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Crise bate à porta: geração de empregos preocupa em Marechal Rondon

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Maria Cristina Kunzler/OP

Empresa já fixou placa para anunciar: não há vagas para trabalhar na obra. Setor de construção civil vem sofrendo com o momento da economia

Uma placa já anuncia: não há vagas. Não adianta nem bater e pedir emprego. A ação foi tomada por um empresário de Marechal Cândido Rondon que atua no ramo da construção civil. Ele não quis dar entrevista ao Jornal O Presente, mas comentou que colocou o aviso porque diariamente pessoas vinham na obra pedir se havia alguma oportunidade de trabalho. Resolvi fazer isso para não ter que parar sempre o trabalho para atender as pessoas. Não há vagas. Nossa equipe é pequena e está fechada. Precisamos trabalhar assim, disse, segundo o qual, mais de 20 pessoas já estiveram no local em busca de emprego.

E a construção civil é um setor que vem enfrentando dificuldades. Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, de maio de 2014 a maio de 2015 a geração de emprego neste setor está com um saldo negativo de -4,57% em Marechal Rondon. No período, foram admitidas 553 pessoas, mas demitidas 581. Somente neste ano, a variação está negativa em -1,68%, com 231 admitidos e 241 demitidos. No entanto, ao avaliar somente os dados do mês passado, o saldo fechou positivo em 3,91%, com 53 admitidos e 31 demitidos.

Para o chefe da Agência do Trabalhador (Sine) de Marechal Rondon, Jossoé Hahn Pinto, os números são reflexo da crise econômica e da mudança que houve em relação aos financiamentos habitacionais, inclusive com o aumento da taxa de juros. A construção civil vinha em uma crescente em Marechal Rondon e no Brasil, devido inclusive aos programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida. Era um setor que estava muito em alta, mas nos últimos 12 meses houve uma queda de -4,57% nesta área. É o setor que apresenta um déficit e um déficit considerável, pois atinge também o comércio ligado à construção, frisa. Percebemos que o dinheiro está estagnado. As pessoas não estão vendendo e tão pouco as pessoas estão comprando. Com isso, a mão de obra é um dos setores que mais tem sentido, avalia.

Outro ramo que está em alerta é o do comércio. Em maio, a variação de geração de emprego fechou praticamente estagnada, com um saldo positivo de 0,38%. Foram admitidas 172 pessoas, mas desligadas 155. No ano, a variável está positiva em 2,16%, com 1.089 admitidos e 995 demitidos. Já nos últimos 12 meses a variação ficou positiva em 2,40%, com 2.486 admitidos e 2.382 demitidos.

Jossoé chama atenção para o setor de serviços, que em maio fechou negativo em -0,10%, com 124 pessoas demitidas e 120 admitidas. No ano, porém, o saldo ainda é positivo em 2,97%: são 800 admitidos e 687 demitidos. Em 12 meses, levando em consideração o período entre maio/14 e maio/15, o saldo está positivo em 1%, com 1.780 admitidos e 1.741 desligados.

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