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Marechal

Com déficit de funcionários, indústrias reduzem produção

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Giuliano De Luca/O Presente

A exemplo do país, setor industrial em Marechal Cândido Rondon sofre com máquinas paradas e baixa produção

A falta de trabalhadores qualificados para a indústria é um dos gargalos enfrentados pelo setor no Brasil. Sem profissionais especializados, a indústria da transformação precisa operar abaixo de sua capacidade total, deixando máquinas ou até linhas inteiras de produção paradas, retraindo o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em Marechal Cândido Rondon a situação não é diferente. De acordo com a Agência do Trabalhador local, o número de vagas ociosas nas indústrias rondonenses oscila entre 200 e 300 diariamente. O índice pode ser ainda maior, já que, de acordo com o próprio órgão, boa parte das indústrias não procuram a Agência do Trabalhador para recrutar seus colaboradores.

Não é difícil encontrar pelos três parques industriais do município placas com a expressão temos vagas, estampando os portões das indústrias locais. Nem tiro a placa do portão, diz um industrial que prefere o anonimato. Dono de uma metalúrgica que produz peças e acessórios, tem atualmente cinco postos de trabalho não preenchidos. Estou com 18 funcionários e cinco vagas de emprego. Não encontro mão de obra, ou por não ter o perfil da empresa, ou por não se encaixar na faixa salarial, ou por falta de qualificação,

diz o empresário. O resultado se vê não chão da fábrica. Espaços vagos e máquinas paradas fazem parte do cenário, comum à ampla parte das pequenas, médias e grandes indústrias instaladas no município. Estou com três máquinas paradas, produzindo menos, destaca. Hoje tenho dois profissionais de Joinville (SC) porque não encontro pessoa qualificada aqui, emenda.

O vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial (Acimacar), Paulo Rodrigo Coppetti, explica que as indústrias deixam de crescer por conta das vagas ociosas e, com isso, o município também deixa de gerar riquezas. A falta de trabalhadores qualificados é hoje um dos grandes problemas enfrentados pelo setor industrial de Marechal Rondon, ressalta.

Algumas entidades trabalham para reverter esse quadro, como a própria Associação Empresarial e outras especializadas no assunto, como o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A boa notícia é que o Senai, que só no ano passado qualificou próximo a quatro mil trabalhadores no município, deve ampliar sua oferta de cursos com o início das atividades do novo Centro de Formação Profissional, a partir do segundo semestre deste ano.

 

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