Demandas na Farmácia Básica rondonense crescem 34,5%

O atendimento na área de saúde pública de Marechal Cândido Rondon recebeu investimentos de R$ 36.578.992,19 em 2018. Isso representou 31,61% dos recursos do governo rondonense, quando o mínimo exigido por lei que deve ser aplicado no setor é de 15%. Os números foram divulgados na quarta-feira (27), durante audiência pública coordenada pelo vereador Ronaldo Pohl, presidente da Comissão Permanente de Educação, Saúde, Cultura, Bem-Estar Social e Ecologia do Poder Legislativo. Outros vereadores presentes foram Claudio Köhler (Claudinho) e Adriano Backes. A prestação de contas do exercício de 2018 foi apresentada pela secretária municipal de Saúde, Marciane Specht.

Em pouco mais de dez anos, os investimentos do município na saúde pública mais do que dobraram. Em 2008, o dinheiro aplicado foi apenas um pouco acima da exigência legal: 15,16%. Esse índice manteve-se estável até 2012, quando foi inaugurado o Hospital Municipal Doutor Cruzatti e o índice aplicado chegou, naquele ano, a 24,17%. Percentualmente, o exercício em que mais se investiu na saúde pública de Marechal Cândido Rondon foi em 2017, com 32,05%.

Inaugurada em 29 de outubro de 2018, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Edgar Netzel também demanda mais investimento. Somente nos dois primeiros meses de funcionamento, a UPA realizou 12.515 atendimentos.

Outros dados que chamaram a atenção apontam um crescimento significativo na demanda da Farmácia Básica. Enquanto em 2017 o total de atendimentos foi de 114.538, no ano passado este número saltou para 154.153 – um aumento de 34,5%.

Por outro lado, caíram, no comparativo de 2017 com 2018, as consultas com clínico geral (de 76.009 para 70.649) e os exames clínicos (de 97.253 para 84.950). O atendimento no Hospital Municipal teve um leve crescimento no mesmo período: de 1.565 para 1.620 pacientes.

Outra informação apresentada pela secretária municipal de Saúde é de que não foi registrado nenhum caso de dengue nos últimos quatro meses de 2018.

 

 

 

Demandas

 

Durante a audiência pública, os vereadores presentes reforçaram pedido anteriormente feito pelo Poder Legislativo, para que a Farmácia Básica volte a disponibilizar à população medicamentos solicitados através de receita médica com origem da rede particular de saúde, o que deixou de ocorrer há cerca de três anos.

No entendimento deles, é possível que isso seja feito, sem infringir a lei. Mas, conforme a secretária Marciane, o decreto federal 7.508/2011 veda essa prática. Contudo, ela explica que a questão está em estudo no Poder Executivo para ser melhor analisada.

Da mesma forma, respondendo a questionamento de vereadores, a secretária garantiu que está avançada a elaboração do programa que irá implantar o serviço de entrega de medicamentos nas casas dos rondonenses com dificuldades para ir até a Farmácia Básica. A previsão é de que esse atendimento inicie ainda neste ano.

A chefe da pasta de Saúde também afirma que o governo municipal prepara a reforma do prédio da antiga Unidade de Saúde 24 Horas, que, após a inauguração da UPA, foi transformado em Centro Integrado da Saúde, com Estratégias de Saúde da Família. O local, hoje, é responsável pelo atendimento de cerca de nove mil pessoas da área central da cidade.

Marciane cita que existe uma emenda aprovada do Ministério da Saúde no valor de R$ 477 mil para a reforma deste prédio. A intenção é que o edifício seja revitalizado em etapas, por pavimentos. O custo da reforma completa está estimado em cerca de R$ 1,5 milhão.

Durante a audiência pública os vereadores reforçaram pedido para que a Farmácia Básica volte a disponibilizar à população medicamentos solicitados através de receita médica com origem da rede particular de saúde, o que deixou de ocorrer há três anos

Com assessoria