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Marechal Pesquisa

Doutoranda da Unioeste/Marechal Rondon realiza estudos na Espanha

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Foto: Divulgação

Durante o mês de agosto, o grupo de estudos em fruticultura e floricultura (GEFF), coordenado pela professora doutora Fabíola Villa, ganhou uma representante na Espanha. A doutoranda Fernanda Jaqueline Menegusso, discente do programa de pós-graduação em Agronomia (PPGA) – Unioeste campus Marechal Cândido Rondon, está desenvolvendo o doutorado na modalidade sanduíche no “Centro de investigación agroforestal de Albaladejito”, situado na cidade de Cuenca, com apoio de bolsa da CAPES.

Sob orientação de Dr. Raúl Antonio Sánchez Viaque e do Engenheiro Agrônomo Enrique Melero Bravo, está acompanhando os projetos desenvolvidos na área de plantas aromáticas com espécies de Lavandula, com alecrim e Sálvia espanhola (Salvia lavandulifolia), que são importantes na agricultura da região. Está no planejamento experimentos de propagação de Lavandula latifolia, espécie espontânea na região e que o centro de pesquisa estuda para melhorar e ajudar os agricultores.

Além do trabalho de campo e visita a produtores, a acadêmica tem acesso ao laboratório de controle de qualidade de óleos essenciais, onde produtores enviam suas amostras para avaliação, assim acompanha o ciclo completo das culturas em questão.

Essa experiência de estudo é importante, pois na Estação Experimental Prof. Dr. Antonio Carlos dos Santos Pessoa, pertencente a Unioeste, a discente desenvolve sua tese com apoio dos colegas do grupo de estudo, acompanhando o desenvolvimento de diferentes espécies de Lavandula, bem como a propagação destas.

O objetivo inicial é observar quais espécies podem ser cultivadas na nossa região, logo qual a melhor forma de propagação visando a produção comercial de óleo essencial. “Ao ter contato com produtores e centro de pesquisa que desenvolve trabalhos ao longo de um tempo, assim como a experiência que possuem no cultivo da espécie, facilita o desenvolvimento da cultura na nossa região, se podem evitar alguns erros e nos espelharmos em algumas práticas de cultivo”, afirma a discente Fernanda.

Segundo dados do Ministério da agricultura, pesca y alimentação da Espanha, o país tem aumentado sua área de cultivo de Lavanda (Lavandula angustifolia Mill) e Lavandín (Lavandula x intermedia Emeric & Loisel). De 2008 para 2017 a área foi de 2954 para 4496 ha, sendo que só a região de Castilla la Mancha (onde está a cidade de Cuenca) corresponde a 1731 ha e a procura por informações de cultivo tem aumentado. A superfície de cultivo de aromáticas no geral, que considera alecrim, salvia espanhola, tomilho entre outras, foi de 8578 ha em 2012 para 11703 em 2018, sendo que a região de Castilla la Mancha concentra mais da metade da área. Esse são dados de cultivo, lembrando que como essas espécies são espontâneas, há muita coleta nas áreas nativas e que não são contabilizadas.

O cultivo de espécies aromáticas como a lavanda é rentável e pode ser uma alternativa para o pequeno produtor rural também no Brasil.

O GEFF agradece a toda a equipe do “Centro de investigación agroforestal de Albaladejito” por toda colaboração, conhecimento partilhado e também a recepção da discente no grupo de trabalho, bem como a CAPES pelo apoio financeiro a pesquisa.

            

Com assessoria

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