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Marechal O Presente na Comunidade

Moradores falam sobre os prós e contras de Bela Vista, o distrito mais novo de Marechal Rondon

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(Foto: O Presente)

“O Presente na Comunidade”

O projeto “O Presente na Comunidade”, lançado em dezembro, tem a finalidade de mostrar à população rondonense as comunidades do município, que receberão a visita da reportagem do jornal. O objetivo é dar voz e vez às lideranças e cidadãos destas localidades para que falem sobre projetos, atividades desenvolvidas, entre outras iniciativas que acontecem nos bairros e distritos de Marechal Cândido Rondon.

 

DISTRITO DE BELA VISTA

O distrito de Bela Vista fica localizado a aproximadamente 25 quilômetros da sede de Marechal Cândido Rondon, tendo acesso tanto pelo distrito de Iguiporã quanto por Novo Horizonte. Atualmente, os acessos à localidade se dão através de estradas de pedras irregulares e em alguns trechos contam com um antigo asfalto.

A Linha Bela vista se transformou em distrito a partir da lei 5.032, de 08 de abril de 2018, sendo o mais novo distrito de Marechal Rondon, quando um projeto de autoria do vereador Pedro Rauber oficializou a mudança de estrutura da localidade, uma grande conquista para os moradores.

 

BUSCANDO MELHORIAS

Segundo o autor do projeto que transformou Bela Vista em distrito, vereador Pedro Rauber, o local era uma vila muito “forte”, contava com escola e comércio, mas, à medida em que o tempo foi passando, as pessoas começaram a se mudar de lá. “Isso mexeu comigo, então eu elaborei o projeto. Trabalhamos para montar a divisória do distrito, que pegou uma parte de Iguiporã e uma parte de Novo Horizonte”, relembra o vereador.

Existe uma normativa em Marechal Rondon que nenhum distrito pode ficar sem ligação asfáltica. “Baseado nisso, eu pensei em dar uma mão para essa comunidade, e espero que logo que chegue o asfalto, ela volte a crescer, até porque o valor dos terrenos lá não é tão alto. A pessoa pode comprar, construir lá e vir trabalhar na cidade”, sugere Rauber.

Ele informa que no início de fevereiro deve sair a licitação da construção do asfalto ligando o distrito de Bela Vista até Novo Horizonte, e acredita que o asfalto quando concluído vai facilitar a circulação de ônibus até o distrito, o que é uma reivindicação dos moradores. Outro projeto em fase de licitação, acrescenta o edil, é a academia da terceira idade, que será instalada na praça central.

Vereador Pedro Rauber, criador do projeto que transformou Bela Vista em distrito: “No início de fevereiro deve sair a licitação da construção do asfalto ligando o distrito de Bela Vista até o distrito de Novo Horizonte” (Foto: O Presente)

 

CLUBE DE IDOSOS ALEGRE E FELIZ

Bastante atuante no distrito de Bela Vista, o Clube de Idosos Alegre e Feliz existe há 26 anos e conta atualmente com 44 idosos participantes. Coordenadora do grupo, Sibila Weidlich comenta que tradicionalmente os encontros acontecem na primeira terça-feira de cada mês. “Vem o pastor, faz um momento de oração, alguns jogam bingo, outros jogam baralho, e passamos a tarde confraternizando”, relata.

Ela acrescenta que o grupo participa de encontros em outras localidades e também recebe outros grupos, que vêm até Bela Vista para encontros organizados pelo grupo de idosos local. A prefeitura cede para o grupo mantimentos que são utilizados na confecção do lanche servido no dia dos encontros.

Lucila Kort Nath, Sibila Weidlich, Dulce Marisa Nath, Rodolfo Cerny e Artur Weidlich, que estão na direção do Grupo de Idosos Alegre e Feliz (Foto: O Presente)

 

DIFICULDADES ENCONTRADAS

Atual tesoureiro do clube de idosos, Rodolfo Cerny diz que morou vários anos no distrito, saiu e retornou para a localidade. “A gente gosta do lugar, só que falta bastante coisa”, declara. “O acesso asfáltico que existia por Iguiporã já se deteriorou. Hoje temos a promessa de um acesso asfáltico por Novo Horizonte. Nosso acesso à saúde é difícil. Não tem mais ônibus que passa por aqui, então, quem não tem carro para sair é difícil”, pontua.

Outro aspecto apontado por Cerny é o fato de o distrito não possui um lugar que comercializa alimentos, o que faz com que a população tenha que estocar comida em casa. “Antigamente tínhamos uma mercearia que funcionava aqui. Hoje em dia o pessoal mais jovem foi para a cidade. Acabaram ficando mais os velhos”, expõe.

A escola do distrito foi fechada há alguns anos, por conta do baixo número de estudantes. Atualmente, os alunos que estudam se dirigem até o distrito de Iguiporã, Novo Horizonte ou ainda para o município vizinho de Mercedes.

Para a secretária do clube de idosos, Dulce Marisa Nath, Bela Vista é um lugar muito bom para morar. “Eu mesma já mudei de cidade a um tempo atrás, mas retornei para o distrito. Hoje a principal queixa é saúde e transporte. Meus pais são aposentados, então cada vez que eles precisam ir para a cidade precisam pagar um carro. Tem várias pessoas de idade que moram aqui e não têm carro”, observa Dulce.

A população de Bela Vista é atendida pelo posto de saúde do distrito de Iguiporã.

 

TRADICIONAL EVENTO

Um evento tradicional que acontece todos os anos no mês de abril em Bela Vista é a Festa do Costelão, organizada pela associação de moradores, atraindo muitas pessoas para o distrito. Trata-se da maior festa da localidade.

Centro Comunitário de Bela Vista, onde são realizados os encontros dos idosos e a tradicional Festa do Costelão, no mês de abril, a maior festa da localidade (Foto: O Presente)

Capela São João Batista, que atende a comunidade católica do distrito (Foto: O Presente)

Igreja Evangélica de Confissão Luterana de Bela Vista (Foto: O Presente)

Praça do distrito, onde futuramente será instalada a academia da terceira idade, que já está em processo de licitação (Foto: O Presente)

 

PREOCUPAÇÃO COM A SAÚDE

Morador do distrito há 42 anos, Leonardo Negli Dunke afirma que gosta muito de residir na localidade, porém, ele pensa em se mudar para a cidade. “Minha preocupação é que como aqui não temos posto de saúde, o socorro é sempre difícil. Antigamente a população era maior, hoje em dia não tem mais muita gente aqui. Estamos esperando o asfalto chegar para melhorar”, ressalta.

Leonardo Negli Dunke, morador da vila: acompanhou a transformação da localidade em um distrito rondonense (Foto: O Presente)

 

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