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Marechal Aumento de 200%

Cresce procura por cursos de tiro na região

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São vários os tipos e níveis dos cursos (Foto: O Presente)

 

Antes mesmo da mudança nas regras para a obtenção da posse de arma já era visível o aumento na demanda pelos cursos de tiro na região Oeste do Paraná. De acordo com o instrutor de tiros e militar da Reserva da Polícia Militar, major Christian Guilherme Goldoni, a procura foi significativa nos últimos meses, aumentando em mais de 200%.

Instrutor habilitado das polícias Militar e Federal, Goldoni diz que praticamente todos os segmentos sociais e profissionais estão buscando informações, fazendo os cursos e os exames prescritos para serem habilitados. “A procura também está aumentando entre mulheres, tendo no momento duas senhoras inscritas para a realização de curso, acompanhadas de seus filhos maiores de idade”, revela.

O motivo da crescente procura por cursos de tiros ou mesmo a aquisição para a posse de armas, opina o instrutor, deve-se à sensação de insegurança que a população sente frente ao avanço da criminalidade. “A população cansou de ser ovelha e ser atacada pelo lobo. Hoje ela prefere ser o cão pastor e defender a si e aos seus”, declara.

Goldoni explica que são vários os tipos e níveis dos cursos. “Sempre é uma evolução”, expõe. A duração mínima para um curso com armas de fogo, no nível básico, é de oito horas, com no mínimo 100 disparos, observando os critérios de segurança e evolução do aluno.

 

Posse x porte

A desburocratização ao acesso para a posse de armas de fogo é vista com bons olhos por Goldoni. No entanto, ele chama a atenção para a necessidade do entendimento entre posse e porte de armas. “A posse de armas já é permitida em lei e confirmada em nosso último plebiscito. Este decreto tem o objetivo de desburocratizar esse processo e agilizar a posse, que nada mais é que a guarda, sob a responsabilidade de quem está comprando a arma, que deverá ficar à disposição para sua defesa, seja em sua residência ou no seu ambiente de trabalho”, salienta o instrutor. “Já o porte, que também já é previsto em lei, é a portabilidade em poder andar livremente com sua arma de defesa (arma de porte=pistola ou revólver), respeitando as regras legais e vigentes”, complementa.

Para Goldoni, a flexibilização da lei serve para equilibrar a balança novamente, “permitindo que o cidadão de bem se arme e garanta uma primeira linha de defesa para si e seus familiares”. “A medida de facilitar a posse de armas de fogo eu vejo como mais uma forma de prevenção a crimes, auxiliando assim o sistema de segurança”, pontua, emendando. “Ao invés de ficar à mercê de marginais, que hoje têm a certeza de que o cidadão de bem está desarmado, isso servirá para fazer com que ele (marginal) pense duas vezes antes de entrar num ambiente de trabalho ou residencial, pois agora ele não saberá se o proprietário ou trabalhador estará armado e poderá se defender da ação criminosa”.

O instrutor enaltece que as polícias terão acesso às informações de pessoas que terão armas sob sua posse, o que vai facilitar o trabalho dos operadores de segurança, pois estes, nas abordagens, após a verificação, saberão se a pessoa possui uma arma regular ou não. “Lembrando que ninguém da nossa população pode realizar um curso de tiro ou comprar uma arma de fogo se não for apto em exame psicológico realizado por profissional credenciado oficialmente pela Polícia Federal”, frisa.

 

 

Instrutor de tiros e militar da Reserva, major Christian Guilherme Goldoni: “A população cansou de ser ovelha e ser atacada pelo lobo. Hoje ela prefere ser o cão pastor e defender a si e aos seus” (Foto: Divulgação)

 

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