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Marechal Pequena Lívia

Casal rondonense conta experiência inesquecível de ver a filha nascer dentro do carro

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(Foto: O Presente)

Quarto preparado, malas prontas e pais ansiosos: dali a alguns dias eles conheceriam a pequena Lívia, esperada para nascer no dia 26 de dezembro de 2020.

Contudo, para a surpresa de Poliana Giordani e Willian Arnhold, o “pacotinho” de presente que eles esperavam ganhar um dia depois do Natal chegaria antes do previsto. Às 37 semanas de gestação, Lívia resolveu vir ao mundo e trouxe muitas, mas muitas emoções na sua chegada inusitada, a qual, digamos assim, fugiu dos padrões da maioria dos nascimentos.

 

O GRANDE DIA

Era entardecer de domingo, dia 06 de dezembro, quando a bolsa gestacional rompeu, indicando que Lívia estava a caminho. A reação, num primeiro momento, foi de espanto. Por mais que Willian e Poli se sentissem preparados para o momento, ele havia sido antecipado em 20 dias.

“Estávamos chegando em nosso apartamento quando a bolsa rompeu. Foi surpreendente”, lembra Poli, mencionando que, por sorte ou intuição, naquele mesmo dia ela havia organizado as malas que levaria para o hospital: “Naquela tarde, minha irmã, que tinha ganhado bebê há pouco tempo, me ajudou a arrumar as coisas. Então, organizei tudo naquele dia”.

Conforme Willian, o plano do casal era de que Lívia nascesse de parto normal. “Fomos acompanhados por uma equipe de doulas de Cascavel que nos preparou para o trabalho de parto, com exercícios e bate-papos. Tiramos muitas dúvidas e sempre perguntamos sobre as exceções. ‘E se acontecer isso?’, e ‘se aquilo ocorrer’”, conta Willian, e Poli emenda: “As doulas nos prepararam para tudo. Mesmo assim, o que aconteceu conosco foi algo que nem elas pontuavam como caso excepcional”.

Mãe de primeira viagem, Poliana Giordani: “É a minha primeira filha e eu nunca tinha pensado que nasceria tão rápido assim. Eu estava tranquila, por isso ela nasceu. Acho que se eu estivesse nervosa, ela não teria nascido com essa facilidade” (Foto: O Presente)

 

RUMO A CASCAVEL

Apesar da surpresa inicial, o casal sabia que o rompimento da bolsa não significa que o bebê nascerá imediatamente. “Pode levar até dois, três dias para nascer depois que isso acontece”, comenta Willian.

Após o ocorrido, eles entraram em contato com a doula, que os tranquilizou e pediu para relaxarem. Poli foi tomar um banho enquanto Willian arrumava as malas no carro.

De Marechal Cândido Rondon, onde moram, eles iriam para Cascavel, onde Lívia nasceria.

Apesar das contrações terem iniciado, Poli ainda não sentia dores. “Nós iríamos para a casa da minha mãe, onde eu ficaria com as doulas, e quando o trabalho de parto avançasse iríamos para o Hospital Policlínica. Minha mãe estava em Marechal Rondon e foi na nossa frente para ajeitar as coisas por lá”, relembra Poli.

 

NA ESTRADA

Na estrada, rumo a Cascavel, Willian dirigia e acompanhava as contrações de Poli via aplicativo. “Eu marcava, cronometrava e via o intervalo de tempo. Nos intervalos nós conversávamos e eu tentava transmitir um pouco de calma. A cada dez contrações eu avisava as doulas, que já estavam nos esperando”, expõe Willian. “Se a gente não estivesse em contato com as doulas e com a obstetra, teríamos surtado. Fomos lembrando no caminho o que tínhamos aprendido no período pré-natal. Sem essas informações não sei como teria sido”, enaltece Poli.

Conforme se aproximavam de Cascavel, as contrações gestacionais ficaram mais fortes e frequentes. “Um trabalho de parto dura pelo menos seis horas, então, pensei que conseguiríamos chegar na casa da mãe da Poli”, relata Willian.

Mas como nem tudo ocorre de acordo com o planejado, o impensável aconteceu. “Estávamos a 15 minutos da cidade e se aproximando da segunda hora de contrações, quando aconteceram duas contrações mais fortes e a Lívia nasceu nas mãos da Poli”, conta o papai de primeira viagem.

Willian Arnhold, pai da pequena Lívia: “Quando a Lívia nasceu, foi inacreditável. Foi um momento de pavor até percebermos que estava tudo certo. Olhei para ela e vi que era linda, perfeita; que estava se mexendo, chorando, respirando” (Foto: O Presente)

 

“ESTALAR DE DEDOS”

Nem Willian, nem Poli imaginavam viver uma experiência como essa: ver a filha nascer dentro do carro. “Nunca pensamos que isso aconteceria no caminho. Nem chegamos a cogitar, tanto que pretendíamos ir à casa da minha mãe. Eu estava certa de que passaria a noite em trabalho de parto, mas por volta das 21 horas, cerca de duas horas depois do rompimento da bolsa, ela já estava nos meus braços. É a minha primeira filha e eu nunca pensei que nasceria tão rápido”, destaca. “Eu estava tranquila, por isso ela nasceu. Acho que se eu estivesse nervosa ou algo assim, ela não teria nascido com essa facilidade”, opina Poli.

Para Willian, o momento foi único. “Não é todo dia que isso acontece. Quando a Lívia nasceu, foi inacreditável. Foi um momento de pavor até percebermos que estava tudo certo. Olhei para ela e vi que era linda, perfeita; que estava se mexendo, chorando, respirando. É um momento que não tem como ser descrito, até agora a gente se emociona, porque não pensávamos que seria assim. A Lívia estava ali, conosco. Eu fiquei surdo e cego naqueles segundos que pareceram horas”, rememora o pai.

“Tem todo aquele lado de que o trabalho de parto seria muito doloroso, por muito tempo, mas tudo aconteceu em um ‘estalar de dedos’ e a Lívia estava conosco, saudável”, enaltecem.
Lívia nasceu pesando 2,770 quilos e medindo 46 centímetros.

 

SEM PARAR O CARRO

Mesmo quando Lívia nasceu, Willian não parou o carro. Seguiu dirigindo para chegar o quanto antes em Cascavel. “Estava eu, a Poli e a Lívia e não podíamos fazer nada. Se parássemos, não tinha ninguém para ajudar. Voltar não adiantaria e uma ambulância levaria o mesmo tempo que nós para chegar ao hospital”, ressaltam.

O que fez diferença, segundo o casal, foram as informações que eles tinham conhecimento, obtidas no período pré-natal. “A gente conversou com as doulas tanto sobre essa questão do apavoro quanto sobre a anatomia. Nem todo mundo está acostumado a isso, mas sabíamos algumas coisas sobre o cordão umbilical, por exemplo”, pontua Willian e Poli acrescenta: “Enquanto ela estivesse ligada pelo cordão umbilical, não precisaria respirar fora do corpo”.

Uma vez que a Lívia estava ali, eles fizeram o que podiam. “Vimos se o cordão umbilical não estava obstruído. Depois de três segundos, ela deu um chorinho, se mexeu”, expõe Willian, acrescentando: “Nesse momento, um choro só, e muito breve, nos trouxe tranquilidade. Seguimos para Cascavel como se estivéssemos fazendo nosso primeiro passeio em família. Cruzamos a cidade inteira com ela no colo”.

 

NO HOSPITAL

Como estavam em contato com as doulas e a obstetra durante todo o caminho de Marechal Rondon a Cascavel, elas sabiam do acontecido e esperavam o trio na porta do hospital. “Quando chegamos, eles cortaram o cordão umbilical e pegaram a Lívia para que eu pudesse sair do carro, mas foi o tempo de eu chegar na sala de parto e ela já estava lá”, conta Poli.

Para Willian coube a parte de dar entrada no hospital. “Quando encontrei as meninas de novo, a Poli já estava amamentando. Ficamos na sala de parto nem 30 minutos e fomos para o quarto”, relata.

Um dos lados positivos das medidas de prevenção à Covid-19, segundo o casal, foi ficar em isolamento, sem receber visitas. “A Lívia estava aparentemente bem, mas fizemos a triagem para verificar tudo. Ficamos dois dias no quarto sem nenhuma visita, apenas cuidando da Lívia”, relembram.

 

MATERNIDADE

Após a alta da maternidade, Willian, Poli e Lívia voltaram para Marechal Rondon e desde então os papais babões aproveitam cada minuto em companhia da primogênita.

A menina, que tem como local de nascimento “em caminho ao Hospital Policlínica”, encanta os pais de primeira viagem. “A Lívia é uma bebê muito tranquila; não dá trabalho nenhum. Não dá vontade de sair de perto”, elogiam.

O casal até brinca que se todas as gestações fossem nesses moldes, daria para ter muitos outros filhos. “Pelo exemplo que a Lívia está nos dando, daria para pensar em ter mais uns cinco”, diz Willian. “Com esse parto, daria para ter mais uns dez”, emenda Poli, na mesma sintonia. “Se eu engravidar de novo, com 35 semanas já estarei no hospital”, brinca.

Poli, Lívia e Willian: a pequena usa a roupinha que ganhou de presente da Mitsubishi, que divulgou a história do nascimento da bebê nas mídias sociais da empresa (Foto: O Presente)

 

UMA CRIANÇA 4X4

Informada sobre o nascimento de Lívia dentro do carro, uma Outlander, a Mitsubishi entrou em contato com a família e divulgou a história dos rondonenses nas mídias sociais da Mitsubishi Brasil. “Você imagina como ficou o carro. Eles entraram em contato, pegaram o carro e deixaram novo. A Lívia até ganhou uma roupinha personalizada”, comenta Willian.

 

O Presente

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