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Marechal Estatística oficial

Cruzamento da Rio Grande do Sul com Mem de Sá é o ponto com maior nº de acidentes com vítimas na sede rondonense

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Foto: Joni Lang/OP

Com população estimada em 52 mil habitantes e frota composta por 42.278 veículos, Marechal Cândido Rondon é considerada uma das cidades com maior quantidade de veículos por número de habitantes no Paraná, de acordo com o Departamento de Trânsito (Detran) do Estado. Com tamanho contingente, os contratempos no trânsito rondonense se tornam inevitáveis, fazendo com que condutores, ciclistas e pedestres em geral redobrem os cuidados ao trafegar pela sede urbana.

Conforme números do Setor de Trânsito da 2ª Companhia da Polícia Militar (PM), houve redução de 11% no número de acidentes na sede municipal no período de 1º de janeiro de 2018 até o dia 19 de novembro, baixando de 296 em todo o ano passado para 263 no período citado em 2018.

Do total de 296 acidentes ocorridos em 2017, 222 tiveram vítimas, 69 não tiveram vítimas e cinco casos resultaram em óbitos posteriores. Já neste ano foram registrados 200 acidentes com vítimas, 63 em que as pessoas envolvidas saíram ilesas e a importante marca de nenhuma vítima fatal na hora ou em virtude dos ferimentos. O número de vítimas com lesões diminuiu 20% de um ano para o outro, baixando de 269 feridos em 2017 a 215 neste ano.

 

REUNIÃO DO COETRAN

O comunicado de que as intervenções realizadas no perímetro urbano colaboraram para fechar um ano sem registro de mortes no trânsito ocorreu durante reunião do Conselho Executivo de Trânsito (Coetran), dia 20 de novembro, na prefeitura. Os números foram observados a partir de estatísticas do Corpo de Bombeiros e da PM.

O encontro também contemplou a discussão de outros tópicos relativos ao trânsito rondonense, como a solicitação de sinalização e mudança de sentido de fluxo de veículos na Rua Sergipe, mais especificamente no ponto próximo à Escola Municipal Criança Feliz; o fechamento dos cruzamentos da Rua Dom João VI e Avenida Rio Grande do Sul e da Rua Tiradentes e Avenida Rio Grande do Sul; e o recebimento dos catálogos do projeto Cidadania no Trânsito.

 

 

PM DESTACA RESULTADO POSITIVO

O comandante da 2ª Cia da PM, capitão Valmir de Souza, afirma que os números positivos se devem ao trabalho realizado pela PM e Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, bem como ao rápido atendimento do Corpo de Bombeiros nas situações em que acontecem acidentes. “Isso mostra a importância de se investir no trânsito, seja a partir da colocação de placas, sinalização ou asfalto e pavimento das ruas. Se mostra essencial a fiscalização intensiva da PM para evitar que acidentes aconteçam, que pessoas embriagadas, sem habilitação e sem condições de dirigir se envolvam em acidentes dentro do trânsito”, pontua.

Em relação ao fato de nenhuma morte ter sido registrada no trânsito na sede urbana há um ano, o capitão salienta que não é o caso de comemorar, mas de destacar que as equipes estão no caminho certo. “O trabalho realizado trouxe fluxos positivos evitando mortes e esperamos que ao longo do tempo possamos dar sempre essa notícia, de que não temos mortes no trânsito”, enaltece.

Os cruzamentos da Avenida Rio Grande do Sul com a Rua Mem de Sá e da Avenida Maripá com a Rua Santa Catarina são os pontos campeões em registro de acidentes neste ano, com seis ocorrências em cada local. Colisões na rotatória da Rio Grande do Sul com a Mem de Sá resultaram em cinco feridos e uma ocorrência sem vítima; já o trecho da Maripá com a Santa Catarina foi palco de acidentes que tiveram quatro feridos e dois registros sem vítimas.

 

COLISÕES SEM MORTES NO PERÍMETRO URBANO

O Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergência (Siate) do Corpo de Bombeiros é acionado para se deslocar aos pontos de acidentes quando há pessoas feridas. Só neste ano foram 392 ocorrências, as quais culminaram em 475 pessoas socorridas e todas as vidas salvas.

De acordo com o tenente Lucas Schlögl, a redução de 10% no número de acidentes proporcionou a preservação de vidas na sede urbana. “O registro de acidentes sem morte na sede urbana pode ser atribuído à redução nos números de colisões. Isso também ajuda a ter vítimas com menor gravidade devido à diminuição de velocidade e menos gastos públicos para a reabilitação dessas pessoas”, ressalta.

Schlögl destaca que investimentos no trânsito são necessários porque revertem em benefício para toda a sociedade. “As vias com melhorias na sinalização e itens utilizados para reduzir velocidade, aliados à conscientização das pessoas, proporcionam esses índices”, salienta.

 

CONJUNTO DE FATORES POSSIBILITA MARCA IMPORTANTE

Para o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Welyngton Alves da Rosa, tudo faz parte de um sistema. “Não adianta a prefeitura mexer em contornos irregulares e sinalizar a cidade se não há fiscalização na área de trânsito, então é um conjunto de fatores que está acontecendo em Marechal Rondon procurando preservar vidas e diminuir os acidentes. Divulgamos os números, o Coetran (Conselho Executivo de Trânsito) adotou outras providências que serão colocadas em prática, mas basicamente trouxemos o número de que estamos há mais de um ano sem óbitos no perímetro urbano de Marechal Rondon, o que é muito significativo”, enaltece.

O chefe da pasta adianta que outras mudanças ocorrerão, como, por exemplo, o trancamento de alguns locais onde os veículos fazem retornos irregulares, colocação de sinalização maciça através de placas buscando conscientizar os motoristas e diminuir os acidentes. “Tudo o que a administração tem feito é buscar diminuir os acidentes, sendo a nossa maior preocupação preservar as vidas”, reforça Welyngton, destacando a parceria com entidades para conscientizar os condutores de veículos a trafegarem com segurança para evitar acidentes.

 

RESULTADO É FRUTO DE TRABALHO E CONSCIENTIZAÇÃO

O prefeito Marcio Rauber também evidencia a marca positiva. “Mais de um ano sem mortes no trânsito do perímetro urbano é fruto do trabalho da Secretaria, da PM, dos Bombeiros, clubes de serviço e parceiros e da conscientização da sociedade. É uma conquista importante, mas não podemos nos acomodar. Pelo contrário, devemos evoluir muito ainda, visto que alterações no trânsito sempre são necessárias, no entanto o mais importante é a conscientização do condutor”, enfatiza. “Estamos felizes, mas devemos evoluir para melhorar as condições de trafegabilidade e segurança na nossa cidade”, amplia.

Rauber menciona que o ideal é o motorista se convencer de que deve conduzir devagar, mesmo que existam (ou não) lombadas, travessias e semáforo. “Essas barreiras existem porque em primeiro lugar estão a vida e a segurança dos cidadãos”, declara.

 

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