Delegado revela novas informações sobre assaltos ocorridos em Marechal Rondon

Nos últimos dias, uma série de assaltos seguidos de roubos de veículos e com vítimas sendo mantidas reféns exigiu um trabalho intensificado da Polícia Civil e demais órgãos de segurança de Marechal Cândido Rondon na tentativa de localizar os criminosos. Ao todo foram cinco casos, quando os criminosos – mediante violência e grave ameaça – roubaram veículos de alto valor, na maioria das vezes caminhonetes, e levaram as vítimas junto dos veículos a lugares desabitados. No local, um dos integrantes da quadrilha restringia a liberdade das vítimas, enquanto os demais comparsas atravessavam o veículo para o Paraguai.

As investigações, conduzidas pela Polícia Civil, demonstraram que os crimes estavam acontecendo da mesma forma, com os bandidos utilizando-se do mesmo “modus operandi”, mas que se tratava de dois grupos distintos.

Em entrevista coletiva concedida hoje (23), o delegado da 47ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Marechal Cândido Rondon, Diego Valim, confirmou a ação de duas quadrilhas especializadas em roubos de veículos, principalmente caminhonetes. Segundo ele, um dos grupos formado por quatro elementos seria de Guaíra e responsável pela prática de dois assaltos ocorridos no município. O outro grupo seria de Marechal Cândido Rondon e formado por três pessoas.

Identificados

O grupo formado na cidade seria o responsável pelo último roubo, ocorrido no dia 16 de abril, quando foi levada uma caminhonete Hilux na Rua Minas Gerais. Na ocasião, o proprietário do veículo foi levado como refém até o interior de Mercedes, onde um terceiro elemento do grupo aguardava. Após deixarem a vítima no local, os assaltantes empreenderam fuga em direção a Guaíra. No entanto, após perseguição policial, acabaram se envolvendo em um acidente próximo à entrada do município. No interior da caminhonete encontravam-se dois rondonenses que foram identificados como Juliano Verepkowski, de 19 anos, e Rafael Gewehr de Aguiar, de 21.

 

 

 

Por conta do acidente, Verepkowski sofreu traumatismo craniano e Gewehr resultou com fratura de perna. Os dois seguem hospitalizados em Toledo, sob escolta policial e, de acordo com o delegado, quando receberem alta serão encaminhados para a cadeia de Marechal Rondon.

 

Além dos dois criminosos, também integra a quadrilha de assaltantes Valdemar Ulrich de Oliveira, que seria morador de Toledo. Ele encontra-se foragido e em seu desfavor já consta um mandado de prisão também pelo crime de roubo.

Já a associação criminosa formada em Guaíra, a partir de informações prestadas pelas vítimas e também por imagens do circuito de segurança que flagraram o roubo em uma distribuidora de combustíveis na BR-163, em Mercedes, as equipes de investigação conseguiram identificar três dos quatro envolvidos. Segundo o delegado, Alexandre de Souza Romão, Mauro Sergio Bezerra de Lima e Rafael Cordeiro Ponce compõem o grupo criminoso – o quarto integrante ainda não foi identificado.

Além do roubo na BR-163, a quadrilha também seria responsável pelo assalto ocorrido na Rua Mato Grosso, em Marechal Rondon, no dia 14 de abril. Na ação os bandidos também levaram uma caminhonete Hilux. “Temos algumas suspeitas sobre quem seria o quarto integrante, porém somente após os resultados da perícia realizada no veículo Fiat Strada, utilizado pelos bandidos em ao menos dois roubos, poderemos confirmar a identidade do elemento”, afirma Valim.

Investigações

Ele esclarece que desde o registro do primeiro assalto, no dia 06 de abril, as equipes da Polícia Civil foram a campo e, mesmo com os suspeitos identificados, mantiveram sigilo para não atrapalhar a sequência das investigações. “Após a identificação dos suspeitos, foi dado início aos trabalhos de prisão dos elementos. Como já tínhamos os nomes dos três envolvidos do grupo de Guaíra, pedimos a prisão preventiva de todos e iniciamos as diligências no intuito de capturá-los”, expõe.

No entanto, apesar da identificação do grupo guairense e das frequentes campanas e diligências realizadas na região, nenhum deles foi preso. “Por isso resolvemos divulgar os nomes e imagens dos suspeitos. Nosso objetivo é que todas as forças de segurança possam sair em captura dos indivíduos e prendê-los o quanto antes”, ressalta.

Crime solucionado?

Com a quadrilha rondonense praticamente desmantelada e a de Guaíra com todos os integrantes identificados, foi percebido que crimes dessa natureza não foram mais registrados na cidade. Isso, conforme o delegado, acontece porque ambos os grupos são responsáveis pelos últimos roubos e agora todos os envolvidos já possuem mandados de prisão expedidos pela Justiça. “Acredito também que estas informações possam estar ao alcance deles e por isso não houve mais casos. Nosso intuito agora é localizar os foragidos e colocá-los atrás das grades”, concluiu.