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Marechal

Diretor-geral do Detran visita Marechal Rondon e se diz favorável à municipalização do trânsito

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Cumprindo agenda de compromissos em municípios da região, o diretor-geral do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran), Marcos Traad, visitou a 35ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Marechal Cândido Rondon, na manhã de ontem (09). Depois de se reunir com representantes do órgão dos municípios de Marechal Cândido Rondon, Mercedes, Pato Bragado, Quatro Pontes e Nova Santa Rosa, o dirigente foi recepcionado na prefeitura por autoridades locais e regionais.

Durante a reunião, Traad destacou a busca constante da integração direta com os segmentos que mantêm relação com o Detran, como também com os servidores, realizando uma conversa franca e apontando todos os avanços já conseguidos desde 2011, quando ingressou à direção do órgão por convite do governador Beto Richa. “E logicamente fazemos isso para ouvir sugestões e críticas, a fim de conseguir melhorar e continuar avançando com qualidade e oferecendo os melhores serviços a todos os paranaenses”, ressaltou o diretor.

Traad ouviu algumas queixas dos chefes das unidades do Detran, como, por exemplo, sobre os problemas inerentes ao envio da fatura do licenciamento obrigatório e as ligações telefônicas dos usuários serem atendidas somente em uma central em Curitiba. “Nós verificamos que 3,6% das correspondências, quando adotávamos o sistema de aviso e recebimento (AR), retornavam, então tínhamos 96,6% de certeza que todos recebiam a correspondência. Contudo, resolveram fazer com que as correspondências fossem remetidas por carta simples, uma vez que há uma racionalização de custos e despesas do Estado”, destacou.

A falta de atualização de endereços, de acordo com Traad, também foi um fator que agravou essa questão. “Verificamos junto aos Correios que grande parte desse não recebimento dos licenciamentos tem ligação direta com a não atualização dos endereços. A outra parcela do atraso se deu por conta de que os Correios não permitem que nós peguemos essas correspondências, através do Detran-PR. Ou seja, elas precisam ser devolvidas a Curitiba e nós não podemos, por exemplo, usar o mesmo envelope usado por eles. Então, houve um problema de ordem operacional em parte pelos Correios não permitir que nós utilizemos o mesmo envelope e outra por questão própria do envio e recebimento das correspondências”, declarou o diretor, garantindo que todas as medidas operacionais já foram equacionadas.

No que diz respeito às ligações serem direcionadas diretamente à central em Curitiba, Traad comentou que isso foi feito de forma intencional, com vista a filtrar e agilizar os atendimentos. “Fizemos isso quando verificamos que o servidor que atendia ao cidadão mantinha o telefone da unidade tocando continuamente e não atendia porque estava efetuando outro atendimento presencial. Sendo assim, os cidadãos que querem falar com o Detran devem se reportar ao sistema 0800 porque assim quando o telefone tocar de fato na nossa unidade é porque realmente é algo importante e que precisa ser solucionado”, enalteceu.

Municipalização do trânsito

Questionado sobre o processo que visa a municipalização do trânsito em Marechal Rondon, o diretor-geral do Detran se manifestou favorável à medida e ainda apontou benefícios futuros. Segundo ele, a municipalização é algo que está determinado pelo Código de Trânsito Brasileiro. “Alguns Estados impõem que o trânsito seja municipalizado e eu sou um defensor da municipalização porque sei que quando o trânsito está próximo da administração municipal há uma eficiência maior nas atividades de educação no trânsito, monitoramento e até mesmo na mobilidade urbana”, enalteceu, acrescentando que assim a fiscalização pode ser mais próxima do prefeito e do cidadão.

Em contrapartida, Traad reforçou a necessidade de haver um entendimento concreto do governo federal que para haver a municipalização do trânsito é preciso investimento de recursos para os municípios. “Se os municípios não recebem recursos, não será o governo ou o Estado do Paraná que vai impor essa condição aos prefeitos, até porque nós acreditamos que existem cada vez mais atribuições sobre os municípios e menos recursos para que eles possam resolver seus problemas”, evidenciou, emendando: “Por isso se criou a municipalização do trânsito, que é um cronograma que se conclui ao longo de cinco anos, e nós pactuamos com os prefeitos, indicando inclusive aqueles municípios que possuem mais viabilidade econômica e técnica de serem municipalizados, que ao longo desse período parte do processo é assumida pelo Detran e a outra por cada município”.

Traad mencionou que uma série de ações estão sendo realizadas tanto por parte do Detran quanto dos municípios. “Continuamos investindo em sinalização viária e educação para o trânsito, na formação dos agentes de trânsito, assim como orientamos sobre o processo legislativo necessário para que haja o encaminhamento do projeto de lei para a criação da autarquia ou companhia de trânsito municipal”, pontua. “Tem dado certo, mas não na razão direta daquilo que imaginamos que deve ser feito”, completou.

Diante disso, o diretor-geral do Detran fez um apelo para que os prefeitos cobrem investimentos do governo federal para que tudo isso realmente aconteça. “Isso faz parte de um projeto de salvar vidas. Se ninguém está prestando atenção a isso, nós precisamos reverter a questão e para isso precisamos de recurso”, frisou. 

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