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Empresários rondonenses preveem incremento de 5% na venda de veículos

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Depois de um período de estagnação em boa parte dos setores da economia, o que foi motivado pela crise financeira enfrentada em todo o Brasil, empresários do ramo de revenda de automóveis acreditam em um cenário mais positivo para o segundo semestre deste ano. Contudo, mantêm-se receosos por não terem ideia do quanto os novos escândalos políticos irão ou não influenciar os consumidores.

A tendência é que a retomada econômica seja observada a partir de julho, com o crescimento se concretizando com maior força no quatro trimestre deste ano (outubro a dezembro). Essa perspectiva de aumento é vista com bons olhos, uma vez que o mercado de vendas de automóveis zero quilômetro, seminovos e usados teve queda considerável no último ano na comparação com 2015.

Para empresários rondonenses, a agricultura deve ser o setor responsável por conferir este impulso em Marechal Cândido Rondon e nas cidades vizinhas. Eles acreditam que a expansão deve ser da ordem de 5% até o fim do ano na análise com 2016. Apesar da leve estimativa de alta, os revendedores reconhecem que os sinais de melhora são percebidos desde o mês de abril.

 

Breve reação

O sócio-proprietário da Leitão Veículos, revenda de veículos seminovos e usados, Hilton Neitzke, diz que desde o início do ano até o momento o comércio tem sido lento na maioria dos segmentos, o que gera uma expectativa não muito boa. “Acredito que as vendas vão melhorar mais para o segundo semestre, sendo que em relação ao ano passado quem sabe possam reagir na faixa de 5%”, projeta.

Neitzke destaca que o consumidor tem preferido seminovos e usados, entretanto a margem de lucro das revendas está sendo menor no momento da negociação porque os veículos estão mais caros para os empresários. “A gente pensava que estava começando a andar, porém esse novo barulho na política afetou a economia, todo mundo ficou apreensivo”, lamenta.

De acordo com ele, o último trimestre deve ser o período do ano em que a economia deve reagir de forma mais intensa. “O produtor rural não conseguiu vender o produto porque ele está aquém do preço e isso tem influenciado, mas a previsão de boa safra deixa os empresários na expectativa”, salienta, acrescentando que o consumidor está cauteloso no preço, pois o valor dos carros gira entre R$ 30 mil e R$ 40 mil, enquanto poucos são comercializados por R$ 50 mil.

 

Fase de crescimento

Na opinião do proprietário da Chiapetti Veículos, Edson Chiapetti, que também trabalha na comercialização de carros seminovos e usados, a etapa complicada já ficou para trás, quando houve queda nas vendas. “A gente nota que as coisas estão melhorando aos poucos, até porque já aconteceu uma reação, mesmo que seja pequena”, menciona.

Chiapetti comenta que o carro novo tem muita diferença de preço, o que faz o consumidor analisar e pensar duas vezes antes de concretizar a troca ou compra. “No momento o veículo seminovo está atraindo o consumidor, sendo que a nossa previsão é de que até o fim do ano as vendas fechem com alta de 5% a 10%, no máximo, em relação ao ano passado”, expõe.

Ele diz que desde o mês de abril mais pessoas estão procurando as revendas para fechar negócio. “Agora em maio já melhorou um pouco mais, então isso faz com que nós fiquemos na expectativa do aumento de vendas de automóveis no segundo semestre”, analisa. Segundo o empresário, a maior procura é por veículos na média de R$ 30 mil, sendo em menor escala a aquisição de carros na faixa de R$ 40 mil a R$ 50 mil.

 

Aumento de 10% a 15%

Conforme o proprietário da concessionária Rodovel, empresário Rui Schimmel, o mercado de veículos está travado desde o início do ano, em nível de queda no Brasil. “Notamos uma pequena melhora, o que cria uma expectativa que seria o encaminhamento para o segundo semestre. Ao menos era a expectativa de todo mundo até duas semanas atrás. A Fenabrave, que representa a classe dos revendedores, previa aumento de 2% a 5%, mas as montadoras previram um índice maior porque a exportação aumentou bastante”, pontua.

Schimmel informa que houve incremento de 70% nas exportações de veículos, porém, enaltece, isso não é solução, uma vez que as empresas precisam de venda interna. “Essa estava estagnada, sendo que no mês de maio deu uma reagida, então esperamos que crie estabilidade e que a previsão de aumento se concretize até o fim do ano”, projeta.

O empresário acredita que o novo escândalo político deve refletir pouco na região Oeste do Paraná. “A gente espera que dessa vez essa transição seja mais rápida. Que coloquem pessoas que não sejam políticos calejados que estão acostumados com essa bandalheira”, emenda.

Ele aposta em um aumento na taxa de vendas de 2% a 5% na comparação deste ano com 2016. “Fevereiro e março foram meses fracos de venda, enquanto abril e maio melhoraram de 10% a 15%, mas sobre um patamar muito baixo. Eu imagino que no final deve chegar a 5%, o que ainda fica abaixo da expectativa que a gente tinha”, prospecta, acrescentando que o juro zero tem atraído compradores e que o valor médio das vendas oscila de R$ 40 mil a R$ 70 mil.

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