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Marechal

Com 5,6 mil profissionais formados, Senac faz muito mais do que profissionalizar

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Mirely Weirich/OP
Com mais de 5,6 mil profissionais formados em três anos, Senac faz muito mais do que profissionalizar para o mercado de trabalho: ele também faz a mudança na vida das pessoas

 

Um ensino que transcende um simples quadro negro, carteiras, cadernos e canetas. Avaliações que não se baseiam em provas e notas, mas no desenvolvimento das competências do aluno nas salas de aula – que também já se transformaram, passando a ganhar a forma de laboratórios pedagógicos. Essa é a receita do Senac, que desde 2014 – ano que inaugurou sua unidade em Marechal Cândido Rondon – já formou mais de 5,6 mil profissionais em 286 turmas e transformou a realidade do mercado de trabalho no município.

A disseminação de um modelo pedagógico próprio e aplicado em nível nacional visa o desenvolvimento das marcas formativas do aluno: a visão empreendedora, a visão crítica e atitudes sustentáveis, características que cada vez mais o mercado demanda. Durante todo o curso nós trabalhamos três métricas, com o ensino aprendizagem por competências que são avaliadas do início ao fim da capacitação, quando ele precisa, além de saber exercer aquela função, saber fazer e ter o saber, enfatiza o gerente da unidade rondonense, Marcos Vinícius Homem da Cruz.

 

Sem notas

Com um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, Cruz explica que os alunos passaram a ficar um passo para trás, por isso, a instituição criou o Modelo Pedagógico Senac, no qual o estudante não é avaliado por meio de notas, mas pelo desenvolvimento das competências durante todo o curso. Acredito que esse modelo de ensino tem atendido da melhor forma a demanda dos empresários, opina.

Neste tipo de metodologia, o aluno também pode trazer para dentro da instituição suas experiências e o instrutor se transforma em um mediador. Ele não fica passando conteúdo e o aluno absorvendo. O nosso instrutor faz o intercâmbio do conhecimento que o Senac tem em suas estruturas de curso com aquilo que o aluno traz de experiência. Deixamos de apenas transmitir a informação para aprender junto com o aluno, completa.

Para o gerente da unidade, a falta de provas e notas nos cursos mudou a forma com que os alunos passaram a se portar em sala de aula e nos laboratórios. Pela necessidade de mostrar proatividade, interação com o ambiente profissional e participação, o estudante mostra mais interesse por todas as etapas do curso e não somente pelo dia da avaliação, como geralmente ocorre em uma escola tradicional. Ele não estuda pensando só naquela prova, e sim para ter o aprendizado em sua totalidade, e isso exige muito mais participação e autonomia por parte do aluno, que conquista melhores resultados no mercado de trabalho, pontua Cruz.

 

Missão

Mesmo com o ápice de matrículas registrado em 2015, quando 2.523 alunos buscaram o Senac por conta dos 35 cursos gratuitos oferecidos pela instituição, o gerente da unidade de Marechal Cândido Rondon garante que o que mantém a roda do Senac girando é a comunidade, pela demanda de qualificação a fim de atender ao comércio local. Além dos alunos que buscam qualificação para o primeiro emprego, recolocação no mercado, aperfeiçoamento ou atualização, as empresas também recorrem ao Senac para indicação de profissionais e currículos. E é neste momento que conseguimos cumprir a nossa missão e contribuir com o crescimento do município. Seja quando a pessoa é empregada ou quando abre sua própria empresa, sabemos que contribuímos para melhoria ou mudança de vida, e esse é o nosso foco: mudar a vida das pessoas, finaliza Cruz.

 

Para todos

Entre aulas gratuitas e com investimento, o Senac oferece três modalidades de cursos: as capacitações, que possuem duração de três a quatro meses e formam o aluno para uma profissão; os cursos técnicos de nível médio, com duração de um ano e meio; e cursos de aperfeiçoamento e capacitação, que duram de cinco a dez dias e são voltados a pessoas que já possuem uma profissão porém buscam se aperfeiçoar em uma área específica.

Apesar de os cursos com maior procura serem aqueles voltados para a área da beleza – como manicure e pedicure e maquiador – e gastronomia – como confeiteiro – turmas também são abertas nas áreas de gestão, comércio, comunicação, artes, saúde, educacional, informática e turismo. Trabalhamos com a educação flexível pensando na prática da empresa. Todos os cursos mesclam a prática e a teoria, por isso contamos com os laboratórios que simulam o local de trabalho real, como o salão de beleza e a cozinha didática, destaca Cruz.

 

Portas abertas

Há um ano, a confeiteira Camila Vanessa Dewes não poderia nem sonhar em apresentar um bolo como este. Não acertava nem fazer um bolo de caixinha, confidencia. Com a abertura da primeira turma para o curso de confeitaria do Senac, ela deixou de ser cuidadora para seguir o sonho de trabalhar com a confeitaria. E foi pela primeira porta que o Senac abriu que Camila tornou-se fã de carteirinha e engatou mais dois cursos na instituição: de doces finos e cozinha executiva. Eu já gostava de lidar com a confeitaria, mas eu não sabia, e o curso só reafirmou esse gosto, além de aguçar a vontade de ter um negócio próprio, que ainda é um sonho que eu espero conquistar no futuro se tudo der muito certo, diz.

Poucos meses depois de concluir o primeiro curso, a rondonense conseguiu uma colocação no mercado de trabalho em uma confeitaria, onde atua há um ano no atendimento. Apesar de eu gostar de confeitar, o curso também teve a parte teórica, dando noções de empreendedorismo, atendimento, cuidados com higiene, por isso sei como funciona todo o processo de uma confeitaria e isso soma muito para a minha profissão, complementa Camila.

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