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Marechal Suínos

Com 230 funcionários, frigorífico da Frimesa já abate 600 cabeças ao dia

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Foto: Mirely Weirich/OP

Implantada no município há quase dez anos pela iniciativa privada, utilizar a estrutura do frigorífico localizado às margens da BR-163, próximo ao distrito de Novo Horizonte, já foi considerado um sonho para Marechal Cândido Rondon e especialmente para a classe produtora de suínos.

Contudo, pautada na nova demanda das cooperativas filiadas que estão ampliando a produção em suas áreas de atuação, a Frimesa deu start nos equipamentos e na recepção dos suínos por meio de um contrato de arrendamento para os próximos três anos, abrindo novas oportunidades de emprego e geração de renda para quem estava à procura de um novo horizonte na cidade. E não somente para o município de 51 mil habitantes, mas também à vizinha Mercedes, que possui moradores realizando os trabalhos no processamento de suínos na unidade de Marechal Rondon da Frimesa.

Prestes a completar 100 dias de operação, apesar de o Serviço de Inspeção Federal (SIF) implantado possibilitar o abate de 800 cabeças ao dia, atualmente o frigorífico recebe diariamente 600 animais. “Avaliamos que estamos operando muito bem, especialmente porque esta planta industrial está construída há dez anos, as máquinas nunca haviam sido utilizadas e em três meses de operação já chegamos a 600 cabeças ao dia. É um resultado bastante positivo”, destaca o supervisor administrativo e logístico da unidade, Darci Otto.

Com planejamento em médio prazo para passar do abate e processamento de 800 cabeças/dia e atingir o máximo potencial do frigorífico estimado em 1,4 mil animais, nos últimos três meses a unidade foi responsável por gerar 230 novas vagas de trabalho, tanto para Rondon quanto para Mercedes. Boa parte destes novos contratados, destaca Otto, estão diretamente ligados à indústria, tanto no processo de abate e desossa quanto em outros setores de extrema importância para o funcionamento da planta, como caldeira, casa de máquinas, manutenção, higiene interna e expedição. “O setor administrativo está bastante enxuto, especialmente porque todo nosso planejamento vem da unidade-sede de Medianeira”, expõe.

 

Qualificar mão de obra

Otto pontua que uma indústria de carnes de tal porte demanda de adaptações para a perfeita sincronia entre equipamentos e mão de obra a fim de alcançar seu máximo potencial, por isso, apesar de o frigorífico estar operando de segunda a sexta-feira a todo vapor, ele considera que a unidade ainda passa por uma fase de ajustes. “Tivemos bastante dificuldade em encontrar mão de obra qualificada, pessoas com prática para atuar na indústria, especialmente porque na região de Marechal não há nenhum frigorífico de suínos que opera desta forma”, salienta.

Para o início das atividades, explica, um grupo de 40 colaboradores passou por um período de treinamento na unidade de Medianeira e com o andamento da produção, tornaram-se multiplicadores de conhecimento. “Essas pessoas são responsáveis por treinar os novos funcionários que entram na empresa”, diz o supervisor administrativo e logístico da Frimesa. Ele lembra que dentro do frigorífico existem diversas operações específicas e, frente à dificuldade em encontrar mão de obra qualificada, atualmente os mesmos colaboradores que atuam no abate são aqueles que fazem o processamento da carne.

“Na parte da manhã ocorre a desossa dos animais que foram abatidos na tarde do dia anterior e é também por conta desta forma de operar que não atingimos as 800 cabeças/dia”, ressalta, emendando que “é necessário passar por esse período de adaptação para que a indústria como um todo entre em sincronia, tanto na questão de equipamentos quanto de pessoal. Desta forma, também podemos observar o potencial de cada colaborador e em que setor ele melhor se encaixa”.

Otto menciona que conforme o abate e o processamento dos suínos tornam-se mais alinhados, novos funcionários são contratados e passam a ser treinados por quem já está atuando na empresa. Para este mês, ele destaca que há expectativa de 20 a 30 novas contratações.

Apesar da falta de mão de obra qualificada e da alta rotatividade de funcionários no início da operação, em apenas três meses, frigorífico instalado em Marechal Rondon já destina a Medianeira sete toneladas de produtos prontos para o consumidor, 21 toneladas de carne desossada e outras 300 carcaças de 39 quilos cada. (Foto: Mirely Weirich/OP)

 

Essa matéria na íntegra você confere em nossa edição impressa desta sexta-feira (16). 

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