em contabilidade pela Universidade Dominho, em Portugal. Este diploma foi reconhecido pela USP como doutor em Contabilidade e Controladoria.

Brandt atua na Unioeste desde 1994, tendo sido diretor de centro nos anos de 2004 a 2007 e 2016 a 2019. Já foi coordenador do curso de Ciências Contábeis e há 15 anos atua como avaliador do INEP/MEC para renovar e autorizar cursos.

Em relação ao trabalho a ser desenvolvido nos cursos de graduação em Ciências Contábeis, Administração e Direito, ele destaca a função de alocar os 42 professores para atuar com 500 acadêmicos matriculados. “Os três cursos têm sido muito bem avaliados por órgãos de regulação externa, inclusive o de Direito já foi reconhecido como um dos melhores do país. O nosso campus vem a ser o segundo em tamanho na Unioeste, atrás apenas de Cascavel, prova de que sempre buscamos a unidade no campus, o que exige diálogo e possibilita as candidaturas únicas nos três centros e o apoio a Davi Schreiner para diretor e Wilson Zonin a reitor, justamente por acreditar no projeto dele e por conhecer a sua luta e trajetória dentro do espírito democrática de respeito a todas as outras candidaturas. Nessa conversa surgiu a ideia de eu me candidatar para atuar mais quatro anos à frente do centro”, enfatiza.

“Temos grandes desafios para transpor dentro da Universidade. Na primeira gestão, quando fui diretor do centro, a nossa Universidade ainda estava engatinhando no processo de verticalização, que é exatamente sair do âmbito da graduação para trabalhar na pós-graduação. Hoje nós temos pós-graduação consolidada em todos os cinco campi, então estamos engajados na proposta de trazer um mestrado ao nosso centro. A nossa mão de obra é extremamente qualificada. Também manteremos o foco na pós-graduação lato sensu, porque o Centro de Ciências Sociais Aplicadas visa preparar profissionais ao mercado de trabalho, que tem visto os nossos cursos com bons olhos. Prova disso é a grande procura de empresários em busca dos acadêmicos do nosso centro. Para o início do próximo ano almejamos implantar mais um ou dois cursos de pós-graduação, que são nosso carro-chefe”, ressalta Brandt.

 

Candidato a diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Valnir Alberto Brandt: “Manteremos o foco na pós-graduação lato sensu, porque o Centro de Ciências Sociais Aplicadas visa preparar profissionais ao mercado de trabalho” (Foto: Joni Lang/OP)

 

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