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Marechal

Em busca de ideias inovadoras

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Mirely Weirich/OP

Rodada de workshops de inovação aconteceu na semana passada e abrangeu diversos temas, como blender 3D, programação e robótica, tecnologias para o agronegócio, design thinking e aplicação do modelo de negócio

A primeira filial da Incubadora Santos Dumont, da fundação Parque Tecnológico Itaipu (PTI), instalada em Marechal Cândido Rondon, abriu a temporada pela busca de ideias inovadoras. O lançamento do edital para processo de incubação de novas ideias no município aconteceu na semana passada, acompanhado por uma rodada de workshops de inovação com diversas temáticas, entre blender 3D, programação e robótica, tecnologias para o agronegócio, design thinking e aplicação do modelo de negócio, com objetivo de motivar empreendedores do município a se aproximarem da filial da incubadora.

De acordo com a gerente da incubadora e do programa de desenvolvimento de negócios do PTI, Angela Cristina Mensch, todo processo de pré-incubação e incubação das ideias tem um tempo de aproximadamente três anos e meio. A primeira etapa é a de pré-incubação, que contempla a verificação da ideia como modelo de negócio ou não, em uma etapa que dura cerca de três meses entre workshops e mentorias. A partir do momento que entra na incubação, que essa ideia se torna uma empresa com CNPJ, ocorre o desenvolvimento de atividades baseadas na empresa envolvendo quatro eixos: desenvolvimento do produto, posicionamento de mercado, gestão e infraestrutura de apoio, destaca.

Nesta primeira turma formada em Marechal Cândido Rondon serão recebidas apenas ideias e não o CNPJ já constituído. Isso porque, conforme Angela, em edições anteriores foi possível perceber que as empresas já trazem uma bagagem e alguns vícios que dificultam o processo de construção. Não tem limite de ideias para o edital, quem se inscrever terá oportunidade de participar. A nossa intenção é que a pessoa comece a participar e ela mesma verifique se é viável continuar ou não, complementa.

A gerente da incubadora destaca que em nenhum momento do programa o PTI disponibiliza aporte financeiro ao participante. Disponibilizamos especialistas para validarem o modelo de negócio na pré-incubação, ou seja, o recurso é econômico não financeiro, pontua.

Da mesma forma, no processo de incubação o aporte oferecido pelo PTI também é econômico, quando ele busca viabilizar que as empresas tenham acesso aos recursos, seja por investimento privado ou pela captação de recurso público. Temos na nossa rede de contatos investidores com potencial para prover esse recurso ou, ainda, relacionado à formatação efetiva da estratégia comercial para colocação do serviço no mercado, então dependendo do canal utilizado o sobrenome da Itaipu/PTI nos abre portas, expõe. Essencialmente, o recurso do PTI e da incubadora na empresa é econômico, recurso financeiro só se captamos um investidor de fora, esclarece.


Banca avaliadora

Ao fim do período de pré-incubação, Angela explica que os participantes passam por uma banca de avaliação, composta por especialistas de mercado e investidores, e os projetos aprovados são encaminhados para formalização e o planejamento para a incubação da empresa por meio de um pitch elaborado na pré-incubação. Este é o único momento em que há uma seleção, com critérios que são avaliados, pois é aqui que a ideia é encaminhada para a abertura de empresa, contudo, também não existe limite de vagas. Todos aqueles aprovados serão convidados para a incubação, ou seja, ele está competindo consigo mesmo tendo que atingir uma pontuação mínima de 70%, enfatiza.

 

Inscrições

Os interessados em participar podem consultar o edital no site www.pti.org.br, no qual também podem ser realizadas as inscrições. Os critérios são simples para os empreendedores: devem ser pessoas físicas, com no mínimo 18 anos e ter uma ideia nova. As inscrições seguem até 04 de novembro pelo site, onde é preciso preencher no formulário o CPF, RG e comprovante de residência, além de apresentar a ideia. Desde 2006, quando abrimos a incubadora no PTI, tivemos um envolvimento muito grande por projetos de Rondon nos editais lançados, sempre com empresas daqui incubadas. Então apesar de ser um município pequeno o espírito empreendedor é muito grande e, por isso, ele recebeu a primeira filial da incubadora, menciona. Hoje ainda temos um envolvimento médio na incubadora, ainda podemos melhorar, porém, teremos uma série de atividades de sensibilização acerca do edital e não só em Rondon, mas em todos os municípios próximos, como Cascavel, Toledo, Santa Helena, entre outros, destaca.

O primeiro workshop da incubadora de Marechal Rondon acontece dia 12 de dezembro com a ambientação das ideias e definição de cada negócio, porém as atividades serão desenvolvidas nos meses de janeiro, fevereiro e março.

Em Marechal Cândido Rondon, a filial da incubadora Santos Dumont – que funcionará no prédio do antigo Colégio Sesi – tem o apoio de entidades como a Associação Comercial e Empresarial (Acimacar), prefeitura, Sebrae, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Iguassu-IT.

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